sábado, 30 de junho de 2012

Operadoras de telefonia móvel estão proibidas de vender celular bloqueado

Brasília – O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) proibiu as empresas de telefonia móvel a vender aparelhos celulares bloqueados ao consumidor. Se descumprirem, as operadoras podem ser multadas em R$ 50 mil por dia.

A decisão foi tomada pela 5ª Turma do tribunal, divulgada ontem (29) pelo órgão, em resposta a um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a sentença de um juiz de primeira instância favorável à prática do bloqueio dos aparelhos. Ainda cabe recurso da decisão.

O MPF argumenta que o bloqueio dos celulares caracteriza a prática conhecida como fidelização, obrigando o consumidor a ficar “ligado a uma única operadora”. Já as empresas de telefonia móvel alegam que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autoriza o bloqueio por até 12 meses como forma de fidelização e que, “para conceder determinados benefícios, a operadora arca com o preço do aparelho e acaba por transportar determinados encargos para o mercado”.

O relator do processo, desembargador federal Souza Prudente, rebateu o argumento das empresas. De acordo com ele, a norma da Anatel é equivocada por propiciar a venda casada, o que “configura uma violência contra o consumidor”.

Para a desembargadora federal Selene Almeida, que acompanhou o voto do relator, a fidelização afronta os direitos do consumidor, porque o que as empresas “estão fazendo, através de descontos concedidos em troca de aparelhos, é restituirem-se do desconto com a prestação do serviço, já que o valor das mensalidades acaba por pagar, com sobras, os benefícios concedidos”, segundo informações publicadas na página do TRF1 na internet.

Fonte: Agência Brasil

Baixada Fluminense vai ganhar mais UPAs

Rio - O Sistema Único de Saúde (SUS) vai receber investimento de R$ 450 milhões do governo federal para melhorar o atendimento aos pacientes do estado do Rio.
A primeira etapa do Plano de Ação da Rede de Atenção às Urgências do Rio vai beneficiar 19 municípios da Região Metropolitana. A Baixada vai ganhar mais seis UPAs 24h e a primeira será inaugurada dia 9, em Mesquita. Dia 31, é a vez de Itaboraí.
Recursos vão também qualificar de UPAs, construir e qualificar postos de saúde com consulta odontológica | Foto: Marcelo Horn / Divulgação
Recursos vão também qualificar de UPAs, construir e qualificar postos de saúde com consulta odontológica | Foto: Marcelo Horn / Divulgação
A unidade de Mesquita era reivindicação antiga dos moradores da Baixada Fluminense: o prédio estava pronto há dois anos, mas sem uso, conforme O DIA mostrou em maio deste ano.
O investimento foi anunciado ontem, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita à UPA de Copacabana. Na cerimônia, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, antecipou que Nova Iguaçu, Japeri, Duque de Caxias, Magé e São João de Meriti serão as próximas cidades a ganhar uma UPA.
Os recursos do governo federal serão aplicados em 428 novos leitos de UTI, ampliação e qualificação de UPAs 24 horas, construção e qualificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) — um novo modelo de posto de saúde, com horário ampliado e mais serviços, como consulta odontológica — e ampliação da rede de urgência.
Meta de mais 2 milhões de atendimentos
O estado e os municípios vão receber verba para qualificação do serviço das UPAs e construção de dez novas unidades. A previsão é aumentar em 17% a quantidade de pessoas atendidas. Hoje, são 23 mil por dia em todo o estado.
Duzentas Unidades Básicas de Saúde serão ampliadas. A meta é saltar de 27,08 milhões de atendimentos por ano para 29,59 milhões.
Durante a cerimônia, o ministro ainda lançou projeto, batizado de Qualisus, de estímulo à inovação e à melhoria no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde em 15 estados. “Temos interesse em expandir essa qualificação para o interior do estado”, contou o ministro Alexandre Padilha.

Fonte: O Dia

Michel Platini surpreende e lança ideia da Eurocopa-2020 ser em todo o continente

Segundo o presidente da Uefa, decisão será discutida pelo comitê executivo e anunciada até janeiro do próximo ano


Presidente da Uefa, Michel Platini (à esq.), quer Eurocopa de 2020 espalhada por todo o continente
Foto: Sergey Ponomarev / AP
Presidente da Uefa, Michel Platini (à esq.), quer Eurocopa de 2020 espalhada por todo o continenteSergey Ponomarev / AP
KIEV, Ucrânia — Competições de futebol sediadas por dois países já não são mais novidades. Mas o presidente da Uefa, Michel Platini, quer inovar ainda mais. O dirigente francês anunciou neste sábado que deseja ver a Eurocopa de 2020 espalhada por todo o continente, sendo disputada em 12 ou 13 países.
- A Euro em 2020 poderia ser realizada em toda a Europa. Ter um estádio em 12 ou 13 cidades. É apenas uma idéia, mas nestes dias viagens aéreas baratas é possível - afirmou.
Ainda segundo Platini, a ideia de uma Eurocopa multi-país vai ser discutida pelo comitê executivo da entidade ainda este ano, e a decisão sobre a proposta deve ser anunciada até janeiro de 2013.
- Vamos discutir o assunto com muita seriedade. Teremos um grande debate sobre 2020, avaliando os prós e os contras.
A Turquia era a favorita para sediar o evento daqui a oito anos, mas sua tentativa ficou complicada após Istambul entrar na disputa para sediar os Jogos Olímpicos no mesmo ano.
- É uma idéia que eu me sinto muito apaixonado (a da Euro multi-país). Será muito mais fácil do ponto de vista financeiro. Nós não vamos esperar até sabermos se a Turquia vai sediar os Jogos Olímpicos. Isso cria um problema para nós. Na nova ideia todo mundo tem a possibilidade de hospedá-la (a competição). E é mais fácil ir de Londres a Paris ou Berlim, do que de Cardiff para Gdansk. Seriam quatro jogos por local. É um grande debate - explicou.
A Eurocopa de 2012, sediado por Polônia e Ucrânia, termina com a final entre Espanha e Itália, em Kiev, neste domingo. França vai sediar o próximo torneio em 2016.

Fonte: O Globo

Otimista em acerto, Botafogo já tem data para apresentar Seedorf

Rio - Otimista em finalmente anunciar a contratação do meia holandês Seedorf, a diretoria do Botafogo trabalha para fazer uma grande festa de apresentação no dia 7 de julho, quando a equipe voltará a campo pelo Campeonato Brasileiro para enfrentar o Bahia, no Engenhão. O número 7 é simbólico no clube e, tradicionalmente, sempre há ações específicas de marketing na data.
Botafogo não desiste da ideia de ter Seedorf | Foto: EFE
Botafogo confiante em acerto com Seedorf | Foto: EFE
O Alvinegro já enviou a versão final do contrato para ser analisada pelo holandês e aguarda apenas uma definição do jogador, que prometeu anunciar o seu destino até segunda-feira.

