quinta-feira, 26 de maio de 2011

CONHEÇA AS IRREGULARIEDADES E DENUNCIAS CONTRA A SIDERÚRGICA TKCSA DESDE 2009.

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE VIOLAÇÕES COMETIDAS POR SIDERÚRGICA
Os prejuízos causados à população do entorno da Baía de Sepetiba com a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) foi tema de Audiência Pública realizada, no dia 19/3/2009, pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Entre as principais acusações, o envolvimento de milicianos na segurança do canteiro de obras da transnacional. Crimes ambientais e o desrespeito às leis trabalhistas também figuram entre as denúncias. A empresa alegou desconhecer tais acusações.
Pescadores artesanais disseram ser proibidos de trabalhar com seus barcos na região. Lideranças contrárias ao empreendimento vêm sendo ameaçadas de morte. Por esse motivo, o pescador Luis Carlos da Silva teve que deixar sua moradia em janeiro: “É difícil você não poder trabalhar naquilo que gosta e sabe fazer. Por lutar pelos direitos da classe dos pescadores tive que me afastar da minha família, dos meus companheiros. Fui ameaçado na minha própria casa”, contou emocionado.

Luis Carlos, que é cadeirante, enfrenta dificuldades financeiras para se manter fora do estado. Durante seu depoimento, contou ainda que teve seu barco atropelado por duas vezes pelas embarcações da empresa, lembrando a morte de um pescador em situação semelhante. “Nosso companheiro morreu assim, com o barco sendo abalroado. Três dias depois, quando foram procurar o corpo no rio, acharam mais três corpos com o uniforme da empresa. O outro pescador que estava no barco, conseguiu se salvar. Foi levado pela empresa para o hospital, sendo registrado como funcionário dela”, relatou.

Os pescadores identificaram dois acusados em fotos exibidas durante a Audiência, presidida pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). Valdir Monteiro, diretor de Recursos Humanos da TKCSA, confirmou a presença de Roberto Barroso no quadro de funcionários da Companhia, exercendo a função de supervisor de segurança, desde 2005. O segundo acusado, identificado apenas como Paulão, teria prestado serviços terceirizados à siderúrgica em 2008, pela empresa Protege. Monteiro reconheceu nas fotos ainda o gerente de Logística da empresa, Sebastião Coutinho.
Marcos Garcia, também pescador, destacou que as fotos foram feitas durante ato de protesto em frente à empresa. Na ocasião, segundo ele, os seguranças coagiram os manifestantes com armas. “Eles falaram para a gente sair, para pararmos de fotografar. Não tinham crachá nem uniforme, mas disseram ser da TKCSA
”, contou. Carros brancos, também sem identificação, aparecem nas fotos contendo giroscópios, como nos veículos de polícia. Sobre o caso, Valdir Monteiro assegurou desconhecer os carros como pertencentes à frota da Companhia.

Desrespeito às leis trabalhistas e crimes ambientais também foram denúncias

A economista Sandra Quintela, do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), também presente à Audiência Pública, avalia que as ações da TKCSA colocam em risco o real desenvolvimento econômico da região, quando não consideram as potencialidades de uma Área de Preservação Ambiental (APA), historicamente ligada ao turismo e à pesca. “A TKCSA quer transformar a região numa área de exclusão do capital, em que países ricos procuram o terceiro mundo para implementar projetos de altos níveis de poluição”, disse. Sandra lembrou, inclusive, que a obra foi embargada pelo IBAMA, em 2007, o que não impediu a continuidade do empreendimento.

O trabalho de cerca de 8000 pescadores foi prejudicado, segundo dados da Federação das Associações de Pescadores Artesanais do Estado do Rio de Janeiro (Fapesca). O pescador Isac Alves disse que a TKCSA se instalou no principal pesqueiro da Baía de Sepetiba: “A empresa destruiu o manguezal, que é o berço de tudo. Costumava ganhar R$ 300 por semana com a pesca. Agora, não tiro nem R$ 60. É isso que o pescador, que é gente humilde, está ganhando nesse país de ninguém”, protestou.

Diante das denúncias, o deputado Marcelo Freixo solicitou aos representantes da empresa o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da transnacional. Sandra Quintela aproveitou a ocasião para entregar o relatório do Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público Federal (GATE), que aponta que a TKCSA não tem respeitado os critérios previamente definidos pelo EIA/RIMA.

