segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Secretário de Saúde é exonerado para assumir cargo na Fiocruz

  • Segundo secretaria de Saúde, Hans Dohmann teve que se afastar para cumprir trâmite burocrático
  • Ele volta à secretaria municipal depois que tomar posse na instituição federal


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O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, que teve sua exoneração publicada no Diário Oficial desta segunda-feira
Foto: Marcelo Piu - 27/08/2009 / Agência O Globo
    O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, que teve sua exoneração publicada no Diário Oficial desta segunda-feiraMarcelo Piu - 27/08/2009 / Agência O Globo
    RIO - O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, teve sua exoneração publicada no Diário Oficial desta segunda-feira. Em nota, a Secretaria municipal de Saúde esclareceu que o afastamento foi necessário para que Dohmann atendesse convocação de concurso, de 2010, da Fiocruz. Na instituição federal, ele será nomeado pesquisador em saúde pública, com especialização em Terapia Celular em Cardiologia. “Hans Dohmann não acumulará os dois cargos e será cedido à Prefeitura do Rio pela Fundação Oswaldo Cruz”, diz a nota. Assim que tomar posse na instituição federal, Hans reassume como secretário, o que deve acontecer ainda esta semana.
    A publicação da exoneração gerou uma onda de boatos. Especulou-se que o ato teria ligação com uma reportagem exibida neste domingo pelo “Fantástico”, da TV Globo, sobre uma empresa que prestava irregularmente serviços de esterilização de materiais hospitalares da rede pública do Rio. A secretaria de Saúde negou que a exoneração de Hans Dohmann tenha qualquer ligação com a reportagem do Fantástico.
    A operação da Delegacia de Defesa do Consumidor flagrou material hospitalar da rede municipal do Rio sendo esterilizado por uma empresa sem autorização da Vigilância Sanitária para funcionar na cidade. Na ação, em que um dos donos da empresa foi preso, policiais e técnicos da vigilância encontraram caixas com tubos de respiradores artificiais, nebulizadores, bisturis elétricos e até uma furadeira usada em cirurgias prontos para serem esterilizados de forma inadequada. A ação correu poucos dias antes do carnaval na empresa Form Steril, que venceu no ano passado uma licitação da prefeitura para prestar o serviço a 20 hospitais públicos, entre eles o Miguel Couto e o Souza Aguiar. Pelo trabalho, receberia R$ 3,9 milhões por mês, durante dois anos.
    Nesta segunda-feira, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) demonstrou perplexidade sobre o caso.
    “É muito estranho que uma empresa vença uma licitação no Rio e envie o material para Piracicaba. Esperamos uma rigorosa apuração dos fatos e punição dos responsáveis", afirmou, em nota, o conselheiro do Cremerj, Luís Fernando Moraes.

    Fonte: O Globo

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