Em férias desde que se desligou do Milan, após 10 temporadas, Seedorf vem mantendo a forma física no Los Angeles Galaxy, clube pelo qual joga o inglês David Beckham, amigo desde os tempos em que atuaram juntos pelo clube italiano. Houve até especulações de que poderia fazer a opção de jogar nos Estados Unidos, mas uma regra da Major League Soccer, a Liga Americana, impediria a transferência do jogador, o que aumenta o otimismo dos dirigentes alvinegros. A Liga Americana impõe um teto salarial aos clubes que disputam o campeonato, permitindo apenas que cada equipe tenha três jogadores com ganhos acima do valor estabelecido. E, no caso do Los Angeles Galaxy, essas vagas já estão preenchidas pelo próprio Beckham, além do americano Landon Donovan e do irlandês Robbie Keane.

Mesmo sem se pronunciar oficialmente sobre a negociação envolvendo Seedorf, a diretoria alvinegra acredita no sucesso da operação - o holandês, que começou a conversar com o clube no ano passado, seria a principal contratação da administração do presidente Maurício Assumpção, já cumprindo seu segundo mandato no Botafogo.

O atacante Rafael Marques, do Omiya Ardija, do Japão, já deixou claro o interesse em defender o Glorioso, mas a negociação tem se arrastado. Ele foi indicado pelo técnico Oswaldo de Oliveira para a vaga do argentino Herrera, negociado com o Emirates Football Club, dos Emirados Árabes.

Rafael Marques tem vínculo até o fim de 2013 com o Omiya. Um de seus representantes vem negociando a sua liberação para que possa assinar contrato com o Botafogo.

Fonte: O Dia

Ricardo Gomes visita jogadores do Vasco em São Januário

É a primeira vez que o técnico vai ao campo de treino desde AVC em 2011
Ricardo Gomes (à esquerda) conversa com o atual técnico do Vasco, Cristóvão Bórges (de boné), seu ex-auxiliar Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

Ricardo Gomes (à esquerda) conversa com o atual técnico do Vasco, Cristóvão Bórges (de boné), seu ex-auxiliarMárcio Alves / Agência O Globo
RIO — Os jogadores do Vasco receberam uma visita especial na manhã desta sexta-feira em Sâo Januário. O técnico Ricardo Gomes compareceu à atividade e acompanhou tudo dentro campo. Ao seu lado estava o diretor de futebol, Daniel Soares.
Foi a primeira vez que o técnico apareceu no campo de São Januário desde que sofreu um AVC, no dia 28 de agosto de 2011, durante um clássico contra o Flamengo, no Engenhão, válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Contratado em fevereiro do ano passado, Ricardo Gomes ficou apenas sete meses no comando do time, mas deixou sua marca em São Januário com a conquista da Copa do Brasil, que levou o clube de volta à Libertadores da América após dez anos de ausência. Após o AVC, a equipe passou a ser dirigida por Cristóvão Borges, que era auxiliar de Ricardo Gomes. O novo treinador aproveitou com sucesso a base deixada pelo amigo, sem deixar que a saída traumática de Gomes afetasse o rendimento dos jogadores, e conseguiu levar o Vasco ao vice-campeonato brasileiro.
Ricardo Gomes não tem mais nenhum vínculo contratual com o clube. Quando seu compromisso terminou, no fim de 2011, ficou acertado entre as partes que ele voltaria e assinaria novo contrato quando tivesse condições de exercer a profissão. Mas ainda não há previsão para sua total recuperação.
O Vasco encara a Ponte Preta, neste sábado, às 18h30m, em São Januário. Se vencer, pode voltar à liderança do Campeonato Brasileiro. Para isso precisa que a dupla mineira Cruzeiro e Atlético-MG não vença seus jogos.
Fonte:  O Globo



Presidente da OAB-RJ afirma que acompanhar​á investigação dos assassinat​os de pescadores

Damous disse que os trabalhadores lutavam contra "interesses econômicos e predatórios"


Alexandre Anderson, presidente da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), na OAB, ao lado do candidato à Prefeitura do Rio Marcelo Freixo
Foto: Divulgação
Alexandre Anderson, presidente da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), na OAB, ao lado do candidato à Prefeitura do Rio Marcelo FreixoDivulgação

RIO - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, cobrou ontem uma rápida apuração dos assassinatos dos pescadores encontrados mortos no sábado na Baía de Guanabara. Ele disse que a entidade vai acompanhar o inquérito sobre o caso. Segundo Damous, os ativistas ambientais da Associação dos Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar) lutavam contra “interesses econômicos predatórios”. As declarações foram feitas nesta sexta-feira durante um ato em que representantes de movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos apresentaram um manifesto de repúdio aos crimes.
Repudiamos veementemente um acontecimento bárbaro como este. Pescadores que lutavam contra interesses econômicos predatórios foram assassinados. A OAB não vai permitir que novos crimes venham a acontecer pelo mesmo motivo. Exigimos das autoridades da Segurança Pública do Rio a pronta apuração do que aconteceu, em quais circunstâncias e quem foram os autores — afirmou Wadih Damous.
O manifesto pede que a polícia investigue a possível relação das mortes de Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra aos assassinatos de outros ativistas e fundadores da Ahomar: Paulo Cesar Santos Sousa, em 2009; e Márcio Amaro, um ano depois. Os crimes até hoje não foram esclarecidos.
Os corpos de João Luiz e Almir foram encontrados com pés e mãos amarrados na madrugada de sábado, na Baía. Desde então está sendo analisada a necessidade de proteção para outros pescadores ligados à Ahomar.
‘Nossos sonhos estão sendo enterrados’
Num discurso emocionado no auditório da OAB, o presidente da Ahomar, Alexandre Anderson de Souza, disse que o clima entre os 1870 pescadores artesanais representados pela associação, em sete municípios do entorno da Baía de Guanabara, é de extremo medo e preocupação. Aos prantos, afirmou acreditar que as mortes sejam um recado de grupos insatisfeitos com o ativismo ambiental da associação, fundada em 2003:
— Estão nos matando, um a um. A cada vez que sepultamos um companheiro, vai embora um pedaço da nossa luta, do nosso espírito. Nossos sonhos estão sendo enterrados. Temos certeza que isso (assassinatos) foi um aviso ao nosso movimento. Eles fizeram uma crueldade. Conseguiram calar a Baía de Guanabara. Os pescadores estão há quatro dias sem botar seus barcos na água.
Bastante aplaudido, Alexandre disse que os associados da Ahomar ainda vão avaliar se prosseguirão com o movimento.
— Não quero mais enterrar nenhum companheiro. Eu, sinceramente, acho difícil vencer esta luta. Se desta vez não houver um a investigação, penso que o movimento deve acabar. Mas de uma coisa vocês podem ter certeza: se não encerrarmos a militância, vamos nos unir ainda mais — afirmou o pescador, ao lado da mulher, Daize Menezes de Souza, também ameaçada de morte há três anos.
Caso pode ter acompanhamento federal
A ONG Justiça Global e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio articulam um acompanhamento federal do caso. Nos dias 9 e 10 de julho devem ocorrer encontros de membros da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República com o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Há a possibilidade de os ministérios do Meio Ambiente, da Justiça e da Pesca também participarem do encontro.
Nesta sexta-feira, o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, ouviu familiares dos pescadores mortos. Por enquanto, a principal linha de investigação da polícia atribui os homicídios a uma briga por territórios de pesca. Barbosa, entretanto, ressaltou que o inquérito está no início e que, no momento, não pode descartar outras possibilidades. Nesta segunda, o presidente da Ahomar, Alexandre Anderson, deve ser ouvido na delegacia.
O líder dos pescadores anda escoltado por homens armados desde 2009, após o tesoureiro da Ahomar, Paulo Cesar Sousa, ser morto com três tiros no rosto, em sua casa, em Magé. A Petrobras informou, em nota, que “desconhece e repudia qualquer ameaça aos pescadores” e que todos os seus empreendimentos seguem rigorosamente as medidas de controle ambiental dos respectivos órgãos.
Fonte: O Globo