A contratação irregular de trabalhadores também foi pauta. Duas ações civis públicas foram instauradas no Ministério Público do Trabalho: uma por ter contratado engenheiros chineses sem validação do CREA, e outra por manter 120 chineses no canteiro de obras sem contrato de trabalho e em situação irregular no Brasil. "Para reduzir custos contratam mão-de-obra barata não especializada. Seguem a lógica capitalista falida de colocar o lucro acima do desenvolvimento humano", disse a economista Sandra.

O empreendimento conta com incentivo público, mesmo com todas as irregularidades. Recebe isenções fiscais do estado e da prefeitura do Rio, além de financiamento de R$ 1,48 bilhões do BNDES. O conglomerado pretende produzir 5,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, com produção 100% voltada à

exportação para os Estados Unidos e Europa.

Representantes da TKCSA dizem desconhecer as denúncias

Pedro Teixeira, representante legal da TKCSA, afirmou que até o momento da Audiência, a empresa não havia tomado conhecimento de nenhuma das denúncias realizadas. No entanto, a transnacional publicou nota que ocupou um quarto das páginas dos jornais Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e O Globo, no dia 3 de março. No "esclarecimento", a transnacional nega as acusações do envolvimento de milícias em sua equipe de segurança.

Além do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), a Audiência contou também com a participação dos deputados estaduais Paulo Ramos (PDT) e Alessandro Molon (PT). Os parlamentares encaminharam o pedido de proteção oficial ao Programa Nacional de Defesa dos Defensores dos Direitos Humanos para o pescador Luis Carlos da Silva. Outra medida será o agendamento de visita ao canteiro de obras, sendo chamadas também as comissões permanentes do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde dos Ministérios Públicos Estadual e Federal.


ESCRITO POR GILKA RESENDE, DO FAZENDO MEDIA

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fuligem expelida pela CSA na Zona Oeste do Rio causa danos à saúde dos moradores

 

Sete pessoas foram atendidas no ambulatório da Fiocruz, dentre eles uma criança

Um laudo coletivo de pacientes moradores vizinhos da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, foi apresentando por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na audiência pública realizada pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), nesta terça-feira (24/05). No documento é sugerido que “esta população deveria ser colocada sob vigilância ambiental em saúde pelo tempo em que ficar exposta e por pelo menos 20 anos após a retirada da exposição” à fuligem emitida no ar pela CSA.
Sete pessoas foram atendidas no ambulatório da Fiocruz, dentre eles uma criança. Todos apresentaram um quadro respiratório que se agravaram com a exposição ao pó liberado pela siderúrgica a partir de agosto do ano passado. Doenças como sinusite, falta de ar, asma e alergia são algumas doenças registradas no laudo, que também alerta para o surgimento de casos de câncer a médio e longo prazos.
Segundo o engenheiro ambientalista e pesquisador da Fiocruz, Alexandre Dias Pessoa, os moradores estão sofrendo o processo de poluição de forma cotidiana. Para ele, há evidências de que a poluição do ar no entorno da CSA é resultante de uma mistura de metais tóxicos. “Nós temos clareza que há um misto de metais que chegam às casas, à agricultura e em várias regiões. As pessoas estão propensas a outros problemas não só de saúde pública como violação dos seus direitos, por isso temos que garantir a interrupção dessa poluição”, afirma Alexandre, lembrando que cabe ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) gerar dados para descobrir o verdadeiro impacto da CSA na saúde da população e tomar medidas cabíveis para reduzir o impacto da poluição.
Audiência reúne diferentes setores da sociedade em torno da poluição na Zona Oeste
Além dos deputados da Comissão Especial da Alerj, a audiência pública reuniu cerca de 200 pessoas no Plenário Barbosa de Lima Sobrinho e contou ainda com a participação de representantes da associação de moradores, pescadores, órgãos públicos municipais e estaduais, ongs, Defensoria Pública, das universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro, Marinha e da CSA, que foi representada por seu diretor de Sustentabilidade, Luiz Cláudio Castro. “A empresa está em fase de ajustes de processos e de projetos. Estamos sendo licenciados de acordo com os trâmites legais. Nós queremos atuar em conjunto com a comunidade e ser agentes promotores de desenvolvimento econômico e social da região”, garantiu Luiz Cláudio, afirmando que a fuligem expelida pela CSA não é tóxica e que não tem prazo para resolver o problema.
Já Luiz firmino, representante do Inea, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, disse que a empresa opera com permissão provisória. “A nossa obrigação é não fornecer a licença até a empresa se adequar. Estamos exigindo os ajustes necessários no processo de produção para evitar danos ambientais e à saúde da população”, disse Firmino.
A presidente da Comissão Especial da Alerj, deputada estadual Lucinha (PSDB), denunciou que além da fuligem expelida pela CSA, os moradores de Santa Cruz também sofrem com constantes alagamentos causados por um desvio feito no Canal de São Fernando, durante a instalação da siderúrgica. “Há mais de um ano, toda vez que chove um pouco a comunidade São Fernando fica debaixo d´água trazendo um prejuízo muito grande para os moradores”, denunciou Lucinha. A acusação é a mesma feita pelo engenheiro agrônomo Otávio Myiata, da colônia de japoneses que produzem aipim na região. “O canal que nos serve de drenagem foi desviado pela CSA para desaguar no Rio Guandu. Quando o rio enche muito, há um refluxo no canal e alaga nossa área de produção, colocando em risco toda a atividade das nossas famílias”, afirmou Myiata. O diretor da CSA negou a informação e disse que a alteração é anterior à instalação da siderúrgica.
Relatório final será encaminhado ao Ministério Público
A audiência foi a primeira atividade pública da Comissão Especial para apurar possíveis irregularidades e imprevidências do Governo do Estado e do Inea, no processo de concessão de licenciamento ambiental referente à implantação da CSA. No próximo dia 31, os deputados se reunirão para definir a data da próxima audiência pública. “Nós pretendemos fazer mais duas audiências, sendo que uma será em Santa Cruz, para ao final elaborarmos um relatório que será encaminhado aos ministérios públicos Estadual e Federal”, explicou Lucinha.
Para a relatora da comissão, deputada Janira Rocha (Psol), a discussão deve ir além para que os problemas sejam resolvidos. “O nosso compromisso é com vocês. Vamos construir uma estratégia de modelo alternativo porque essa batalha é muito maior. Aqui não é um problema contra uma fábrica, contra um governo, é contra um modelo de desenvolvimento que está em curso em todo o estado”, assinalou.
Também fazem parte da comissão os deputados Paulo Ramos (PDT), André Lazaroni (PMDB) e Zaqueu Teixeira (PT).

