quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pessoas com deficiência ou doenças graves terão prioridade na restituição do imposto de renda

Brasília - Além dos contribuintes beneficiados com o Estatuto do Idoso, a Receita Federal dará prioridade ao processamento da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2013 para pessoas com doenças graves ou deficiência física e mental. Segundo o supervisor do Imposto de Renda, Joaquim Adir, isso vai permitir que esses contribuintes recebam a restituição também nos primeiros lotes.

A opção para a pessoa se declarar deficiente ou portador de doença grave está na primeira página do programa de declaração, liberado pela Receita no último dia 25. Segundo Adir, a opção já existia na declaração do ano passado, mas não garantia ao contribuinte prioridade automática – era preciso fazer uma requisição para ser atendido posteriormente.

O supervisor do Imposto de Renda informou ainda que a Receita Federal tomou todas as medidas para evitar fraudes e casos de pessoas que declarem ser portadoras de deficiência ou de doenças graves apenas para receber a declaração nos primeiros lotes, juntamente com os idosos.

“A Receita Federal se preparou e irá fazer cruzamento de dados para identificar casos de pessoas que poderão ser beneficiadas ilegalmente. A pessoa em situação irregular poderá ser chamada e responder criminalmente por essa ação”, disse Joaquim Adir.

O período de envio da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2013 começa amanhã (1º) e termina no dia 30 de abril. Os contribuintes que entregarem a declaração no início do prazo têm a chance de serem os primeiros a receber a restituição. Os lotes regulares de devoluções começam a ser liberados em junho. O último lote sai em dezembro.

Fonte: Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil


Inaugurada no Rio a segunda fábrica de trens monotrilhos do país

Rio de Janeiro - A segunda fábrica de trens para monotrilhos do país foi inaugurada hoje (28) no Distrito Industrial de Palmares, na zona oeste da cidade. A unidade que tem 50 mil metros quadrados, funcionará a partir da próxima semana, com uma encomenda para a cidade de São Paulo.

Serão 24 trens para a Linha 17 do Metrô de São Paulo, que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi. Também será feita ali a montagem dos sistemas de monitoramento das composições.

A fábrica tem capacidade para produzir seis unidades por mês e espaço para estocar 15 carros. O primeiro carro de monotrilho veio da Malásia, para servir de modelo para a fabricação na unidade do Rio de Janeiro. A estimativa é gerar cerca de 500 empregos nesta primeira etapa de funcionamento da fábrica.

De acordo com o secretário de Transportes do Rio, Júlio Lopes, foram investidos R$ 30 milhões para a instalação da primeira linha de montagem. Esses recursos poderão chegar a R$ 50 milhões, se houver demanda, sobretudo no Rio onde estão sendo feitos estudos de viabilidade de obras em andamento.

"Essa fábrica é um importante passo para a modernização do sistema de transporte. O monotrilho é um dos mais modernos sistemas de transporte de massa do mundo e contribuirá com a logística de transporte das cidades, além de oferecer um serviço de alta tecnologia para as pessoas", disse Lopes.

O monotrilho é um sistema de transporte que circula em vias elevadas das cidades, com carros movidos a propulsão elétrica sobre pneus de borracha. A primeira fábrica para construção desse sistema foi inaugurada no ano passado em Hortolândia, no interior paulista.

Fonte: Agência Brasil

Royalties e Orçamento devem ser votados na semana que vem

 
Votações polêmicas na semana que vem
A nova e polêmica divisão dos royalties do petróleo têm tudo para ser votada já na semana que vem.
Henrique Eduardo Alves, que já decidiu pôr veto de Dilma Rousseff para ser votado, reúne-se agora com Renan Calheiros para tratar do assunto.
Alves quer votar o Orçamento também na semana que vem.

Fonte: Veja Por Lauro Jardim

Eliana Calmon recebeu R$ 84 mil para 'alimentação'

Valor recebido por ministra do STJ foi retroativo de benefício respaldado em norma do CNJ e que não exige dos juízes comprovante de despesas

Eliana Calmon, ministra do STJ
No total, ministra recebeu em setembro mais de 110 000 reais no contracheque (Roosewelt pinheiro/ABr)
Cortejada pelo presidente do PSB Eduardo Campos para se candidatar a uma cadeira no Senado ou ao governo da Bahia, a ministra Eliana Calmon, vice-presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu em setembro do ano passado, de uma só vez, 84 800 reais a título de auxílio alimentação. Naquele mês, o contracheque de Eliana bateu em 113 009,50 reais.
A ministra ganhou notoriedade em sua gestão na Corregedoria Nacional de Justiça, entre 2010 e 2012, período em que conduziu com rigor inspeções disciplinares nos tribunais, em busca de irregularidades em supercontra-cheques de magistrados. Eliana denunciou "bandidos de toga" e colecionou desafetos em cortes estaduais com seu estilo combativo. Atribuíam a ela projeto de cunho político eleitoral, o que sempre refutou.
A verba de alimentação, da qual ela se beneficiou, tem respaldo em norma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que incorpora a vantagem ao subsídio dos magistrados de todo o país. A concessão é prevista na Resolução 133 do CNJ. Em junho de 2011, o colegiado, sob presidência do ministro Cezar Peluso, aprovou a medida que dispõe sobre a simetria constitucional entre magistratura e Ministério Público e equiparação de vantagens, como o plus de 710 reais a título de alimentação. O valor cai todo mês na conta da toga. Os juízes não têm de exibir recibos de despesas.
Retroativo – Em setembro, o Tesouro depositou na conta da ex-corregedora o valor acumulado do período retroativo a cinco anos da data da concessão do benefício, ou seja, de 2006 a 2011. A remuneração regular da ministra, de 25 386,97 reais, foi acrescida dos 84 800 sob a rubrica "indenizações". Com descontos da Previdência e do Imposto de Renda, ela recebeu 104 760,01 reais no total.
"Efetivamente, recebi em setembro de 2012 acumulado do benefício intitulado auxílio alimentação", disse a ministra do STJ. "O auxílio é automático, sem exigência de recibo de comprovação." Eliana recebe o auxílio-alimentação – assim como seus colegas da corte –, além de 2 792,56 reais (sem imposto sobre esse valor) como abono de permanência porque já conta tempo para se aposentar, mas permanece na ativa.
Seu holerite, como o dos outros ministros, é público. Pode ser acessado na página do STJ na internet. Há alguns dias, cópia do contracheque da ministra começou a circular em e-mails de magistrados que ainda não receberam o pagamento acumulado. Alguns intitulam as mensagens como "Eliana é 100", em alusão aos mais de 100 000 reais que ela recebeu em um único mês.
Muitos magistrados revelam desconforto com a situação. A resolução do CNJ autorizou o benefício alimentação. Posteriormente, a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), que os representa, foi ao Conselho da Justiça Federal (CJF) e pleiteou retroatividade dos cinco anos. Os magistrados estão recebendo o valor mensal de 710 reais, mas até agora não há previsão para que a verba correspondente àquele período acumulado seja liberada para a toga – nem os juízes federais nem os do Trabalho receberam. Os ministros dos tribunais superiores, exceto os do STF, garantiram sua parte. Os juízes assinalam que estão na expectativa de terem assegurado direito decorrente da simetria reconhecida pelo CNJ.
Justificativa – Eliana Calmon disse que a partir de dezembro de 2011 passou a constar de seu contracheque a rubrica auxílio-alimentação. A primeira parcela paga, informou a ex-corregedora nacional da Justiça, foi no valor de 5 131,37 reais. "A partir de janeiro de 2012 passei a receber 710 reais mensalmente, o que se estende até a presente data, com exceção do mês de setembro do ano passado, quando recebi o montante de 84 743,19 reais", esclareceu a ministra.
Ela explicou que o valor relativo ao acumulado foi de 65 745,41 reais, mais 18 686,17 de juros de mora e 311,61 reais "de parcela que não está identificada a que se refere, com o registro simples de auxílio alimentação". Eliana Calmon condena a "péssima forma de remuneração da magistratura, com parcelas e parcelas, algumas permanentes e outras transitórias". Calmon destacou que "o auxílio alimentação é recebido por todos os ministros, ou, melhor, por todos os magistrados federais de primeiro, segundo e terceiro graus".
O Conselho da Justiça Federal (CJF) informou que "já concedeu esse direito (pagamento do acumulado em 5 anos) aos juízes federais, mas ainda não pagou por falta de verba orçamentária". Segundo o CJF, a Secretaria-Geral do Conselho não dispõe de levantamento sobre o montante que terá que desembolsar. A verba para essa demanda não entrou no orçamento de 2013."