Canal leva resíduos químicos do tratamento da água à Bacia do Guandu e à Baía de Sepetiba

É perto de Prados Verdes que a Cedae capta a água para o tratamento, a fim de abastecer cerca de nove milhões de pessoas da Região Metropolitana


A saída do valão construído pela Cedae para levar os resíduos do tratamento de água para o Rio Cabenga, em Nova Iguaçu
Foto: Marcelo Piu / O Globo
A saída do valão construído pela Cedae para levar os resíduos do tratamento de água para o Rio Cabenga, em Nova IguaçuMarcelo Piu / O Globo

RIO - A cena assusta. Em frente ao portão de acesso à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, um canal de onde parte uma água cor de ferrugem e com forte cheiro de produtos químicos. Nessa vala, no bairro Prados Verdes, em Nova Iguaçu, a Cedae joga fora toda a sobra do processo que torna potável as poluídas águas do Guandu. E o líquido avermelhado que corre no valão vai direto para um rio, o escuro Cabenga, repleto de esgoto. Arriscada combinação que deságua no Rio Guandu Mirim e, por fim, na maltratada Baía de Sepetiba.
Os produtos químicos vindos do canal da Cedae, somados à poluição do rio, potencializam a piora da água que chega à Baía de Sepetiba. Esses resíduos deveriam ser destinados a um aterro sanitário. E a população ribeirinha precisaria ter seu esgoto ligado a uma rede e tratato — afirma Flávio Mascarenhas, professor de engenharia civil da Coppe/UFRJ.
Até 250t diárias de sulfato de alumínio
Como mostrou a série “Os rios do Rio”, é perto de Prados Verdes que a Cedae capta a água para o tratamento, nas lagoas do Guandu, a fim de abastecer cerca de nove milhões de pessoas da Região Metropolitana. Essas águas, contudo, chegam à captação vindas do barrento Guandu e de rios com grande carga de esgoto, como o Queimados, o Poços e o Ipiranga, que estão entre os de pior qualidade do estado. Assim, são necessárias até 318 toneladas de produtos químicos por dia para torná-la apta ao consumo. Só de sulfato de alumínio, apontam dados da Associação de Empregados de Nível Universitário da Cedae, são 250 toneladas diárias. E todo o lodo retirado da água, junto com os resíduos desses produtos químicos, vão parar no valão e, depois, no rio.
Diretor de operações da Cedae, Jorge Briard admite o despejo. Mas afirma que a água jogada fora tem menos poluentes que a captada nas lagoas do Guandu. Uma prática, entretanto, que ele reconhece não ocorrer em outros países, como os Estados Unidos e os do norte da Europa.
— Em países desenvolvidos também não existem rios tão poluídos acima da captação de água como os nossos. Mas a água que corre no canal tem menos patogênicos do que as das lagoas do Guandu. Provavelmente não haveria problema algum se banhar nela — diz Briard, afirmando que há projetos para mudar a forma de descarte dos efluentes da ETA. — Chegou-se a cogitar levar essa água para reúso no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).
Enquanto os projetos não saem do papel, o lodo do valão da Cedae forma, no encontro com o Rio Cabenga, pequenas ilhas de barro. As ilhas também surgem quando o Cabenga converge para o Rio Guandu Mirim. Assoreamento que moradores da região associam a alagamentos constantes em bairros como o próprio Prados Verdes, além de São Francisco de Paula e Pero Flor, em Nova Iguaçu.
Informado sobre o assoreamento apontado pelos moradores, Briard disse que há um trabalho constante de dragagem do Cabenga:
— De qualquer forma, vamos checar isso.
Apesar das afirmações de Briard, Márcia Dezotti, coordenadora do Laboratório de Controle de Poluição das Águas, da Coppe/UFRJ, ressalta que o lodo descartado do tratamento tem metais que podem prejudicar não só a saúde humana, mas também a fauna dos rios. O sulfato de alumínio, por exemplo, diz ela, tem sido relacionado ao mal de Alzheimer. Segundo Márcia, os restos desse processo deveriam ser tratados, separando as partículas sólidas e a matéria orgânica. Sobra que, diz ela, deveria ser disposta num aterro ou reaproveitada. Só então, a água poderia ser despejada num corpo d'água.
— O resíduo é responsabilidade da ETA, que deve providenciar o tratamento. Pode não ser uma toxidade absurda, mas sempre há impacto — diz.
As consequências são percebidas por quem vive perto do valão. Dentro do canal da Cedae, destaca o líder comunitário José Feitosa, peixe algum sobrevive. No encontro do canal com o Cabenga até há pescadores. Mas sem fartura de espécies.
— A química mata tudo — diz ele.
Feitosa revela ainda uma contradição: os vizinhos da ETA não têm água potável por rede regular nem coleta e tratamento de esgoto. Segundo ele, a água que abastece cerca de 30 mil casas da região é retirada, irregularmente, de uma tubulação da própria estação da Cedae. Na rua em frente ao principal portão de acesso à ETA, por exemplo, é um cano de apenas três polegadas de diâmetro que distribui água às casas.
— Pegamos a água do cano da Cedae. E quando ocorre algum problema, nós mesmos fazemos a manutenção — diz o servente Israel de Albuquerque, que mora a 20 metros da ETA e ao lado do valão.
Obras de rede do PAC estão paradas
Diante da falta d’água na região, Israel se irrita ao apontar uma tubulação da Cedae, já instalada, mas por onde, segundo ele, nunca passou água. Parte da rede foi construída, mas as obras, com recursos de R$ 20,2 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com execução da Cedae, pararam. A previsão era de que as intervenções estivessem concluídas no mês que vem, atendendo a cem mil pessoas em bairros como Prados Verdes, Pera Flor, Santa Clara do Guandu e São Francisco de Paula I e II. O que, no entanto, está muito longe da realidade.
Outros R$ 20,1 milhões do governo federal deveriam estar sendo utilizados para a drenagem pluvial, o esgotamento sanitário e a pavimentação de parte desses bairros. Algumas ruas até receberam asfalto. Mas nem todas. E uma estação de tratamento de esgoto está em obras, nas quais a descontinuidade dá o tom desde 2009, como confirmaram engenheiros da intervenção, sem se identificar.
Ali em frente o esgoto a céu aberto se acumula nos terrenos das casas. A Cedae, assim, além de captar água com grande grau de poluição acima de sua estação, exibe, abaixo dela, um quadro ainda pior.
— Há cerca de 15 anos, a própria Cedae fabricava tijolos com esses resíduos que sobram do tratamento da água. E hoje Minas Gerais, São Paulo e Paraná já dão destino adequado aos seus resíduos químicos do tratamento — lembra o professor Isaac Volschan, da Escola Politécnica da UFRJ e especialista em saneamento básico.