Fonte: Ana Patricia Mendonça

 

CSA: após pó preto, denúncia de prejuízos à agricultura

Produção de aipim da terra preta estaria ameaçada. CSA nega culpa

Rio - Além de responsável pela chuva de fuligem sobre os moradores de Santa Cruz, agricultores e chefs de cozinha denunciam que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) está prejudicando a agricultura no bairro. O grupo protestou ontem na Alerj, durante primeira audiência pública para apurar problemas ambientais causados pela empresa.

Segundo os manifestantes, as atividades da empresa, com desvio do curso de canal de drenagem, prejudicam a plantação de aipim da terra preta, nobre por suas qualidades gastronômicas. A CSA nega ter feito o desvio e atribui a mudança no canal a obra da prefeitura nos anos 90.
Protesto contra prejuízo para lavoura de aipim melhor e 30% mais caro | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Na audiência, pesquisadores da Fiocruz apresentaram laudo de pacientes vizinhos da CSA: como o ‘Informe do DIA’ noticiou na segunda-feira, sete pessoas foram atendidas no ambulatório da Fiocruz com quadro respiratório agravado pela exposição ao pó da siderúrgica desde agosto. Segundo o engenheiro ambientalista da Fiocruz, Alexandre Dias Pessoa, há evidências de que a poluição do ar no entorno da CSA é resultante de mistura de metais tóxicos: “Temos clareza de que há um misto de metais que chegam às casas, à agricultura e em várias regiões”.
Fonte: O Dia

População vaia representante da CSA em audiência pública

Por Hélcio Duarte Filho
Da Redação do Sindsprev, direto do plenário da Alerj

O representante da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica Atlântico (CSA), Luis Claudio Castro, foi vaiado ao concluir o seu pronunciamento no plenário principal da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pelo público que participa da audiência pública promovida pela Comissão Especial criada para investigar os impactos ambientais dessa siderúrgica e possíveis irregularidades e imprevidências do Instituto Estadual de Ambiente (Inea) e do governo do Estado.
Moradores de Santa Cruz, de outros bairros da Zona Oeste e de municípios adjacentes, como Itaguaí e Mangaratiba, acompanham a audiência, iniciada na manhã desta terça-feira (24) e que ainda estava em andamento às 13h10min.
O representante da CSA disse que a empresa está empenhada em buscar soluções para os problemas e que quer ser “uma boa vizinha”. Mas não convenceu o público presente. “É o mesmo discurso que ouvimos em 2006”, disse da tribuna um morador da região.