Fonte: Veja

Ato do DEM lembra mensalão e acaba em tumulto na Câmara

Irritado, deputado do PT arrasta placa pela Câmara

Deputados se desentenderam na Câmara após colocação de placa sobre o mensalão em frente a painel que comemora os 10 anos de governo do PT
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Deputados se desentenderam na Câmara após colocação de placa sobre o mensalão em frente a painel que comemora os 10 anos de governo do PTAilton de Freitas / O Globo
BRASÍLIA - Cenas de xingamentos, empurra-empurra e confusão marcaram um ato realizado pelo DEM como contraponto aos atos do PT em comemoração aos dez anos do partido à frente do Palácio do Planalto. A confusão começou quando o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), mostrava uma placa gigante onde eram retratado o ano de 2005 e as reportagens sobre a existência do mensalão. Irritado com a placa, o deputado Amaury Teixeira (PT-BA) surpreendeu os poucos parlamentares da oposição que estavam no local e, literalmente, saiu puxando a placa pelo corredor da Câmara que liga o Plenário e as comissões.
Uma espécie de outdoor, a placa foi colocada estrategicamente em frente à mostra fotográfica que está ocorrendo na galeria da Câmara e que mostra a história cronológica do PT. Nela, o ano de 2005 foi esquecido. Por isso, o DEM colocou a placa em frente à mostra fotográfica que entre os anos de 2004 e 2006, de forma a "preencher" no painel petista o ano de 2005.
- Que coisa de moleque! Isso é falta de respeito! - gritava Amary, enquanto carregava a enorme placa.
- Mensaleiro! Mensaleiro! - responderam parlamentares do DEM e outros participantes do ato.
O deputado Onxy Lorenzoni (DEM_RS) chegou a brincar:
- Eles roubaram até a placa do mensalão.
Amaury foi seguido pela galeria afora, inclusive por deputados como Felipe Maia (DEM-RN). Cercado, o deputado foi socorrido pelo colega Edson Santos (PT-RJ), que passava pelo local. A placa foi levada por assessores por uma escada lateral, que dá acesso à liderança do PT na Câmara. O DEM disse que ela foi levada à liderança do PT na Câmara, mas os petistas negam.
Amaury ficou muito irritado com os ataques.
- Moleque, sou homem direito! Quem me chamou de mensaleiro? - dizia Amaury.
A placa tem foto de Lula, a estrela e diz que a palavra mensalão surgiu, pela primeira vez, em junho de 2005. Há ainda reproduções dos jornais da época.
Os ânimos continuaram exaltados no Plenário. O deputado Onyx Lorezonzi usava o microfone para tentar explicar o ato do DEM, quando levou um tapa no ombro do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
- Canalha! Canalha! - gritou Devanir.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) interveio. O deputado Zca Dirceu (PT-PR) também chegou a se aproximar de Onyx.
Mais comedido, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), foi à Tribuna lembrar que a exposição sobre os 33 anos do PT tinha autorização da Câmara para ser realizada.
O líder do DEM, Ronaldo Caiado, disse que a ideia era lembrar do ano de 2005, que fora esquecido na mostra sobre a história do PT.
- Estamos preenchendo aquele hiato que existe na história de 33 anos do PT - disse Caiado.
Curiosamente, o PT marcou, para o mesmo local, uma festa para o final da tarde com a presença do presidente do partido, Rui Falcão. Assessores da Casa correram para saber se a oposição voltaria, mas foram tranquilizados de que não.

Fonte: O Globo

Obras de piscinões fecham praças na Grande Tijuca

Uma delas, no Maracanã, tinha sido reformada por R$ 200 mil em 2011

Prefeitura já começou a fechar a Praça Niterói, na Avenida Professor Manoel de Abreu, para desvio de rio
Foto: Domingos Peixoto / O Globo

Prefeitura já começou a fechar a Praça Niterói, na Avenida Professor Manoel de Abreu, para desvio de rioDomingos Peixoto / O Globo

RIO — As obras de construção de cinco piscinões e de um desvio dos rios Joana e Maracanã para conter as enchentes na região da Tijuca deixará o bairro sem duas praças por pelo menos um ano. A prefeitura já começou a fechar a Praça Niterói, na Avenida Professor Manoel de Abreu, e o mesmo deverá acontecer com a Praça Varnhagem, ao lado da Avenida Maracanã, na semana que vem. Essas áreas de lazer serão usadas como canteiros da construção de dois dos reservatórios. Após as obras, as praças serão devolvidas à população reurbanizadas. Mas, até lá, é possível que parte das árvores — cerca de 70, a maioria de médio e grande porte — tenha que ser removida para abrir espaço ao maquinário e operários. Orçadas em R$ 292 milhões, as obras visam a conter os alagamentos no entorno do Maracanã e têm que ficar prontas até o primeiro semestre de 2014.
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Na Praça Niterói, operários da empreiteira OAS já começaram a retirar os brinquedos e os equipamentos esportivos. O espaço está cercado por uma tela plástica, mas deverá receber um gradeamento reforçado, uma vez que a área terá circulação de maquinário pesado. O reservatório terá 25 metros de profundidade e capacidade para 75 milhões de litros d’água (o equivalente a 75 mil caixas d´água de mil litros) e está destinado a receber o excedente do Rio Joana, que transborda em chuvas muito fortes. Já na Varnhagem, será construído um piscinão de 45 milhões de litros, para captar as águas do Rio Maracanã.
Moradores da região se dividem quanto ao impacto da obra. Enquanto defendem as intervenções, uma demanda antiga da população, eles reclamam da necessidade de fechamento simultâneo das duas áreas de lazer. Na Varnhagem, o receio é que as obras causem impacto nos restaurantes e bares da área, conhecido polo gastronômico da região. Já na Niterói, moradores destacam que a área foi reformada em julho de 2011.
— Moro numa vila perto da Praça Niterói há 25 anos. Quando chove forte, o Rio Joana alaga tudo. Os carros ficam com água no meio das portas. Por esse lado, a obra é boa. Mas o lado ruim é que a praça foi reformada recentemente. Era abandonada e ninguém usava. Quando a população se acostumou de novo ao espaço, ele será fechado. Foi dinheiro jogado fora — reclama Renata Augusta Tavares da Silva, que trabalha com transporte de turismo.
A analista de sistemas Daniele Fernandes, que na quarta-feira passeava com a filha de 5 meses na Praça Varnhagem, também fica dividida sobre como encarar as obras:
— Se for para resolver as enchentes, a gente aguenta. Mas poderiam ter planejado melhor, para não fechar as duas praças ao mesmo tempo.
O secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, argumenta que a decisão de construir o reservatório na Praça Niterói foi tomada no fim do ano passado, mais de um ano depois da reforma, porque a prefeitura encontrou dificuldades na desapropriação do estacionamento de um supermercado no Boulevard 28 de Setembro, local original do piscinão. A empresa teria pedido R$ 20 milhões pelo terreno, valor de desapropriação considerado alto demais pelo poder público.
— Foi pesado o custo-benefício. A reforma da praça custou cerca de R$ 200 mil — diz Alexandre Pinto.
De acordo com o chefe de gabinete da Fundação Rio Águas, Paulo Fonseca, as árvores que puderem ser transplantadas serão levadas para um horto florestal. As demais serão repostas após as obras. A Rio Águas informou ainda não saber quantos espécimes serão retirados. O destino das árvores, diz ele, está sendo decidido em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
— A regra é manter o que puder ser mantido, transplantar o máximo possível e só remover o que não tiver jeito. Mas depois colocaremos outras árvores — diz Paulo Fonseca.
Perto do Maracanã, outra frente de obra do projeto já ganha visibilidade. Na Avenida Professor Manoel de Abreu, operários da construtora Mendes Júnior abrem uma imensa galeria de desvio do Rio Joana, que margeia o estádio naquele ponto. Com seis metros de largura e 4,5 metros de altura, a nova galeria constrasta com o estreito leito do rio.
Com 4,2 mil metros de extensão, o desvio começa na Rua Felipe Camarão, na Tijuca, onde será implantada uma galeria para permitir o deslocamento de parte da água do Rio Maracanã para o Rio Joana. Os reservatórios nas praças do bairro ficam nas duas pontas dessa rua e ajudarão a equilibrar a vazão durante as chuvas, segundo a prefeitura. O desvio seguirá então pela Avenida Professor Manoel de Abreu, onde o leito do Rio Joana será reforçado. Já ao lado do Maracanã, parte da vazão do rio será desviada para a nova galeria que está sendo construída. A partir dali, o desvio segue em túnel passando sob a Avenida Radial Oeste, os ramais de trem e metrô no Maracanã, parte dos Morros da Mangueira e São Cristóvão, até desaguar na Baía de Guanabara por uma galeria subterrânea na Rua São Cristóvão, na Zona Portuária, ao lado do terreno do gasômetro.
— Hoje, quanto chove forte e o Rio Maracanã transborda, o escoamento natural das águas é pela Rua Felipe Camarão. Esse escoamento acontece de forma desordenada, pela superfície da rua, alagando tudo. Com a galeria de desvio e os reservatórios, a gente quer disciplinar o que acontece hoje — explica Paulo Fonseca.
O projeto prevê que, com o desvio e os reservatórios, seja possível desviar um terço das águas que chegam no Canal do Mangue em dias de chuva forte. Hoje, os rios Joana e Maracanã se unem nas imediações dos ramais de trem da SuperVia e desaguam no Canal do Mangue. Com as obras, parte das águas dos rios Joana e Maracanã desaguarão diretamente na Baía de Guanabara.