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Fonte:O Globo



Lixo no Galeão: prefeitura diz que limpeza é com a Infraero

Secretário de Conservação afirma que Comlurb atua apenas nas vias próximas


O lixo que se acumula às margens da Baía de Guanabara no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim
Foto: Angelo Antonio Duarte / O Globo
O lixo que se acumula às margens da Baía de Guanabara no entorno do Aeroporto Internacional Tom JobimAngelo Antonio Duarte / O Globo

RIO - O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, afirmou na sexta-feira que o lixo acumulado nas margens da Baía de Guanabara, no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim, é de responsabilidade da Infraero. Segundo ele, nos últimos três meses foram realizadas duas reuniões com a empresa e ficou acertado que toda a limpeza do entorno do aeroporto seria feita pela Infraero. Mas, como O GLOBO mostrou na sexta-feira, a cada maré uma grande quantidade de lixo se acumula na região, criando um cenário de degradação, além de representar risco às aeronaves, devido ao aumento do número de aves e até de objetos nas pistas.
Durante as reuniões, a Infraero reconheceu que não dispunha dos meios adequados para limpar a área. Mas, apesar disso, a obrigação continua a ser deles. Fica claro que são insuficientes os contratos de limpeza que o aeroporto possui, e o órgão ficou de solucionar o problema. Queremos ver tudo limpo, e a dona do lixo na margem do Galeão é a Infraero — disse Osório ao GLOBO.
Procurada, a Infraero manteve a posição de que “vem dialogando positivamente com a prefeitura para tratar de diversos temas em comum, o que inclui a remoção de resíduos que chegam à orla do aeroporto”.
Limpeza acontece em média duas vezes por mês
Osório afirma que “a preocupação da prefeitura com o aeroporto é enorme” e que a Infraero “faz um trabalho colaborativo com a prefeitura”.
— A Comlurb faz o recolhimento de lixo nas vias públicas próximas ao Galeão. Até porque as pistas de pouso e decolagem são de difícil acesso, por conta da segurança, tornando mais prudente que uma empresa seja contratada para fazer o trabalho — acrescentou Osório.
Trechos das margens são limpos de tempos em tempos pela Infraero, mas não há uma periodicidade. O entulho é retirado, por exemplo, quando é feito o aparo da grama do entorno do Galeão, que, segundo a própria Infraero, ocorre duas vezes por mês. A empresa Sanetran Saneamento Ambiental S/A tem a concessão do serviço de coleta do aeroporto e recolhe mensalmente cerca de 16 toneladas de lixo. Mas o contrato não abrange o recolhimento do entulho que se acumula às margens da Baía de Guanabara.
Apesar das discussões em torno do lixo nas margens do aeroporto, a presidente do Instituto Baía de Guanabara, Dora Negreiros, acredita que a solução para o problema seja a educação da população.
— O lixo da margem do Galeão vem principalmente de municípios da Baixada Fluminense. É como enxugar gelo, pode limpar o quanto quiser, mas o lixo sempre voltará. O que resolve é educação da população — disse Dora.

Fonte: O Globo



sexta-feira, 29 de junho de 2012

INSS: sem idade mínima, governo vetará mudanças

Planalto só aceita fim do fator previdenciário se tiver proposta que reduza custo da Previdência

BRASÍLIA - O governo só aceita acabar com o fator previdenciário, mecanismo criado há 12 anos para inibir aposentadorias precoces do INSS, se receber uma proposta que, a longo prazo, reduza o custo da Previdência Social. Se não conseguir acordo em torno da criação da idade mínima de aposentadoria — de 60 anos para mulheres e 65 para homens — para os novos trabalhadores, além de uma forma que obrigue os que entraram recentemente no mercado de trabalho a permanecer mais tempo na ativa, a presidente Dilma Rousseff deverá vetar qualquer proposta que simplesmente acabe com o fator.
Segundo projeções de técnicos do governo, o impacto da mudança nas contas da Previdência é estimado em R$ 35 bilhões em dez anos — e crescente ao longo do tempo, podendo chegar a R$ 136 bilhões em 2050. O cálculo considera o crescimento médio da economia de 2,5% ao ano e parte da premissa de que, sem o fator previdenciário, o INSS deixará de economizar por ano o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Só em 2012, o governo estimou que economizará R$ 9,1 bilhões com o fator previdenciário.
Cálculo se basearia em 70% das melhores contribuições

Esse aumento no custo da Previdência foi calculado em cima do projeto em tramitação na Câmara, que acaba com o fator e, no lugar, cria a chamada “fórmula 85/95”. Esta estabelece como requisito para aposentadoria a soma de idade com o tempo de contribuição, tendo que chegar a 85 anos no caso das mulheres, e 95 anos, para homens.
Além disso, a proposta da Câmara altera o cálculo do valor do benefício, que passaria a ter como base 70% das melhores contribuições e não 80%, como é atualmente.
O governo não concorda com a mudança. A justificativa é que o ex-presidente Lula não hesitou em vetar o fim do fator previdenciário quando ele foi aprovado pelo Congresso, em junho de 2010. Além disso, o governo pretende usar a seu favor o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que o mecanismo é constitucional.
De 2000, quando o fator começou a vigorar, até 2011, houve uma economia para os cofres públicos de cerca de R$ 40 bilhões, segundo cálculos do Ministério da Previdência.
Mesmo com este resultado positivo, Fazenda e Previdência reconhecem que o fator acaba punindo quem entrou mais cedo no mercado de trabalho. Por isso, está em estudo dar espécie de bônus a estes trabalhadores. Mas, ao mesmo tempo, passar a conta a quem ainda vai ingressar no mercado, em condições melhores, com mais anos de estudo e mais expectativa de vida.
No Congresso, os parlamentares já avisaram ao governo que querem votar o fim do fator ainda este ano, antes das eleições, mas dizem que há espaço para negociar alternativa com o governo. Todos concordam com o projeto elaborado em 2008 pelo então deputado Pepe Vargas, hoje ministro do Desenvolvimento Agrário, criando a fórmula 85/95.
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse que a intenção do governo é incluir no projeto uma atualização automática das regras sempre que a expectativa de vida aumentar muito. E defende a ideia da idade mínima:
— Hoje, apenas Brasil, Equador e Irã não têm idade mínima para aposentadoria.
O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse que o governo terá que negociar porque sabe que o fim do fator será votado, com enormes chances de ser aprovado:
— O governo quer incluir idade mínima para o futuro. Ficou claro para o governo que a Câmara quer e vai votar. É importante encarar isso e negociar.