A Comissão Especial é presidida pela deputada Lucinha (PSDB) e tem como relatora Janira Rocha, deputada do PSOL e ex-dirigente do Sindsprev-RJ.
O sindicato apóia, por meio do Sindsprev Comunitário, esta luta da população da Zona Oeste, de Itaguaí e de Mangaratiba.

Audiência debaterá problemas causados pela CSA na Zona Oeste

Rio - Uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) na próxima terça-feira, dia, vai discutir os impactos e riscos à saúde humana, ao meio ambiente e à atividade pesqueira na Baía de Sepetiba provocados pela implantação da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) na Zona Oeste do Rio. A sessão vai contar com a presença de representantes da CSA, dos governos municipal e estadual, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da associação de moradores e pescadores de Santa Cruz; pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), ambientalistas e biólogos.

“Nós traremos para Alerj os principais atores que envolvem essa questão da CSA desde a sua instalação em Santa Cruz, porque nós queremos sensibilizar o governo estadual e a própria siderúrgica para os prejuízos e danos que a empresa vem causando à população daquela região”, explica a deputada estadual Lucinha (PSDB), presidente da Comissão Especial criada na Alerj para apurar possíveis irregularidades e imprevidências do Governo do Estado e do Instituto Estadual de Ambiente - INEA - no processo de concessão de licenciamento ambiental referente à implantação da siderúrgica na região.

Também fazem parte dessa comissão os deputados Paulo Ramos (PDT), que é vice-presidente, Janira Rocha (Psol), relatora, André Lazaroni (PMDB) e Zaqueu Teixeira (PT).

Fonte: O Dia

Comissão da Alerj vai denunciar CSA ao MP por emissão de poeira

Comissão especial da Alerj que discute impactos ambientais causados pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, vai protocolar denúncia no Ministério Público do Rio (MP) contra a empresa. A decisão foi tomada ontem, após O DIA revelar que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) voltou a autorizar obra de ampliação da empresa. A construção havia sido embargada quando detectado que o poço de emergência da siderúrgica emitia fuligem nociva no bairro.

Na quinta, o Inea ressaltou que a CSA apresentou projeto para pôr fim à emissão do pó, que será reduzida gradualmente durante mais um ano. Presidente da comissão, a deputada Lucinha (PSDB) indignou-se com a retomada da obra e, na terça, audiência pública na Alerj discutirá o problema com moradores

Fonte: O Dia.

domingo, 15 de maio de 2011

SIDERÙRGICA TKCSA “O PROGRESSO SELVAGEM”

SIDERÙRGICA  TKCSA “O  PROGRESSO SELVAGEM”
Quando olhamos para o futuro, percebemos o quanto estamos  sendo vítimas impotentes constante. A  poluição que devasta todas as formas de vida hoje está bem próximo da nossa comunidade (Alvorada e Novo Mundo em Santa Cruz) sendo produzida pela Siderúrgica TKCSA. Sentindo a diferença no ar que respiramos, passamos  a ser denominadas de "passivos ambientais". Em troca da miséria local, por um sub- emprego alguns moradores aceitam a conviver com esta poluição desmedida.  Mesmo com tantos exemplos de usos errôneos desta siderúrgica TKCSA, alguns moradores ainda se sentem feliz com a destruição ambiental ,demonstração de incapacidade diante dos fatos. O modelo atual do governo não privilegia a comunidade  em torno da Siderúrgica TKCSA. As  populações massacradas pela arrogância e prepotência dos gestores públicos responsáveis pela Instalação desta Siderúrgica, faz vistas grossas aos problemas de saúde que a comunidade em torno da Siderúrgica TKCSA, vem enfrentando em  Santa Cruz  uma região da Zona Oeste do Rio  de Janeiro ( região extremamente carente) sem decisões políticas; mas com  milhões de eleitores. Queremos acreditar, que nossa luta, não seja em vão! Não temos mais tempo!  “ Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Jorge Antonio Pellegrini.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

AMBIENTE EMBARGA OBRA DE AMPLIAÇÃO DA CSA E EXIGE COBERTURA DE POÇO POLUENTE

AMBIENTE EMBARGA OBRA DE AMPLIAÇÃO DA CSA E EXIGE COBERTURA DE POÇO POLUENTE
10/ 05/ 2011
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou hoje (10/05), em coletiva à imprensa, que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, tem um mês para começar a cobrir seu poço de emergência.