Fonte: O Globo

Fortes: Exército cobra por uso de espaços e por acesso à praia em pelo menos dez unidades

Apenas na Região Metropolitana, estão na relação oito fortalezas, protegidas por leis ambientais e tombadas pelo patrimônio histórico

Em Niterói. A Fortaleza de Santa Cruz, uma das unidades onde há aluguel de espaços
Foto: Custódio Coimbra / O Globo
Em Niterói. A Fortaleza de Santa Cruz, uma das unidades onde há aluguel de espaçosCustódio Coimbra / O Globo
RIO — Não é apenas no Forte de Copacabana que espaços públicos são arrendados para eventos comerciais sem licitação. O Comando Militar do Leste (CML) admitiu que outras unidades do Exército também alugam seus espaços para festas, casamentos, seminários etc. E pior: o acesso às praias que ficam em áreas militares é pago e tem critérios nem sempre transparentes. Apenas na Região Metropolitana do Rio, estão na relação do Exército oito fortalezas históricas, protegidas por leis ambientais e tombadas pelo patrimônio histórico: Duque de Caxias (no Leme), São João, São José e da Laje (na Urca), Santa Cruz, Barão do Rio Branco, São Luiz e Imbuí (em Niterói).
Na Restinga da Marambaia, por exemplo, um dos mais belos recantos da orla da cidade, o acesso é para poucos. Um civil precisa ser indicado por um militar para ingressar na base do Centro de Avaliação do Exército e usufruir do mar cristalino e limpo. Mesmo assim, a um custo salgado: a pessoa paga R$ 150 por trimestre. Em nota, o Exército informou que estão sob sua jurisdição “vários sítios históricos e culturais da União de grande valor e beleza”. O texto ressalta que, “seguidas as normas legais, e, desde que disponíveis, os espaços podem ser cedidos ao uso privado”.
O CML destaca que o Exército não faz propaganda, mas atende pessoas e empresas que procuram as unidades. Os interessados precisam preencher alguns requisitos, cujos critérios são estabelecidos pelo comando de cada unidade. No Forte Duque de Caxias, no Leme, o atual comandante suspendeu o aluguel para festas e casamentos. Atualmente, só empresas e entidades podem alugar os salões para reuniões e simpósios. O espaço mais caro, com 300 lugares, custa R$ 7 mil por quatro horas.
Na Urca, no Forte São João, o salão só pode ser alugado para casamento e comemorações de aniversário por militares da ativa lotados na unidade. É uma determinação do novo comandante. O valor é de mil reais. Já os interessados em ir à praia precisam preencher ficha, apresentar cópias de documentos e ser indicados por um militar, além de pagar, anualmente, R$ 300, mais R$ 150 por dependente.
Os valores mais altos são os do Forte de Copacabana, que, além de ter alugado a praia por R$ 228 mil por três meses neste verão para um clube VIP, cobra de R$ 6 mil a R$ 12 mil por diária dos interessados em alugar um dos seus seis espaços. Um salão com 170 metros quadrados, com capacidade para 150 pessoas sentadas e 180 em pé, sai, por exemplo, por R$ 12 mil.
Os demais lugares para alugar são o Espaço Major Pradel (com capacidade para 400 pessoas), a Praça Siqueira Campos (até 600 convidados ao ar livre) e o Campo de Marte (com capacidade para oito mil pessoas). No Auditório Santa Bárbara, o ambiente para 144 pessoas é destinado a apresentações de peças de teatro e palestras. Existe ainda uma galeria de arte, cuja diária custa R$ 12 mil.
Professor defende licitação
Professor de direito constitucional da Uerj, Daniel Antônio de Moraes Sarmento lembrou que as praias são de uso comum do povo, exceto no caso de serem considerada áreas militares:
— Na medida em que o espaço está sendo usado para a realização de festas, já não é mais de uso exclusivo militar, e todo mundo poderia, em tese, entrar e usufruir. Constitucionalmente, a legislação obriga o Exército a seguir uma série de regras da Lei de Licitações quando oferece um espaço público para exploração comercial. A licitação tem por objetivo abrir espaço para outros interessados, que poderiam até oferecer mais, tornando o negócio mais vantajoso para a administração pública.
Com doutorado em direito do Estado pela USP, o professor Alexandre Aragão, da Uerj, acredita que uma atividade meramente lucrativa e que nada tem a ver com a atividade-fim do Exército tem que ser normalmente licitada.
— Acima de eventuais normas da força estão a Constituição e a Lei de Licitações. O artigo 10 da lei 7.661/88 estabelece que “as praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar” e que “não será permitida qualquer forma de utilização que impeça ou dificulte o acesso” — afirmou Alexandre Aragão.
Ele também lembrou que as únicas exceções são por razões de segurança nacional ou imposições de legislação específica, geralmente ambiental.
— Em um dos casos, a área continua sendo de segurança nacional, e então naturalmente não pode ser usada para fins recreativos tão intensos. Em outro, a área não é mais de segurança nacional, como a prática, já faz algum tempo, tem demonstrado, e então toda a praia do Forte Copacabana deveria ser de livre acesso — disse o professor.

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Fonte: O Globo

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Suplicy traiu o PT? Ou o PT traiu Suplicy?

Passei quatro horas com o senador, levei uma multa de trânsito e tirei a dúvida

ONTEM E HOJE Suplicy enfrenta radicais de esquerda que erram até ao grafar o nome da dissidente cubana como “Yaoni”. Se ele defendeu a liberdade de expressão de Lula, por que não a dela? (Foto: Mário Bittencourt/Bapress/Folhapress)
"Traidor, traidor, saia do PT, rapaz", gritava um manifestante para o senador Eduardo Suplicy na noite da terça-feira, 19 de fevereiro. A frase foi ouvida durante um protesto contra a visita da cubana Yoani Sánchez ao Brasil. “Sempre argumentei que nós, do PT, defendemos a liberdade de expressão. Defendi a liberdade do próprio Lula de se expressar durante a ditadura militar. Continuo a defender essa proposta com toda força”, diz Suplicy, de 71 anos, único petista a prestigiar a visita de Yoani ao Congresso brasileiro.
Não é apenas a banda intolerante do PT que quer se livrar de Suplicy. Altos dirigentes do partido também querem rifá-lo, impedindo que se candidate à reeleição ao Senado em 2014. Segundo apurou ÉPOCA, eles planejam dar sua vaga a uma sigla aliada em troca de apoio político. Suplicy contraria a linha justa do partido e, para justificar, cita Lula. Essa lógica aparentemente paradoxal – considerada “amalucada” por alguns de seus colegas de partido – deixa uma questão no ar: Suplicy está mesmo traindo o PT? Ou é o PT quem está traindo Suplicy?
“Em qual tom vou cantar? Não sei, mas posso perguntar para minha professora de piano”
Para tentar responder a essa pergunta, vou até a casa de Suplicy, em São Paulo. Ao estacionar na frente do imóvel, tomo a precaução de preencher três guias de estacionamento, cada uma dando direito a uma hora. Logo na primeira pergunta, percebo que meu carro está sob risco. “O senhor está confortável no PT?” Suplicy hesita alguns segundos antes de dizer: “Vamos começar pelos anos 1970”. E inicia a narrativa de como ingressou na vida pública. Fala de suas candidaturas derrotadas nos anos 1980 – quando usava o slogan “Experimente Suplicy” – e de sua longa trajetória no Senado. Espremido, no escritório do sobrado que divide com o filho João, entre obras clássicas do pensamento de esquerda e biografias da cantora Maysa e do ex-presidente americano Bill Clinton.
>> O bloco das eleições presidenciais está nas ruas
Suplicy é interrompido pelo telefone celular. “Em qual tom vou cantar? Não sei, mas posso perguntar para minha professora de piano”, diz ele. Depois de desligar, continua: “Estou estudando música”. E aponta para o piano de armário, localizado no fundo de uma sala contígua ao escritório. Sobre o instrumento, um porta-retratos em que ele aparece ao lado da namorada, Mônica Dallari. De volta à política, Suplicy relembra sua atuação na CPI dos Anões do Orçamento, em 1993. Dando um salto no tempo, vai direto para 2005, ano em que explodiu o escândalo do mensalão. Na ocasião, a direção nacional do PT proibiu seus parlamentares de assinar a CPI que investigaria o uso de dinheiro público para compra de apoio no Congresso. “Como eu me negaria a assinar a criação de uma CPI se eu tinha ajudado a criar outras que o partido apoiava?” Foi soldado do PT quando combateu Paulo Maluf na campanha pela prefeitura de São Paulo, em 1992. Maluf era considerado, na ocasião, o inimigo número um das esquerdas. Suplicy, já senador, foi para o sacrifício, candidatou-se e perdeu. No ano passado, Maluf e Lula se deixaram fotografar sorridentes ao lado de Fernando Haddad na campanha deste último a prefeito de São Paulo. Suplicy, apesar de convidado, não participou do evento eleitoral.
>> Análise: A “vaquinha” de Brasília e as “maçãs podres” do PT
O celular toca de novo. “O Mano Brown confirmou a presença? Muito boa notícia”, diz ele. O rapper, líder do grupo Racionais MC’s, participaria de um show em prol da Renda Básica de Cidadania. A menção ao programa, quase uma razão de viver de Suplicy, dá início a uma longa explanação sobre a importância da renda mínima. “Você conhece o poema ‘Triste partida’, de Patativa do Assaré?”, diz ele. E começa a declamar os 152 versos para ilustrar seu raciocínio. Penso novamente no meu carro e no temporal que começa a se formar.
Antes que a chuva desabe, resolvo ir direto ao ponto. “O senhor sabe que será difícil conseguir ser candidato, não é?” “Em alguns momentos, posso ter causado preocupações ao PT, mas acho que isso está resolvido”, diz Suplicy. Encerramos a conversa porque o senador tem um compromisso no início da noite numa livraria. Ao chegar a meu carro, encontro uma multa afixada no para-brisa: “Validade do cartão excedida”. É a prova de que Suplicy, famoso pela fala mansa e pausada, mudou pouco ou quase nada nas três últimas décadas. Já o PT...
Compasso e descompasso (Foto: Reprodução/Revista ÉPOCA)
 