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Fonte: O Globo

Vasco vende o volante Rômulo para o futebol russo

Ele está fora do jogo contra a Ponte Preta, no sábado, e viaja para exames no Spartak Moscou


Rômulo no treino do Vasco nesta quinta-feira
Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

RIO — O volante Rômulo, incluído pelo técnico Mano Menezes na lista de 35 pré-convocados para a seleção brasileira que vai disputar as Olimpíadas de Londres, está se despedindo do Vasco. Ele vai jogar no Spartak Moscou, da Rússia. Os empresários do jogador e o clube carioca acertaram a venda e a divulgação do negócio foi feita nesta quinta-feira.
O jogador está fora da partida de sábado, em São Januário, contra a Ponte Preta, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Ele sequer deverá vestir de novo a camisa do Vasco. O último jogo foi contra o Cruzeiro, na derrota por 3 a 1 no sábado passado.
O volante vai custar ao Spartak oito milhões de euros (R$ 20,7 milhões). O Vasco tem direito a 50% do valor, e a outra metade pertence a investidores e ao clube formador, o Porto, de Caruaru, em Pernambuco.
Rômulo já viajou a Moscou para fazer exames médicos. Ele retorna ao Rio na próxima terça-feira. Como a convocação do volante para as Olimpíadas de Londres é esperada, ele se apresentará à seleção brasileira no dia 9 de julho.
— Ele não joga mais pelo Vasco e, provavelmente, vai ficar treinando aqui nesse período — disse o diretor de futebol do clube, Daniel Freitas, afirmando que a diretoria já se movimenta para contratar alguém para a posição. — Já estamos procurando. Assim como para outras posições, como o ataque, antes mesmo de a venda se concretizar — acrescentou.
Rômulo chegou à base do Vasco em 2009, vindo do Porto de Caruaru. Em 2010, ele subiu para o profissional e não saiu mais do time. No ano seguinte, confirmou a vaga de titular e jogou quase todas as partidas da temporada. O volante vestiu a camisa do clube em 106 jogos e marcou oito gols.
Pela seleção brasileira, o volante disputou cinco partidas e marcou um gol contra a Argentina no último amistoso do time de Mano Menezes.
Na manhã desta quinta Rômulo não apareceu no Vasco para treinar. A informação no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Nunes, da Marinha), local do treinamento, era de que o jogador tinha sido dispensado da atividade devido a uma indisposição gástrica.
Fonte: O Globo

Mais pescadores podem receber programa de proteção

Avaliação vem sendo feita após os assassinatos de duas pessoas na madrugada de sába

RIO - Outros pescadores da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar) podem ser incluídos no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, coordenado pela Secretaria estadual de Assistência Social. Das seis pessoas incluídas hoje no programa, o presidente do grupo ambientalista, Alexandre Anderson de Souza, já conta com escolta armada 24 horas por dia. A avaliação da necessidade de proteção a outros pescadores da Ahoma, com sede em Magé, vem sendo feita após os assassinatos de João Luiz Telles Penetra, de 40 anos, e Almir Nogueira de Amorim, de 45, na madrugada de sábado. Eles foram encontrados mortos, com pés e mãos amarrados, na Baía de Guanabara. A Divisão de Homicídios investiga o caso.
O coordernador do programa, Antônio Pedro Soares, disse que está acompanhando as investigações:
— Estamos avaliando a inclusão de outros integrantes do grupo de Alexandre em função dos últimos acontecimentos. Os conflitos podem envolver interesses econômicos de grupos poderosos, e temos todo o interesse numa apuração rápida dos fatos — disse Soares.
Alexandre contou ao GLOBO que vem sofrendo atentados desde 2009, quando a Ahomar começou a liderar movimentos contrários a projetos petrolíferos na Baía de Guanabara. Cercado por homens do 34º BPM (Magé), o pescador comenta que o clima é de medo:
— Tem pescador deixando a profissão e evitando sair à noite pela Baía de Guanabara.


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Fonte: O Globo

Órgãos não se entendem sobre responsabilidade pela coleta de lixo no entorno do Galeão

O entulho é retirado, por exemplo, quando é feito o aparo da grama do entorno do aeroporto, que, segundo o órgão, ocorre duas vezes por mês


O lixo que se acumula às margens da Baía de Guanabara no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim: coleta à deriva
Foto: Ângelo Antônio Duarte / O Globo
O lixo que se acumula às margens da Baía de Guanabara no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim: coleta à derivaÂngelo Antônio Duarte / O Globo
RIO - O Aeroporto Internacional Tom Jobim tem uma área de 17 quilômetros quadrados, e quase a totalidade deste território é contornada pela Baía de Guanabara. O que poderia ser um privilégio para o Galeão, rodeado de paisagens naturais, é, na verdade, um tormento. A cada maré, grande quantidade de lixo se acumula nas margens do aeroporto, o que, além de criar um cenário de degradação, ainda pode representar risco às aeronaves, devido ao aumento do número de aves e até de objetos na pista. Mas de quem é a responsabilidade pela coleta do entulho acumulado? A pergunta fica no ar.