A obra impedirá, em caso de novos acidentes, que seja emitida na atmosfera a chamada “nuvem de prata” – fuligem que contém 70% de carbono e 30% de ferro, causando danos à saúde dos trabalhadores e moradores da região. A cobertura mitigará a emissão do poluente em 90%.

Minc anunciou ainda que a CSA, a partir de amanhã, terá embargada sua obra de ampliação de instalação para aumentar sua capacidade de produção. A companhia estava construindo sua terceira coqueria, local onde é produzido o coque, resíduo proveniente da queima de carvão mineral.

Segundo o secretário, a ampliação ficará embargada até que siderúrgica cumpra todos os condicionantes socioambientais para funcionar. “A empresa deveria contar com um sistema alternativo de redução de risco de acidentes, mas não tem a ligotadeira. Hoje ela opera só com o poço de emergência. Está errado e não pactuaremos com isso. Nosso papel é monitorar o seu funcionamento e sugerir”, disse Minc, continuando:

“A siderúrgica não tem licença definitiva. Caso nossas exigências não sejam atendidas, ela vai parar de operar. Queremos a empresa no estado. Não podemos exportar o minério para gerar emprego na China, mas a saúde da população e do ambiente deve ser considerada como prioridade.”

Presente à coletiva, a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, anunciou que começou a funcionar a câmera de filmagem, dentro da siderurgia, para monitoramento em tempo real, via internet, do funcionamento interno da empresa. A câmera, com giro de 360 graus, ajudará aos técnicos do Inea a fiscalizar a operação da CSA.

Em janeiro deste ano, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) determinou que a CSA deveria passar por auditoria externa. No entanto, o secretário Carlos Minc considerou que a empresa responsável por fazer a auditoria, Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), não respondeu a itens estratégicos apontados pelos técnicos da SEA e do Inea: “A auditoria terá que ser complementada para que a CSA possa operar em segurança”.

Desde o início das operações, a CSA já foi multada duas vezes – R$ 1,2 milhão em agosto de 2010 e R$ 2,4 milhões em janeiro deste ano – e foi obrigada a investir cerca de R$ 14 milhões na área de saúde e infraestrutura da região.

Segundo o superintendente de Saúde Ambiental da SEA, Luiz Tenório, dos R$ 14 milhões pagos como compensação pela siderúrgica, R$ 11 milhões serão investidos na construção


de um centro de referência para hipertensos e diabéticos e de uma policlínica de saúde da família. O restante – R$ 3 milhões – está sendo aplicado em obras de infraestrutura na região.

Integrante do grupo de trabalho criado, por decreto do governador Sérgio Cabral, para definir os critérios para auditoria de saúdo da CSA, a ser realizada pela Fundacentro, Tenório afirmou que pesquisa promovida com cerca de 400 moradores de Santa Cruz apontou que o número de doenças respiratórias aumentou desde que ocorreu o primeiro acidente, em agosto de 2010. Sinusite e dermatites também foram apontadas pelos moradores.

O subsecretário-executivo da SEA, Luiz Firmino, também participou da coletiva.

FONTE: INEA.