Fonte: Época

Caso Bruno: mais um policial é investigado pela morte de Eliza

Delegado confirma, em Belo Horizonte, que agende da Polícia Civil é suspeite de ter participado da destruição do corpo da vítima. Bruno será julgado no próximo dia 4

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, chega para audiência no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele será julgado pela morte do carcereiro Rogério Martins Novello, ocorrida em 2000
O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, chega para audiência no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele será julgado pela morte do carcereiro Rogério Martins Novello, ocorrida em 2000 (Charles Silva Duarte/O Tempo/Folhapress)
Mais um policial civil esta sendo investigado por envolvimento na morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, desaparecida em junho de 2010. O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto, confirmou nesta manha, em Belo Horizonte, que o detetive Gilson Costa, amigo do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é suspeito de ter ajudado na destruição dos restos mortais de Eliza.
Wagner Pinto afirmou que houve vazamento de documentos sigilosos da Polícia Civil sobre a investigação, iniciada a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. As investigações ocorrem no âmbito da Corregedoria de Polícia Civil de Minas Gerais.
Além de Gilson, também está sob investigação o policial civil aposentado José Lauriano, o Zezé. A Policia Civil confirmou ligações de celulares entre Zezé, Bola e Luiz Henrique Ferreira omão, o Macarrão, entre 5 e 10 de junho de 2010, período em que Eliza foi sequestrada no Rio, transportada para Minas e mantida em cárcere privado no sítio do goleiro, em Esmeraldas. O assassinato teria ocorrudo, segundo a denúncia do MP, no dia 10, na casa de Bola, acusado de ser o executor.
TEMA EM FOCO: Acompanhe o julgamento do goleiro Bruno
Gilson e Bola atuaram juntos no extinto Grupo de Resposta Especiais (GRE) da Polícia Civil mineira. Denúncias da Comissão Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) apontam os dois como envolvidos na tortura e na execução de dois homens em 20O8, nas dependências do centro de treinamento do GRE, em Vespasiano. A unidade funcionava em um sítio de Bola. No local, o barracão de Madeira usado como deposito dos equipamentos dos aparatos de treinamentos, onde as vitimas teriam sido torturadas, ganhou o apelido de "casa de matar". Assim como no caso de Eliza Samudio, há suspeita de uso de cães da raça rottweiller para as sessões de torturas. Embora expulso da polícia, Bola era quem treinava os policias do grupo de elite.
Vazamento – Os documentos sigilosos sobre as investigações policiais vieram a público através do advogado Lúcio Adolfo da Silva, que assumiu a defesa de Bruno em novembro de 2011, no início do júri do atleta e de mais quatro réus do processo. Ele forneceu cópias do inquérito a vários órgãos de imprensa. A atitude de Adolfo foi lamentada por Wagner Pinto e pelo promotor Henry Wagner de Vasconcelos de Castro, que atua na acusação dos réus responsáveis pela trama de morte de Eliza.

"Com relação às informações que surgiram, venho esclarecer o seguinte: Após a conclusão do inquérito dos indivíduos ligados a morte de Eliza foi solicitada uma investigação complementar para verificar a participação eventual de outros indivíduos, que corria em sigilo", disse Wagner.

Segundo o delegado, o vazamento é prejudicial aos trabalhos, e, tão logo as investigações estejam encerradas, as informações sobre a divulgação de material sigiloso será encaminhada ao MP, para possível ação judicial contra os responsáveis. O promotor Henry Vasconcelos também lamentou o vazamento das investigações. E afirmou que Lucio Adolfo poderá responder judicialmente pelo fornecimento de documentos sigilosos, assim como os órgãos que divulgaram o material.
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Fonte: Veja

Deputado petista 'rouba' painel sobre mensalão na Câmara

Amauri Teixeira não gostou de protesto do DEM para ironizar a omissão ao escândalo em exposição na Câmara. A placa foi parar na liderança do PT

Deputado Amauri Teixeira tratou de dar um 'sumiço' no painel do mensalão
Deputado Amauri Teixeira tratou de dar um 'sumiço' no painel do mensalão (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
O que era para ser um ato de protesto da oposição se transformou em tumulto - mais um - na Câmara dos Deputados. O DEM resolveu incluir, em frente ao painel que lembra os 33 anos do PT, uma referência ao escândalo do mensalão, já que o ano de 2005 foi excluído na exposição montada nos corredores da Casa para marcar o aniversário da sigla. A imagem elaborada pelo DEM reúne capas de jornais e revistas na época do escândalo e contém uma breve descrição do episódio.
Mas a manifestação irônica não durou muito. Segundos após o pano vermelho que cobria a placa ser descerrado, enquanto os parlamentares da oposição ainda posavam ao lado ao painel, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) resolveu retirar o estandarte do lugar. Com a ajuda de José Márcio Ribeiro da Costa, chefe de gabinete da liderança do PT, ele removeu o painel.
O petista, que na semana passada havia tentado expulsar, aos berros, a blogueira cubana Yoani Sánchez do plenário, ainda quis tirar satisfações com assessores que, em meio ao tumulto, o chamaram de "mensaleiro". Os deputados Felipe Maia (DEM-RJ) e Edson Santos (PT-RJ) quase partiram para as vias de fato em meio ao empurra-empurra. Cláudio Cajado (DEM-BA) também se desentendeu com Amauri Teixeira.
"Nós sempre respeitamos qualquer manifestação que tenha nesse corredor. Estou retirando da frente do painel do PT. Na frente, nós não aceitamos", disse Amauri, enquanto removia a placa. Mas, em vez de apenas retirar o painel do corredor, o deputado e seu assessor esconderam o objeto na liderança do PT, em outro andar.
Ao site de VEJA, após esconder a placa, José Márcio da Costa reagiu com ironia: "O painel sumiu". O líder do DEM, Ronaldo Caiado, não pretende resgatar o objeto causador da discórdia: "O painel foi dado como presente para que o PT coloque na sala do líder", ironizou.

Minutos após a confusão, o mensaleiro José Genoino (PT-SP) passou pelo local - cabisbaixo, ele se fez de desentendido quando indagado a respeito da controvérsia.
Plenário – O vergonhoso bate-boca protagonizado em frente à exposição do PT continuou no plenário na Câmara dos Deputados. Primeiro a se manifestar, o deputado Sibá Machado (PT-AC) tentou amenizar o ato do correligionário Amauri Teixeira passando a culpa adiante: afirmou que foram os democratas que criaram o tumulto ao “colocar um material apócrifo” e que foram eles que quase partiram para a agressão contra parlamentares petistas.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) interveio: “Não é apócrifo, não. Foi reprodução de capas de revistas do ano de 2005, porque a exposição esquece o inconveniente ano de 2005”, ressaltando que não houve ataques por parte dos democratas. Enquanto o democrata falava, mais uma cena de agressão. O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) deu um tapa no microfone, tirando-o de Lorenzoni.
Ignorando os episódios, o líder do PT José Guimarães preferiu não comentar as atitudes de Teixeira e Ribeiro – e ainda disse estar ofendido: “Hoje nós sofremos o assédio de uma ação que nos leva ao constrangimento, como nunca fizemos com outro partido”.

