sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quebra de sigilo telefônico e imagens para investigar morte de traficante

Ivo diz que morte de 2K não tem a ver com eleição na Mangueira

Rio - Imagens de câmeras de segurança e a quebra de sigilo telefônico são algumas das estratégias da Divisão de Homicídios (DH) para tentar descobrir quem matou o traficante da Mangueira Acir Ronaldo Monteiro da Silva, o 2K, no Recreio, domingo.
A polícia apura se o crime está relacionado às mortes de dois integrantes da escola e a eleição para a presidência da Verde e Rosa, marcada para 28 de abril. Ontem, o presidente da agremiação, Ivo Meirelles, depôs no inquérito sobre a execução de 2K.
Ivo disse não acreditar que exista ligação entre o crime e as eleições.
Segundo o sambista, nenhum dos candidatos tem perfil de assassino. Ele disse que, na hora do assassinato do bandido, estava em um bloco de carnaval.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
“O 2k era traficante, e esse é o fim que os traficantes têm: a morte”, afirmou Ivo, acrescentando que mais de 20 pessoas ligadas a ele deixaram o morro por causa de ameaças.
No ano passado, Ivo acusou 2K de ter invadido à quadra da escola para interferir na eleição. Na ocasião, Marcos Oliveira concorria à presidência da escola. Ele também foi ouvido ontem pelos investigadores. À época, a eleição foi suspensa, e Ivo continuou presidente.
Na 17ª DP (São Cristovão), Ivo foi indiciado por associação ao tráfico. O Ministério Público investiga ainda se houve desvio de verba da escola. A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário de seis contas de Ivo e 54 da Mangueira.

Polegar na mira
A DH ouviu parentes do funcionário da Mangueira Alan Carlos da Silva Silvio, 24 anos, e do ritmista Jefferson Fernandes Oliveira, 21, mortos pouco depois da execução do traficante 2K.
Os agentes estudam ainda ouvir o depoimento de Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que, mesmo preso em unidade federal de Rondônia, comandaria o tráfico na Mangueira, área já “pacificada”. O delegado Rivaldo Barbosa conta com a ajuda das UPPs na busca por informações.
Fonte: O Dia

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