— A região, em tese, é da Infraero. Mas a margem fica indefinida neste contexto. Não há um entendimento sobre a responsabilidade do resíduo que vem da maré da Baía de Guanabara — afirmou Fued Abrão Júnior, coordenador de meio ambiente da Infraero.
De acordo com Fued, trechos das margens são limpos “de tempos em tempos” pela Infraero, mas não há uma periodicidade. O entulho é retirado, por exemplo, quando é feito o aparo da grama do entorno do Galeão, que, segundo o órgão, ocorre duas vezes por mês. A empresa Sanetran Saneamento Ambiental S/A tem a concessão do serviço de coleta do aeroporto e recolhe mensalmente cerca de 16 toneladas de lixo. Mas o contrato não abrange o recolhimento do entulho das margens da baía.
— É um lixo que não é gerado dentro do aeroporto. Imagine internalizar todo o custo de coleta e descarte correto disso — afirmou Fued, que garantiu que a Infraero tem realizado reuniões com a prefeitura para tratar do tema. — Estamos buscando parcerias para tornar o trabalho contínuo.
Infraero avalia custos da coleta
A Infraero diz que está levantando o custo da coleta diária do lixo da baía, incluindo a instalação das chamadas ecobarreiras. Mesmo assim, ainda espera contar com o apoio da prefeitura para a sua implementação. Por meio de nota, o superintendente regional da empresa, Abibe Ferreira Júnior, afirmou que o órgão “vem dialogando positivamente com a prefeitura para tratar de diversos temas em comum, o que inclui a remoção de resíduos que chegam à orla do aeroporto”.
Apesar de a Infraero garantir que tem tido um bom diálogo com a prefeitura, a Comlurb informou, por meio de nota, que a área do aeroporto é federal. Sobre a coleta no local, limitou-se a dizer que “a Infraero tem uma empresa contratada para fazer a limpeza”.
Em relatório feito em maio, a Infraero apontou 11 áreas críticas de acúmulo de lixo e admitiu que isso “é um fator de risco para a segurança operacional”. Um dos perigos é que objetos, por ação do vento, sejam transportados para as pistas. Além disso, o lixo é um atrativo a pequenos animais que, por sua vez, atraem aves, que podem colidir com aeronaves. Apenas em 2011, a Infraero contabilizou 44 incidentes com pássaros dentro do Galeão. Até abril deste ano, foram 15 ocorrências.
O coordenador executivo do Programa de Saneamento da Baía de Guanabara (Psam), da Secretaria estadual do Ambiente, Gelson Serva, afirmou que a pasta estuda implementar um programa específico para recolher o lixo flutuante de rios e da baía. Já a Cedae informou que esta é uma atribuição da Secretaria do Ambiente.
O lixo no entorno é apenas um dos muitos problemas enfrentados pelo Galeão. Na tarde de ontem, repórteres do GLOBO se depararam, nos dois terminais, com uma esteira, quatro elevadores, uma escada rolante e bebedouros fora de operação. No terminal 1, a escada rolante central estava com tapumes de obras, sem funcionários. Segundo a Infraero, as escadas começaram a ser retiradas segunda-feira. A empresa informa ainda que aumentará o valor investido mensalmente em manutenção de R$ 112 mil para R$ 230 mil a partir de setembro.
Para atender aos passageiros na Rio+20, a Infraero investiu cerca de R$ 1 milhão em manutenção no Galeão. Além das ações já desenvolvidas periodicamente, foram realizados serviços como recapeamento, recuperação da área de estacionamento de veículos oficiais, reparo do telhado e aumento da mão de obra. A Infraero estima que cerca de 54 mil pessoas tenham passado pelo Galeão diariamente durante a conferência.
Fonte: O Globo

O dia D para o Rio virar patrimônio da humanidade

Comissão composta por representantes de 21 países avalia no sábado se a cidade se enquadra como paisagem cultural



Vista noturna da cidade: beleza natural com intervenção humana
Foto: Custódio Coimbra / 04-05-2009 / O Globo
Vista noturna da cidade: beleza natural com intervenção humanaCustódio Coimbra / 04-05-2009 / O Globo
RIO - O carioca pode ter mais um motivo para comemorar neste fim de semana. Na madrugada de sábado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) avaliará se as belas paisagens pelas quais a cidade é mundialmente famosa podem lhe garantir o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, na categoria paisagem cultural. O critério, que é usado desde 1992 para áreas rurais e pequenos trechos urbanos, será usado pela primeira vez para avaliar uma cidade inteira. Conforme publicou ontem a coluna Gente Boa, do GLOBO, a candidatura da cidade está na pauta da 36ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, que este ano acontece em São Petersburgo, na Rússia.
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, já viajaram e estão no local da reunião para defender o dossiê da candidatura, entregue em 2009. O documento argumenta que a importância e o valor universal da cidade estão principalmente na soma da sua beleza natural com a intervenção humana.
De acordo com a coordenadora de cultura da Unesco no Brasil, Jurema Machado, há uma expectativa bastante positiva sobre a candidatura, uma vez que os consultores independentes que fizeram a análise do dossiê constataram que, do ponto do vista técnico, a cidade se enquadra na categoria paisagem cultural. Jurema, no entanto, diz que a aprovação ainda é uma interrogação:
— O comitê avalia não só a parte técnica, mas a capacidade de conservação do bem a ser inscrito na lista de patrimônio. E uma área tão extensa como a do Rio é um desafio. Os técnicos fizeram uma análise muito positiva, mas apresentaram uma ressalva no que diz respeito à gestão. Para eles, esta questão deve ser mais bem estruturada. A argumentação do Iphan é boa, mas o resultado vai depender do que os 21 países integrantes da comissão vão interpretar.
Segundo Jurema, a reunião pode ser acompanhada pela internet, no site da Unesco. O link é: http://whc.unesco.org/en/sessions/36COM.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Scarlett Johansson pode receber indenização de US$ 66 mil por fotos vazadas

Promotoria recomenda ainda pena de seis de prisão para hacker que invadiu computadores de mais de 50 celebridades


Foto íntima de Scarlett Johansson publicada por hacker na internet
Foto: Reprodução
Foto íntima de Scarlett Johansson publicada por hacker na internetReprodução
LOS ANGELES — Promotores federais recomendaram uma pena de seis anos de prisão para Christopher Chaney, que se declarou culpado de hackear contas de email e publicar fotos íntimas de celebridades como Christina Aguilera, Mila Kunis e Scarlett Johansson.
O governo americano propõe ainda que Chaney, de 35 anos, pague indenizações de US$ 66.179,46 para Scarlett Johansson, US$ 7.500 para Christina Aguilera e US$ 76.767,35 para a atriz Renee Olstead, entre outras.
O advogado Ellyn Garofalo disse ao Hollywood Reporter que os valores podem ser referentes ao valor gasto pelas celebridades com advogados para tentar retirar as fotos da internet. Garofalo também cogita a hipótese da indenização representar os ganhos que Chaney teve com as vendas das fotos, mas o hacker sempre negou que tenha vendido o material e a polícia não encontrou evidências em contrário.
Chaney foi preso ano passado após uma longa investigação e se declarou culpado de nove acusações em março. Os promotores alegam que ele acessou ilegalmente as contas de email de mais de 50 pessoas da indústria do entretenimento. Após as invasões, fotos que Scarlett Johansson tirou nua para seu marido da época, Ryan Reynolds, foram parar na internet. Fotografias privadas de Christina Aguillera também foram publicadas online.
O hacker utilizou informações públicas para descobrir as senhas das celebridades. Depois criou uma conta de email para onde todas as mensagens que os artistas recebiam eram encaminhadas. O computador de Chaney continha várias fotos privadas de celebridades e um documento com dados pessoais.