Fonte: Veja

STF derruba liminar e libera votação de veto à Lei de Royalties

Corte não definiu, entretanto, como os mais de 3.000 vetos presidenciais, represados por mais de uma década no Congresso, deverão ser apreciados

Ministro Luiz Fux profere voto sobre crimes de lavagem de dinheiro
Ministro Luiz Fux (Felipe Sampaio/SCO/STF)
Por seis votos a quatro, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quarta-feira derrubar a liminar que impedia que o Congresso Nacional colocasse em votação, em regime de urgência, o veto presidencial à nova Lei de Royalties. Os ministros, entretanto, não discutiram uma fórmula para que deputados e senadores deliberem sobre a lista com mais 3.000 vetos represados no Legislativo por mais de uma década.
O julgamento na corte foi marcado por duras críticas à omissão dos parlamentares ao acúmulo de vetos à espera de apreciação. "É muito sério que se registrem tais situações de clara omissão constitucional, de claro descumprimento de um dever impositivo. A inércia das instituições compromete a força da Constituição e provoca uma desvalorização, representa um desprezo ao que a Assembleia Nacional Constituinte soberanamente decidiu", afirmou o decano da corte, Celso de Mello.
Formaram maioria para derrubar a liminar os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, José Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Do lado oposto, ficaram Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Joaquim Barbosa - favoráveis à apreciação dos vetos presidenciais em ordem cronológica.
Nos escaninhos do Congresso Nacional há vetos na fila há mais de uma década. A preocupação do governo é com a insegurança jurídica que poderia ser provocada caso leis que tiveram trechos vetados fossem canceladas agora pela Justiça, como o Código Florestal, por exemplo.
Entre os temas explosivos na lista de vetos presidenciais estão planos de carreira de servidores públicos, criação e reestruturação de órgãos da administração pública e leis orçamentárias. A Advocacia-Geral da União (AGU) previa um “colapso institucional” caso o Congresso seja obrigado a votar os vetos presidenciais em ordem cronológica. As projeções do governo apontam que os valores envolvidos nos vetos não apreciados chegam a 471 bilhões de reais.
A Constituição prevê que, para a apreciação dos vetos, uma comissão de deputados e senadores relate os motivos que levaram à decisão presidencial e, depois, que o tema seja votado num prazo de trinta dias. Historicamente, porém, tanto a formação do colegiado quanto a contagem de prazo não são respeitados.
Liminar - No fim do ano passado, uma liminar concedida pelo ministro Luiz Fux impediu que o Congresso levasse à votação imediata do veto da presidente Dilma Rousseff sobre a nova Lei de Royalties - mesmo após o Congresso ter aprovado sua urgência. Na época, o magistrado informou que a decisão judicial obrigaria que os vetos presidenciais fossem apreciados na ordem que chegaram ao Parlamento, e não conforme a vontade política dos congressistas.
A derrubada isolada do veto à Lei de Royalties foi articulada por deputados e senadores de estados que não produzem petróleo e permitiria a distribuição dos royalties de campos novos e daqueles já licitados e garantiria a divisão dos benefícios também a estados e municípios que não têm o insumo em seu território. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), no entanto, recorreu ao STF contra a decisão de votar em regime de urgência o veto presidencial envolvendo os royalties e obteve a decisão provisória do ministro Fux. Desde a manifestação do STF, parlamentares afirmaram que, até que todos os vetos fossem apreciados em plenário, a decisão do ministro paralisava todas as votações no Congresso, incluindo o Orçamento Geral da União.

Fonte: Veja

Câmara acaba com 14º e 15º salários para deputados e senadores

Proposta foi aprovada por unanimidade; líderes querem agenda para melhorar imagem da Casa

BRASÍLIA - Com um consenso forçado, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 27, o fim do benefício anual do 14º e 15º salário para os parlamentares. A partir de agora, os deputados e senadores só receberão salários extras ao assumir e deixar seus mandatos no Congresso, o que acontece, em regra, a cada quatro anos. A votação acontece numa tentativa do presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de tentar melhorar a imagem da Casa.
O benefício de salários extras para os parlamentares, chamados internamente de ajuda de custo, começou em 1938. Em alguns períodos ocorria o pagamento também quando haviam convocações extraordinárias para trabalho em julho e janeiro, o que levou ao pagamento de até 19 salários em um mesmo ano. Atualmente, o benefício era pago no início e no fim de cada ano.
A proposta aprovada é de autoria da atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi aprovado pelo Senado em maio do ano passado. Na Câmara, a proposta ficou parada por meses na Comissão de Finanças e Tributação, o que permitiu o pagamento do benefício no final do ano passado e na folha de pagamento deste mês. O fim do 14º e do 15º salários representará uma economia anual de R$ 27,41 milhões para a Câmara e de R$ 4,32 milhões para o Senado nos anos do mandato em que não houver o pagamento. O decreto legislativo precisa ainda ser promulgado e publicado no Diário do Congresso para entrar em vigor.
Deputado com o maior número de mandatos na Casa, e quem mais recebeu o benefício, o presidente Henrique Alves empenhou-se para acelerar a aprovação pressionando os líderes a assinar um requerimento de urgência para o projeto. Na visão dele, a aprovação pode ajudar a aproximar o Congresso da sociedade. "Essa Casa pode ter pecados, pode ter seus equívocos no voto sim ou não, mas a omissão é indesculpável", argumentou Alves ao defender a votação imediata.
Com o consenso imposto, dezenas de parlamentares fizeram questão de discursar em plenário apoiando a medida. "O fim do 14º e 15º salários é uma reverência à sociedade que trabalha no País", disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). "Não é com uma boa agência de publicidade que vamos mudar a imagem dessa Casa, é com posturas como essa", afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Todo mundo passou a vida toda recebendo o 14º e 15º, inclusive eu, mas chegou a hora de acabar", disse o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).
O único deputado a se manifestar no microfone contrário ao fim do benefício foi Newton Cardoso (PMDB-MG). "Estão votando com medo da imprensa. É uma deslealdade com os deputados que precisam. Não falo por mim, abri mão. Pago caro para trabalhar aqui".

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Fonte: Eduardo Bresciani e Denise Madueño, de O Estado de S. Paulo

Presidente da Câmara recebeu salários extra como deputado 115 vezes

Presidente da Câmara recebeu salários extra como deputado 115 vezes. Responsável por colocar na pauta o fim do 14.º e 15.º salários, Henrique Alves foi um dos que mais recebeu benefícios. Saiba mais em http://migre.me/drIFQ

Foto: Ed Ferreira/Estadão

Um ano após renúncia da CBF, Teixeira desfruta de casas de alto padrão em Miami

Fonte: Folha de S. Paulo

As quatro ilhas interligadas que formam o condomínio Sunset Island, na baía de Biscayne, em Miami, estão entre os endereços mais exclusivos da cidade.
O preço dos imóveis varia de R$ 6 milhões, para uma casa de quatro quartos e sem vista para o mar (modesta para os padrões locais), a R$ 30 milhões, para uma luxuosa residência, na orla, com sete dormitórios.
O condomínio com casas à beira-mar e marina particular foi o lugar escolhido pelo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira como refúgio após mais de 23 anos no comando do futebol brasileiro. Sua renúncia completará um ano no dia 12 de março.
Documentos obtidos pela Folha em cartórios da Flórida mostram que uma empresa sediada em outra casa de Teixeira no Estado americano pagou, em 2012, US$ 7,4 milhões (aproximadamente R$ 15 milhões) pelo imóvel em Sunset Island.
A propriedade foi da ex-tenista russa Anna Kournikova.


