quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

MPF pede condenação do jogador Emerson Sheik por contrabando de carros

Já Diguinho, do Fluminense, pode ter a suspensão condicional do processo por receptação


O jogador Emerson Sheik, acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados. Foto de 10/04/2012 Foto: Marcos Alves / O Globo
O jogador Emerson Sheik, acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados. Foto de 10/04/2012Marcos Alves / O Globo
RIO - O amor por carros esportivos pode complicar dois jogadores de futebol. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou à Justiça as alegações finais no processo contra Márcio Passos de Alburquerque, o Emerson Sheik, e Rodrigo Oliveira de Bittencourt, o Diguinho, por contrabando e receptação. De acordo com o MPF, Sheik, do Corinthians, é acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados (uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro). Já Diguinho, do Fluminense, é acusado de receptação por ter comprado de Emerson a BMW, abaixo do valor de mercado.
O procurador da República Sérgio Pinel pede a condenação de Emerson por contrabando e a suspensão condicional do processo contra Diguinho, caso o jogador não possua condenações anteriores nem processos em seu nome. Nesse caso, de acordo com o MPF, a suspensão do processo estaria condicionada ao jogador não se ausentar do Rio de Janeiro por mais de 30 dias por um prazo de dois anos sem autorização judicial. Além disso, Diguinho terá que comunicar qualquer alteração de endereço, comparecer a juízo trimestralmente para informar e justificar as suas atividades, bem como aceitar a perda do automóvel BMW e prestar serviços à comunidade durante seis meses. Caso não seja aceito o benefício da suspensão condicional do processo, o MPF pede a condenação de Diguinho pelo crime de receptação.
Segundo o MPF, o mesmo benefício não foi oferecido a Emerson pois o jogador tem sentença condenatória transitada em julgado contra si, bem como em razão do crime de contrabando ter sido cometido em duas oportunidades. Durante as investigações da operação Black Ops, que desarticulou uma organização criminosa ligada à máfia dos caça-níqueis em outubro de 2011, foram colhidas provas da importação ilegal dos veículos usados. Segundo a denúncia do MPF, ambos os carros foram importados por valores muito inferiores aos praticados no mercado, o que indicaria que Emerson tinha conhecimento da origem ilícita da compra.


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Fonte: O Globo

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