Fonter: O Globo

Para amigos, Dunga diz que deseja dirigir São Paulo e Inter

Sem trabalhar desde a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo-2010, o técnico Dunga disse para amigos que chegou o momento de retomar sua carreira de treinador e quer fazê-lo em grande estilo, assumindo uma grande equipe brasileira ou do exterior. No Brasil, o São Paulo e o Inter são dois clubes que o ex-volante confidenciou a aliados que deseja treinar.
A informação é da coluna Painel FC, assinada por Bernardo Itri e Eduardo Ohata, desta quinta-feira (leia a íntegra ).
No ano passado, o São Paulo tentou a contratação de Dunga, mas levou um "não". Se agora quiser Dunga, porém, o time do Morumbi vai encontrar um rival rico. O treinador recebeu nos últimos dias uma proposta de um clube árabe, que chamou a atenção pelos valores ofertados.
Dunga não nutre expectativa agora de treinar o Inter, clube que o revelou, porque o time ainda tem técnico.
No final do ano, Dunga afirmou que tinha recebido várias propostas, no entanto, só pretendia voltar a trabalhar como treinador em 2012.
"Eu recebi vários convites do futebol brasileiro, italiano...Arábia, Dubai. Algumas seleções sul-americanas me procuraram também. Mas eu não achava que era o momento. Ano que vem talvez eu volte, mas eu não tenho pressa. Eu não tenho este desespero. Apenas faço meu trabalho", disse.
Rafael Andrade/Folhapress
O ex-técnico da seleção brasileira Dunga
O ex-técnico da seleção brasileira Dunga

Fonte: Folha

Jennifer Lopez dá show de sensualidade em sua primeira apresentação no Rio

Cantora conquista cariocas em espetáculo baseado na dança, na simpatia, na anatomia e na honestidade de sua música


Jennifer Lopez esbanjou sensualidade em seu primeiro show no Rio
Foto: Leonardo Aversa

Jennifer Lopez esbanjou sensualidade em seu primeiro show no RioLeonardo Aversa
RIO — Lá fora, a vida é dura, e estrelas como Madonna, Beyoncé, Rihanna e Lady Gaga dispõem de um capital de hits, juventude ou evidência significativamente maior. O que restou à musa do pop latino Jennifer Lopez, em seu primeiro show no Rio de Janeiro? Virar o jogo com muita dança, simpatia, um bocado de música honesta e todo o poder da preferência nacional.
Em “Dance again”, espetáculo de sua turnê mundial, a cantora pode não ter conseguido deixar a HSBC Arena lá muito cheia (cerca de 7.500 pessoas arriscaram vê-la numa noite de quarta-feira). Mas quem foi saiu do show com a sensação de que o dinheiro pago no ingresso foi bem aproveitado.
A grande atração do Pop Music Festival entrou no palco por volta das 22h50m, após uma abertura classuda, em estilo de filme musical dos anos 1950. Em um traje que ressaltava suas acentuadas curvas (e o povo gritava: “popozuda!”), J.Lo singrou por sucessos como “Love don’t cost a thing” e “Waiting for tonight”, sem perder o rebolado ou o compasso – a sua voz sempre saía nos conformes, igual à do disco, como é comum em um show de pop.
Muitos dourados e prateados davam o tom visual do espetáculo, no qual a cantora montou, em certa hora, um ringue de box, para dar início à segunda parte do show – musicalmente a mais divertida, com muito R&B dançante, estilo anos 1980, culminando com o sucesso “Jenny from the block”.
J.Lo pode não ter o mesmo ímpeto musical novidadeiro das concorrentes, mas sabe como se mexer, junto com seu eficiente time de dançarinos. E mesmo quando ela mete os dois pés no brega, recriando com violão e vestido vermelho sua “If you had my love”, ou sentimentalizando a relação com os filhos em “Until it beats no more”, basta dar uma de suas deliciosas risadas para desarmar qualquer cara feia.
A parte final do show é dedicada aos sucessos mais recentes de Jennifer: a dance music vigorosa de “Papi”, “On the floor” e “Dance again”. É a arrancada para depois ela poder sair do palco por cima, de capa e cetro, feito um James Brown, com a certeza de que seu vaudeville calipígio cumpriu o esperado.
O espetáculo foi antecedido, na noite carioca do Pop Music Festival, pelo rock adolescente da Banda Cine e pelo animado dance-rock dos americanos do Cobra Starship.

Fonte: O Globo

Katatonia: guitarrista confirma tour norte-americana com o Opeth

Em entrevista ao Metalshrine, o guitarrista do Katatonia, Anders “Blakkheim” Nyström, foi questionado sobre a turnê que a banda planeja fazer, em divulgação ao seu novo álbum, “Dead End Kings“.
“Na verdade, estamos saindo com o Opeth novamente”, respondeu Anders. “Logo após, a nova turnê nos EUA também contará com o Devin Townsend e Paradise Lost. Nós vamos tocar em alguns outros territórios com o Opeth, estaremos fora no mês de outubro. Nós teremos quatro dias de folga e depois há um período de dois meses em turnê pela Europa como parte de um pacote. “

Fonte: Pop

Primeiro Hospital da Mulher beneficia 700 mil moradoras da Zona Oeste

A Prefeitura do Rio inaugura hoje o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, na Praça 1º de Maio, em Bangu. Primeiro da cidade voltado exclusivamente para a saúde feminina, a nova unidade da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil vai beneficiar 700 mil moradoras da Zona Oeste. Com capacidade para realizar 400 partos, 100 cirurgias ginecológicas e 500 consultas mensais, o hospital vai oferecer tecnologia de ponta e será o mais moderno do município em serviços especializados no setor.
Instalado em área de 11.600 metros quadrados, o prédio possui três pavimentos com 100 leitos de internação e 39 de UTI e UI neo-natal, além de seis salas de parto e quatro de centro cirúrgico.
Entre os equipamentos, estão incubadoras que podem reduzir em até um terço o período de internação dos recém-nascidos. A unidade, que terá uma enfermaria canguru, vai integrar a rede do programa Cegonha Carioca, direcionado para gestantes em toda a cidade. O município investiu R$ 43 milhões na obra.