Frente da mansão do ex presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em Miami
Com sete dormitórios e oito banheiros, sendo um deles um spa, o casarão de dois andares tem 615 m2 e foi erguido em um terreno de 1.780 m2.
Na marina da casa, estava ancorado, no domingo passado, um barco da marca italiana Azimut, de 68 pés e US$ 2 milhões (cerca de R$ 4 milhões). Na garagem, um Porsche e duas Mercedes.
Celebridades como a cantora colombiana Shakira e os músicos Lenny Kravitz e Ricky Martin têm casas nos arredores de Sunset Island.
Acusado de receber propina na Fifa e envolvido em uma série de negócios nebulosos na CBF, como o contrato da TAM que beneficiava empresas de um amigo e não os cofres da entidade, Teixeira deixou a presidência da confederação em março do ano passado e desde então não voltou mais ao Brasil.
O ex-dirigente mora em Boca Raton (a 65 km de Miami) com a mulher e a filha adolescente e passa os fins de semana em Sunset Island.
De acordo com familiares, ele aguarda o fim do ano letivo americano para se mudar de vez para o imóvel.
Tanto em Boca Raton quanto em Miami, o ex-presidente da CBF pouco sai de casa. Durante a semana, ele só deixa o local para ir ao supermercado ou para buscar a filha na escola. Raramente encontra amigos em lugares públicos. Prefere recebê-los em Sunset Island.
Quando deixa o casarão de Miami, costuma frequentar as melhores casas de carne da cidade, como a tradicional Smith&Wollensky.
Casada com o ex-cartola desde 2003, Ana Carolina Wigand, 36, tem também uma vida sem muita badalação.
Desde o ano passado, faz pós-graduação em marketing numa universidade de Miami. O curso garante a permanência legal de Teixeira nos EUA. O visto dele é atrelado ao da mulher, que está nos país como estudante.
O ex-presidente da CBF ainda opera nos bastidores do futebol brasileiro e mantém contato quase diário com cartolas da entidade, dirigentes de clubes e empresários.

'Sir' Elton John traz a sua festa ao Brasil

Músico britânico, que tocou no Rock in Rio de 2011, retorna ao país para quatro apresentações, em São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, parte da turnê em comemoração dos 40 anos da música 'Rocket Man'

Elton John se apresenta em Los Angeles, em 2011
Elton John se apresenta em Los Angeles, em 2011 (Kevin Winter/Getty Images)
Sir Elton John está de volta. E nem ficou tanto tempo longe assim. O músico, que se apresentou no Rock in Rio em 2011, volta ao país nesta semana para quatro apresentações. O giro tem início nesta quarta-feira, no Jockey Club de São Paulo, e segue para Porto Alegre (dia 5, no Estádio do Zequinha), Brasília (dia 8, no Centro Internacional de Convenções) e Belo Horizonte (dia 9, no Estádio do Mineirão). Os shows fazem parte da turnê 40th Anniversary of the Rocket Man, que comemora os 40 anos da música Rocket Man (I Think It's Going to Be a Long, Long Time), um dos hits mais famosos do cantor.

Leia também: Para shows no Brasil, Elton John pede comida típica e flores

Elton John também já foi premiado com o Oscar, o Globo de Ouro, o Tony (o Oscar da Broadway) e vários Brit Awards, entre outros troféus musicais relevantes. Fora isso, receber o título de “Sir”, cavalheiro da realeza britânica, não é para qualquer um.
Como não poderia deixar de ser, o repertório da turnê inclui grandes sucessos como Tiny Dancer, Goodbye Yellow Brick Road, Candle in the Wind e Your Song, parte de um programa que foca em especial a fase áurea do compositor, os anos 1970, quando ele gravou, entre outras, Sorry Seems to Be the Hardest Word e Bennie and The Jets. Há também faixas dos anos 1980, como I Guess That's Why They Call It the Blues e algumas poucas dos anos 1990, como Circle of Life.

Ingressos – Ainda há ingressos para todas as apresentações, e a compra pode ser feita pelos site www.livepass.com.br (para os shows de São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte) e www.ingressorapido.com.br (para Brasília).


A canção Tiny Dancer foi gravada em 1971 para o álbum Madman Across the Water, o quarto da carreira do cantor.

Fonte: O Dia

Cleo Pires abre o jogo: 'Sempre fui muito sexual. Namorava os filhos das babás'

Atriz também revela que costumava assistir a programas eróticos escondida quando era adolescente

Rio - Cleo Pires mostrou que não tem papas na língua e abriu o verbo sobre sexo. A atriz contou que sempre foi uma "criança muito sexual" e que costumava dar umas escapadinhas para assistir a programas eróticos quando era mais nova.
"Eu era uma criança muito sexual. Namorava todos os filhos das babás, das cozinheiras. A babá que ficou mais tempo comigo foi a Teia. Ela me levava para a Pavuna e eu namorava o filho dela, o Bruno. Depois um amigo do Bruno. Tinha também o caseiro, Zezinho, por quem eu era apaixonada", revelou a atriz em entrevista à revista "GQ".
Cleo Pires posa de lingerie para revista | Foto: Divulgação / Revista GQ
Cleo Pires posa de lingerie para revista | Foto: Divulgação / Revista GQ
No início da adolescência, Cleo descobriu os programas eróticos. "Não era ‘porn’ (pornô), entende? Era ‘soft porn’ (pornô leve), e só pegava na televisão da sala. Eu fingia que ia dormir e depois levantava, ligava a TV, baixava o som e ficava vendo. As coisas mais sacanas sempre me apeteceram muito."
Quando ficou um pouco mais velha, a atriz deixou os programas e partiu para a ação. "Não tinha mais ninguém pra ficar falando que não podia pegar no peruzinho do amiguinho. Quando você é adolescente, sim, você já pode pegar no peruzinho do amiguinho! Então eu fui, né? Fui com tudo!", garantiu.

Fonte: O Dia 

MPF pede condenação do jogador Emerson Sheik por contrabando de carros

Já Diguinho, do Fluminense, pode ter a suspensão condicional do processo por receptação


O jogador Emerson Sheik, acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados. Foto de 10/04/2012 Foto: Marcos Alves / O Globo
O jogador Emerson Sheik, acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados. Foto de 10/04/2012Marcos Alves / O Globo
RIO - O amor por carros esportivos pode complicar dois jogadores de futebol. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou à Justiça as alegações finais no processo contra Márcio Passos de Alburquerque, o Emerson Sheik, e Rodrigo Oliveira de Bittencourt, o Diguinho, por contrabando e receptação. De acordo com o MPF, Sheik, do Corinthians, é acusado de ter importado ilegalmente dois veículos usados (uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro). Já Diguinho, do Fluminense, é acusado de receptação por ter comprado de Emerson a BMW, abaixo do valor de mercado.
O procurador da República Sérgio Pinel pede a condenação de Emerson por contrabando e a suspensão condicional do processo contra Diguinho, caso o jogador não possua condenações anteriores nem processos em seu nome. Nesse caso, de acordo com o MPF, a suspensão do processo estaria condicionada ao jogador não se ausentar do Rio de Janeiro por mais de 30 dias por um prazo de dois anos sem autorização judicial. Além disso, Diguinho terá que comunicar qualquer alteração de endereço, comparecer a juízo trimestralmente para informar e justificar as suas atividades, bem como aceitar a perda do automóvel BMW e prestar serviços à comunidade durante seis meses. Caso não seja aceito o benefício da suspensão condicional do processo, o MPF pede a condenação de Diguinho pelo crime de receptação.
Segundo o MPF, o mesmo benefício não foi oferecido a Emerson pois o jogador tem sentença condenatória transitada em julgado contra si, bem como em razão do crime de contrabando ter sido cometido em duas oportunidades. Durante as investigações da operação Black Ops, que desarticulou uma organização criminosa ligada à máfia dos caça-níqueis em outubro de 2011, foram colhidas provas da importação ilegal dos veículos usados. Segundo a denúncia do MPF, ambos os carros foram importados por valores muito inferiores aos praticados no mercado, o que indicaria que Emerson tinha conhecimento da origem ilícita da compra.


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Fonte: O Globo

Rios de óleo da Baixada Fluminense pioram a situação da já poluída Baía de Guanabara

Pelo menos 400 pessoas em Caxias estão sujeitas a intoxicação química


Nas mãos. Moradora de Duque de Caxias mostra a contaminação do Rio Pilar
Foto: Custódio Coimbra / O Globo
Nas mãos. Moradora de Duque de Caxias mostra a contaminação do Rio PilarCustódio Coimbra / O Globo