Rio embarga obra de siderúrgica

Rio embarga obra de siderúrgica
Secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, alega 'erros crassos' da CSA, que investiu [Br]5,2 bilhões de euros.
11 de maio de 2011 | 0h 00
Felipe Werneck - O Estado de S.Paulo
O governo do Rio embargou ontem pela primeira vez uma obra da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), inaugurada há dez meses em Santa Cruz, zona oeste do Rio, após investimento de 5,2 bilhões de euros da alemã Thyssenkrupp. Ao anunciar a medida, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse que a CSA é responsável por uma "lambança ambiental". Segundo ele, a empresa cometeu "erros crassos" de projeto, operação e gestão.
A obra que deve ser paralisada hoje é a construção da terceira coqueria do complexo siderúrgico - as outras duas continuam em operação. "Não somos xiitas nem subservientes. A CSA tem de cumprir a regra do Brasil direitinho. Ou cumpre ou fecha", afirmou o secretário. Ele também determinou prazo de até 30 dias para que a empresa comece a construir um sistema de controle para cobrir o chamado poço de emergência, sob ameaça de suspensão do processo de licenciamento ambiental e até rejeição do pedido de licença definitiva de operação. A CSA opera com uma licença prévia.
A CSA foi multada duas vezes pelo governo após grandes emissões de fuligem - em agosto, a multa foi de R$ 1,2 milhão; em janeiro, de R$ 2,4 milhões.
O diretor de Sustentabilidade da CSA, Luiz Cláudio Castro, se disse "surpreendido" com as medidas e "orgulhoso" do resultado de auditoria, que, afirmou ele, "concluiu que não existem riscos críticos ambientais".
Segundo Castro, os pontos levantados estavam sendo discutidos com órgãos do governo e a CSA havia concordado com outra auditoria. "O sistema do poço é complexo e inédito, tínhamos combinado tudo na semana passada e o projeto será entregue amanhã. Estou surpreso."

Secretaria do Meio Ambiente do Rio embarga ampliação da CSA

Secretaria do Meio Ambiente do Rio embarga ampliação da CSA
Usina da Companhia Siderúrgica do Atlântico está instalada em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

SÃO PAULO - A secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro anunciou no final da terça-feira que decidiu embargar a obra de ampliação da Companhia Siderúrgica do Atlântico, uma parceria do grupo alemão Thyssenkrupp com a Vale.
Segundo comunicado da secretaria à imprensa, "a companhia estava construindo sua terceira coqueria, local onde é produzido o coque, resíduo proveniente da queima de carvão mineral (...) a ampliação ficará embargada até que siderúrgica cumpra todos os condicionantes socioambientais para funcionar". A usina da CSA está instalada em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A secretaria exige que a siderúrgica promova obras para cobrir um poço de emergência, que "em caso de novos acidentes, pode emitir na atmosfera a chamada 'nuvem de prata', fuligem que contém 70% de carbono e 30% de ferro, causando danos à saúde dos trabalhadores e moradores da região". Segundo o órgão, a cobertura do poço reduzirá a emissão do poluente em 90%. Representantes da CSA não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
"A empresa deveria contar com um sistema alternativo de redução de risco de acidentes, mas não tem a ligotadeira. Hoje, ela opera só com o poço de emergência. Está errado e não pactuaremos com isso", afirma o secretário do meio-ambiente fluminense, Carlos Minc. "A siderúrgica não tem licença definitiva. Caso nossas exigências não sejam atendidas, ela vai parar de operar."
Desde o início das operações, a CSA já foi multada duas vezes: R$ 1,2 milhão, em agosto de 2010, e R$ 2,4 milhões em janeiro deste ano e foi obrigada a investir cerca de R$ 14 milhões na área de saúde e infraestrutura. Após os incidentes, a empresa aceitou a implantação de uma câmera dentro de sua usina que é monitorada pelo Inea.
Um acidente do final de 2010, que originou a multa de janeiro, obrigou a empresa a descartar ferro gusa nos poços de emergência, produzindo partículas que foram espalhadas pelo vento no entorno da usina. A poeira de grafite acabou sendo arrastada para as comunidades vizinhas.
A CSA tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço voltadas para exportação por ano e custou 5,2 bilhões de euros.
(Por Alberto Alerigi Jr) fonte : estado de sp

terça-feira, 10 de maio de 2011

MORADORES AFLITOS COM A POLUIÇÃO

Os  Moradores sofrem à vários  meses com a poluição causada pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). A Siderúrgica TKCSA, não criou nenhuma barreira de proteção entre   ela  e as Comunidades que estão próximas, (á menos de 300 metros ). Gostaria que as Autoridades Governamentais encontrassem uma solução para que os moradores não sofressem com essa poluição desmedida, pois a cada  uma tonelada de aço produzido pela Siderúrgica, meia tonelada de poluição  é lançada na Atmosféra. Como iremos viver com este ar tão poluido? Pois a única barreira existente  entre a Siderúrgica e a comunidade é  a  "Barreira Humana".
(Texto produzido por Jorge Antonio Pellegrini)

Desenvolvimento a Ferro e Fogo