RIO — Passagem do ouro das Minas Gerais nos séculos XVII e XVIII, o Rio Pilar, em Duque de Caxias, hoje só transporta óleo e uma tabela periódica de poluentes em suas águas escuras. Seu vizinho, o Calombé, há cinco meses ganhou o noticiário por um fato inusitado: labaredas de fogo consumiram parte de seu leito. A três anos dos Jogos Olímpicos, a Baía de Guanabara é “abastecida” por rios de óleo combustível. De acordo com a prefeitura de Caxias, pelo menos 400 pessoas vivem com alto risco de intoxicação química.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reconhece a gravidade do problema, mas afirma que já mapeou 47 depósitos de produtos inflamáveis e faz inspeções frequentes — mas incapazes de sanar os problemas. No dia 16, O GLOBO sobrevoou os rios Pilar, Calombé e Iguaçu, a convite do projeto Olho Verde, coordenado pelo biólogo Mario Moscatelli. Vistos de cima, eles mais parecem dutos de óleo ao ar livre. Dois dias depois, alertado, o Inea expediu auto de constatação contra a MBR Comércio de Materiais Recicláveis.
O dono da indústria MBR, Maurício Braga Rocha, negou que a empresa esteja poluindo o Rio Pilar e joga a culpa em outros empreendimentos do entorno.
De acordo com a presidente do Inea, Marilene Ramos, a empresa, curiosamente responsável pela reciclagem de óleo de cozinha, estava despejando poluentes no Pilar sem tratamento. Mas a multa ainda não foi estipulada:
— Estamos fazendo operações quase permanentes na região, procurando identificar os galpões. São depósitos de óleo de cozinha e até empresas que fazem adulteração de combustível. Há dezenas sem controle ambiental. Estamos apertando o cerco, prendendo pessoas, vamos interditar todas as empresas. Quatro já foram fechadas nos últimos 30 dias.
Moradora convive com óleo
Os rios de óleo da Baixada oferecem risco à saúde de centenas de pessoas que ocupam as suas margens. Prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso afirma ser inadmissível um rio pegar fogo por causa de poluentes tóxicos, mas não descarta futuros riscos.
— Conheço essa situação há muito tempo. Se o Inea identificar (os poluidores) eu tenho a possibilidade de fazer a cassação do alvará dessas empresas. É inadmissível rio pegar fogo. Não temos a estrutura de fiscalização do Inea, só contamos com cinco fiscais de meio ambiente para Caxias inteira. Há risco de vida em caso de incêndio e explosão dos rios. A situação é gravíssima, a inalação dos poluentes pode vir a gerar pneumonias — diz.
Moradora de Pilar há seis décadas, a dona de casa Maria Pereira, de 68 anos, conta que orienta as crianças a evitarem caminhar às margens do rio.
— Minha filha e meu netinho de um ano tiveram que sair por causa do forte cheiro de óleo. Ninguém sabe de onde vem. Tem gente aqui com bronquite e asma. A situação só tem piorado nos últimos anos.
A retirada das pessoas dali surge num horizonte ainda distante. De acordo com o Inea, somente em setembro devem começar as obras da terceira etapa do projeto Iguaçu, que prevê o reassentamento das famílias.

Fonte: O Globo

Incêndio destrói casarão no Centro

  • Parte de imóvel, localizado na Rua da Conceição, desabou
  • Segundo bombeiros, não houve feridos
  • Bombeiros controlam incêndio que atingiu casarão na Rua da Conceição, esquina com a Rua Luiz de Camões, no Centro Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
    Bombeiros controlam incêndio que atingiu casarão na Rua da Conceição, esquina com a Rua Luiz de Camões, no CentroGabriel de Paiva / Agência O Globo

    RIO - Um incêndio de grandes proporções destruiu um casarão na Rua da Conceição, esquina com a Rua Luiz de Camões, no Centro do Rio. Houve desabamento de parte do prédio. O fogo teve início às 4h35m desta quarta-feira e foi controlado por volta das 9h30m. Equipes dos bombeiros ainda estão no local para resfriar a área. Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, a ação contou com apoio de quatro caminhões da corporação e um caminhão-pipa, com 30 mil litros de água.
    Mais cedo, muita fumaça preta pode ser vista de vários pontos da cidade, inclusive da Ponte Rio-Niterói. As primeiras informações davam conta de que no local funcionava um shopping especializado em lojas de informáticas. Como o prédio estava fechado, não houve feridos.
    As ruas Luiz de Camões e da Conceição e a Avenida Passos estão interditadas no trecho entre a Avenida Presidente Vargas e a Rua da Carioca. O trânsito é intenso na região, e há engarrafamento nas duas pistas da Avenida Presidente Vargas, sentido Candelária, até a altura do prédio dos Correios. Quem vai para a Lapa deve seguir até a Avenida Rio Branco, e depois pela Avenida Almirante Barroso. Para acessar outras vias do Centro, os motoristas devem descer a Avenida Rio Branco e acessar a Rua da Carioca.

    Fonte: O Globo

    Câmara pode votar fim do 14º e 15º salários de parlamentares


    O projeto está na câmara há mais de seis meses e a votação já foi adiada várias vezes. Cada parlamentar recebe todo ano R$ 53,4 mil com

    Veja o video:
    ASSISTINDO

    O projeto está na câmara há mais de seis meses e a votação já foi adiada várias vezes. Com o benefício, cada parlamentar recebe todo ano R$ 53,4 mil.
    Câmara dos Deputados pode votar lei que acaba com 14º e 15º salár

    Uma decisão importante pode sair nesta quarta-feira (27) em Brasília: a Câmara dos Deputados diz que vai votar a lei que acaba com o 14º e 15º salários dos parlamentares. O projeto está na câmara há mais de seis meses e a votação já foi adiada várias vezes.
    Mas o projeto não acaba de uma vez com o benefício. Hoje, os parlamentares recebem 15 salários todo ano. Pela proposta já aprovada no Senado, a chamada ‘ajuda de custo’ seria paga logo que eles tomassem posse e no último ano do mandato.
    Só com os pagamentos de 14º e 15º salários, cada parlamentar recebe todo ano R$ 53,4 mil.

    Fonte: Bom Dia Brasil

    Brasil tem potencial para produzir energia elétrica a partir do lixo

    O tratamento do lixo no país inteiro tem potencial para a geração de energia suficiente para abastecer, por um ano, o estado de Rondônia.

    Veja o Video:




    02:05
    O estudo da Associação de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais destaca que o tratamento do lixo no país inteiro tem o potencial para a geração de mais de 280 megawatts de energia.
    Estudo sobre o biogás vai ser divulgado nesta quarta-feira (27)

    Vai ser divulgado nesta quarta-feira (27) um estudo inédito sobre o potencial do Brasil para produzir energia elétrica a partir do lixo. É o chamado biogás.
    O lixo pode ter um destino mais nobre do que poluir a paisagem e o meio ambiente. Para isso, ele precisa ser descartado de maneira adequada em aterros sanitários. É possível transformar os resíduos em eletricidade ou gás purificado.
    O estudo da Abrelpe, a Associação de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, destaca que o tratamento do lixo no país inteiro tem potencial para a geração de mais de 280 megawatts de energia, o suficiente para abastecer, por um ano, uma população de cerca de 1,5 milhão de pessoas, como a do estado de Rondônia.
    “Se nós aplicarmos a Política Nacional de Resíduos Sólidos, realmente encaminharmos esses resíduos para aterros sanitários bem operados e aproveitarmos o biogás desses aterros sanitários, em 2039 teremos 500 megawatts de potência gerado a partir do biogás do lixo”, afirma Carlos Silva Filho, diretor-executivo da Abrelpe.
    No Aterro Sanitário de Gramacho, no Rio de Janeiro, há um projeto para transformar em energia o gás metano produzido pelo lixo e que continua enterrado. O metano é um gás muito nocivo ao meio ambiente, que ajuda a piorar o efeito estufa, levando ao aquecimento global.
    A empresa que administra o Aterro de Gramacho está instalando cerca de 300 poços que vão aspirar o gás metano, conduzí-lo por dutos até a usina do aterro, onde será purificado e transferido para a Reduc, uma refinaria da Petrobras. Nela, o novo gás vai ser usado como combustível ou para queimar caldeiras.
    “Estamos aqui sobre 60 milhões de toneladas de lixo, produzido pelos habitantes da cidade do Rio de Janeiro desde 1978. Ele corresponde ao gás consumido por 300 mil residências ao longo de 15 anos”, ressalta José Henrique Penido, diretor industrial da Comlurb

    Fonte: Bom Dia Brasil


    terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

    Pode comer a pele do frango: 10 mitos nutricionais detonados

    pode comer pele de frango



    Boa parte das pessoas concorda que a melhor parte do frango frito ou assado é a pele. Mas, por muito tempo a ciência não achava isso – afinal, qualquer fritura faz mal para a saúde, certo?
    Errado! Conheça 10 mitos nutricionais que não passam de mitos:
    1. Açúcar é ruim para você: a verdade é que açúcar é essencial na cozinha. Afinal, é do açúcar que tiramos nossas energias. Adoçantes naturais, como o mel, são iguais ao açúcar refinado na prática, nosso organismo os processa da mesma forma. Grande parte dos nutricionistas afirmam que o açúcar deve constituir 10% de sua dieta. Por exemplo, se você tem uma dieta de 2000 calorias, 200 devem ser provenientes do açúcar.
    2. Comer ovos aumenta o colesterol: o colesterol dos ovos não influencia tanto assim o colesterol de seu organismo. Parece estranho? A confusão vem do uso da palavra “colesterol” que pode descrever duas coisas diferentes. O colesterol “dietário” é o presente em moléculas de alimentos de procedência animal (como os ovos). O outro colesterol é o que entope suas veias. Como seu corpo produz o próprio colesterol dietário, ele não absorve o que está presente nos ovos. O que aumenta seu colesterol são gorduras saturadas e trans – então se você fritar os ovos em um óleo reutilizado pode ter certeza que estará ingerindo um monte de colesterol, mas se os preparar de forma saudável, pode comer ovos sem preocupação.
    3. Todas as gorduras saturadas aumentam seu colesterol: gorduras saturadas são ruins, mas nem todas. Há vários tipos de gorduras saturadas e cada tipo reage diferente em seu corpo. O ácido esteriárico, que está presente em cacau, palmito e óleo de coco, não aumenta o nível de colesterol LDL (o colesterol ruim) e aumenta o colesterol HDL (o bom) de seu sangue.
    4. O único álcool que faz bem é o encontrado em vinho tinto: na verdade o álcool da cerveja, do licor e de outras bebidas oferecem os mesmos benefícios do vinho tinto. Pesquisas recentes mostram que os antioxidantes são a resposta – o álcool aumenta o colesterol bom, previne entupimento das artérias e, conseqüentemente, problemas cardíacos. Ou seja, bebidas consumidas com muita moderação fazem bem para a saúde.
    5. Colocar mais sal nos pratos é ruim: muito sal seria ruim para sua saúde porque seria o mesmo que adicionar sódio à comida. O sódio é um grande problema para pessoas hipertensas. Mas, na verdade, salgar seus pratos pode fazer com que os vegetais fiquem ainda mais nutritivos. O sal faz com que as vitaminas não saiam dos vegetais durante seu cozimento e fiquem no caldo que é jogado fora. Estudos mostram que pouquíssimo sódio é absorvido. Mesmo assim, a parcimônia ainda é recomendada.
    6. Frituras sempre são gordurosas: você sabe como o processo de fritura realmente funciona? Quando a comida é jogada no óleo quente a água que está dentro do alimento ferve e vai até a superfície, entrando em contato com o óleo. Assim que a umidade do alimento sai, ela cria uma barreira que impede grande parte do óleo de entrar em contato com o alimento. O pouco óleo que penetra na comida forma aquela casquinha saborosa típica da fritura. O que importa é que a fritura seja feita da forma certa: não deixe o óleo esfriar, ou então o alimento vai ficar ensopado de gordura. Use um termômetro específico, se ajudar. Além disso, após fritar a comida, coloque-a sobre um papel-toalha absorvente que irá sugar o excesso de óleo. Não estamos dizendo que agora as frituras estão liberadas – moderação é necessária, mas você pode se esbaldar de vez em quando.
    7. Quanto mais fibras você come, melhor: nem todas as fibras são boas para você. O que importa é de onde elas vêm. Atualmente, a fibra está na moda e você a encontra até mesmo em iogurtes que, originalmente, não vêm com fibra nenhuma. Alguns especialistas duvidam que esse tipo de fibras artificiais seja tão bom quanto o tipo encontrado em alimentos “naturalmente fibrosos”, como frutas e vegetais.
    8. Você sempre deve tirar a pele do frango antes de comer: na verdade você pode comer a pele do frango sem maiores preocupações. Apesar do peito de frango – a mais sem graça das fontes de proteína do mundo – estar na moda, quem resiste àquela casca douradinha que derrete na boca? A verdade é que peito de frango é uma carne magra com pele ou não. Pesquisas mostram que 55% da gordura da pele do frango é saudável.
    9. Comidas orgânicas são mais nutritivas do que as convencionais: se você compra alimentos orgânicos achando que eles não fazem mal para o meio ambiente, que isso ajuda pequenos proprietários ou então que eles são mais saborosos então não tem problema e você está certo. No entanto nenhum estudo prova que eles são mais nutritivos do que os convencionais – tirando, é claro, o problema dos agrotóxicos.
    10. Cozinhar com azeite de oliva faz com que os benefícios do azeite sumam: na verdade o azeite de oliva, assim como seus nutrientes, consegue agüentar o calor. É só não deixar que a substância passe do ponto certo – que seria quando começa a liberar fumaça. [CNN]

    comentários

    Rosana Oliveira /
    Só que eles não falaram que na pele se concentram os hormônios administrados às galinhas. Só falaram da parte nutricional mas nem tocaram na parte cancerígena e endócrina.
    Quanto aos orgânicos, essa pesquisa foi comprada pela Monsanto no mínimo, porque qualquer palerma sabe que o consumo dos produtos orgânicos não é pelo teor nutricional, mas sim, pelos agrotóxicos que é 0, ao contrário dos transgênicos, que chegam a ter 400% o teor de agrotóxicos que o permitido.

    Rosana Oliveira /
    Óleos são gorduras, não sei se você sabe.
    Há gorduras saturadas e gorduras insaturadas.
    É errado dizer que gorduras são somente aquelas sólidas.
    Aliás, o que é muito feito na indústria, é a saturação dessas gorduras insaturadas. Um produto desse processo que é muito famoso é a margarina:
    óleos que têm suas cadeias saturadas por hidrogênio, dando a consistência sólida.

    Rosana Oliveira /
    Cerveja não aumenta colesterol ruim, mas não abuse, pois álcool estimula a produção de radicais livres, que causa envelhecimento precoce (e não me referi somente à pele)

    Fonte: hypeScience

    Lei em campo: projetos obrigam instalação de câmeras em estádios e amplia suspensão de torcidas organizadas

     
    Pela redução da violência
    Dois projetos de lei que dormitam na CCJ e na Comissão de Finanças da Câmara colaborariam para evitar tragédias como a ocorrida no jogo do Corinthians, na cidade de Oruro, na Bolívia, onde um adolescente morreu atingido por um sinalizador lançado por um corintiano.
    Um deles atenua a dificuldade de se identificar autores de crimes praticados dentro dos estádios, como aconteceu no caso do adolescente que atirou o artefato.
    A proposta do deputado catarinense Jorginho Mello (PR) determina a instalação de câmeras em todos os estádios, ginásios e arenas multiuso localizados em cidades com mais de 500 000 habitantes. O projeto estabelece prazo de um ano para que os equipamentos estejam funcionando.
    Mello apresentou também um projeto de alteração no texto do Estatuto de Defesa do Torcedor: sugere ampliar para cinco anos o tempo de suspensão das torcidas organizadas envolvidas em crimes no trajeto para um evento esportivo ou nas imediações da arena onde ocorrerá o jogo.
    Hoje, a punição pode variar de um dia a três anos e só cabe em casos registrados na área do evento.

    Fonte: Veja Por Lauro Jardim

    Conmebol mantém punição e Corinthians joga sem torcida na quarta

    Medida foi imposta após a morte do jovem Kevin Espada, torcedor do San Jose-BOL, atingido pelo disparo de um sinalizador

    São Paulo - Punido pela Conmebol, o Corinthians enfrentará o Milionários-COL, nesta quarta-feria, no Pacaembu, sem a presença de torcedores. A medida foi imposta após a morte do jovem Kevin Espada, torcedor do San Jose-BOL, atingido pelo disparo de um sinalizador na partida da última quarta-feira.
    Torcedores do Corinthians foram detidos no estádio Jesús Bermudez | Foto: Divulgação Site do Corinthians
    Torcedores do Corinthians não entram do Pacaembu nesta quarta-feira | Foto: Divulgação Site do Corinthians
    A confirmação que o time paulista vai, de fato, jogar com as portas fechadas foi dada pelo diretor de comunicação da Conmebol, Nestor Benitez, à rádio Bandeirantes. O clube divulgou uma nota acatando a medida na manhã desta terça-feira.

    Leia o comunicado na íntegra:
    "A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista, no intuito de defender os direitos dos torcedores, principalmente aqueles que já adquiriram os ingressos de forma antecipada, tentou todos os recursos jurídicos para reformar a medida cautelar imposta ao clube pela Conmebol na última quinta-feira.
    Como o pedido de reforma foi negado, o Corinthians acata a decisão da entidade sul-americana e mandará as partidas da Copa Libertadores com os portões fechados até o julgamento, que deverá ocorrer no prazo de 60 dias.
    Os torcedores que adquiriram ingressos poderão usar os valores como crédito no programa Fiel Torcedor ou pedir o ressarcimento do dinheiro. No entanto, como o volume de recursos e número de torcedores afetados é muito grande, nem todos poderão ser atendidos nas primeiras horas. Por isso contamos com a paciência dos afetados pelos cancelamentos.
    Por fim, pedimos ao torcedor que evite ir às imediações do estádio do Pacaembu durante o período em que a punição valer. Tenha certeza que a camisa corinthiana será, como sempre, honrada, com muito suor e determinação."
    Fonte: O Dia