Fonte: Jornal do Brasil

Governador Cabral discursava a poucos metros do esgoto a céu aberto

Cabral inaugura UPP na Penha, mas problemas se acumulam
Governador discursou ao lado de esgoto a céu aberto, na comunidade da Zona Norte

Longe das câmeras que cobriam a inauguração das primeiras UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), no Complexo da Penha, Zona Norte da cidade, os sinais da ausência de serviços essenciais que o estado deve fornecer são aparentes: a 300 metros do local onde o governador Sérgio Cabral discursava, na manhã desta quarta-feira(26), esgoto corria a céu aberto.
As novas UPPs fazem parte do plano do governo de até o final de julho inaugurar quatro destas unidades no complexo de favelas da Penha. Nesta quarta, a secretaria de Segurança Pública instalou uma na Chatuba e a segunda na Fé/Sereno. Cerca de 400 policiais militares substituirão as tropas do Exército que ocupam aquela região desde o fim de 2010.
Apesar da ocupação pelas Forças de Pacificação trazer a presença policial para áreas antes renegadas pelo Estado, muitos moradores não se mostravam muito entusiasmados com a nova experiência.
"Não adianta só trazer polícia, tem que colocar escolas, melhorar os serviços", diz Relma
"Não adianta só trazer polícia, tem que colocar escolas, melhorar os serviços", diz Relma
O professor de artes marciais, Robson Relma, 37 anos, ensina MMA para 150 crianças na favela da Chatuba. Relma, que deu aulas para André Chatuba, campeão de diversos torneios de MMA, se mostra confiante com o projeto de pacificação. Ele, no entanto, crítica a falta de ações sociais na comunidade.
“A favela está mais tranquila para as crianças, sem aquela influência pesada nas ruas. Mas não adianta só trazer polícia, tem que colocar escolas, melhorar os serviços em geral”, sugere o lutador.
Uma das mais antigas moradoras do Morro da Fé, dona Balbina, de 78 anos reclama que nem serviços básicos como água, luz e coleta de lixo chegam à todos.
Uma bomba leva a água da parte plana até as caixas d’água no alto do morro. O problema, segundo os moradores, é que estas caixas não suportam a demanda de toda a comunidade, fazendo com que o abastecimento seja interrompido durante vários dias da semana.
“A gente tem água durante três ou quatro dias na semana, depois acaba e nós temos que ir até lá em baixo buscar”, reclama dona Balbina.
Esgoto a céu aberto no Morro da Fé
Esgoto a céu aberto no Morro da Fé
Algumas vielas acima de onde o governador inaugurava a 25ªUPP carioca, Paulo Cesar, 35 anos, mostrava a quem quisesse os diversos problemas que afetam moradores daquela área.
Próximo da UPP, um canal de esgoto a céu aberto desce os becos da favela. Assoreado com entulho e lixo à mostra, o esgoto atraí grande quantidade de mosquitos e outros insetos, oferecendo riscos para a saúde dos moradores e, principalmente, para as crianças.
“Quando chove, essa canaleta transborda e vai tudo parar nas casas”, conta.
Árvores foram cortadas mas os galhos não foram recolhidos
Árvores foram cortadas mas os galhos não foram recolhidos
Paulo Cesar mostra ainda o fundo de uma casa repleto de troncos de árvores. Segundo ele, cortaram as arvores que ameaçavam cair mas, além de o serviço ter sido feito 'de qualquer maneira', esqueceram de recolher os galhos cortados:
“Além das árvores eles acabaram quebrando um cano, e por isso algumas casas ainda estão sem água. Os troncos também estão aí jogados até hoje”, reclamou.

Fonte: Jornal do Brasil
(Reportagem de Renan Almeida)

Greve dos professores atinge 95% das universidades federais



AE/ Adriana FranciosiQuase a totalidade das universidades já aderiu à greve

A greve dos professores já atinge 95% das instituições federais de ensino de todo o país, segundo o Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Do total de 59 universidades, 56 têm professores parados. A paralisação de servidores e técnicos administrativos afeta 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além de dois centros de tecnologia.
Os docentes reivindicam carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese - calculado em R$ 2.329,35 -, além de acréscimo de acordo com o título e com o regime de trabalho.
Nesta quinta-feira, dia 28, devem ocorrer atos em frente às sedes e subsedes do Banco Central em várias cidades. O sindicato reclama da ineficiência da negociação e afirma que o Ministério do Planejamento fala apenas em números, sem abordar a efetiva reestruturação da carreira.
Fonte: Pop

MP do Rio pede a anulação de licença para autódromo

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro recebeu nesta quarta-feira recomendação do Ministério Público estadual (MP-RJ) pedindo a anulação da licença prévia concedida pelo órgão para o projeto de construção de um novo autódromo, em Deodoro, na zona oeste da cidade. A obra é crucial para que seja erguido o principal espaço dos Jogos Olímpicos de 2016: o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca (também na zona oeste), que vai receber as disputas de 14 modalidades. O Parque vai ser construído onde hoje funciona o autódromo de Jacarepaguá. Em 2007, União, estado, município e Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) assinaram um acordo garantindo que o espaço só será desativado após a conclusão da nova pista, em Deodoro. Segundo o MP-RJ, as obras do novo autódromo vão representar risco à área de Mata Atlântica do Morro do Camboatá, área onde ele será construído.
O Inea confirmou nesta quarta que recebeu a recomendação, mas o subsecretário executivo do Meio Ambiente, Luiz Firmino, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o documento ainda não foi atualizado. Ele informou que só deve se pronunciar sobre o caso da semana que vem.
A recomendação do MP-RJ partiu de uma vistoria na área, que contou com a participação de representantes do ministério do Esporte e da CBA, além de Inea e secretaria municipal de Meio Ambiente.
A construção do Parque Olímpico vai ter início no próximo mês - o prefeito Eduardo Paes vai fazer o lançamento da pedra fundamental no começo de julho. Neste primeiro momento, as obras não vão impedir a disputa de provas no autódromo de Jacarepaguá

Fonte: TIAGO ROGERO - Agência Estado

Governo quer idade mínima para aposentadoria do INSS

Pela fórmula, para se aposentar com o teto do benefício, a soma da idade e do tempo trabalhado deve chegar a 85 anos, no caso de mulheres, e 95 anos, para homens 
BRASÍLIA - O governo ainda não desistiu de impor uma idade mínima para as aposentadorias ligadas ao INSS. Em reunião com os líderes de partidos da base no Ministério da Fazenda, interlocutores do governo pediram prazo até o dia 10 de julho para apresentar uma proposta em substituição ao fim do fator previdenciário.
A rodada de negociação foi provocada pela decisão do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciada aos líderes de por o tema no plenário na próxima semana. Os deputados querem votar o projeto que acaba com o fator previdenciário e institui a regra apelidada de 85/95. Essa proposta tem o apoio das centrais sindicais. Por essa fórmula, para se aposentar com o teto do benefício, a soma da idade e do tempo trabalhado deve chegar a 85 anos, no caso de mulheres, e 95 anos, se homem.
O fator previdenciário é o mecanismo usado para definir o valor do benefício que leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida do trabalhador. A regra faz com que os trabalhadores se aposentem mais tarde para obter o teto da aposentadoria. Na rodada de conversa desta quarta, o governo ponderou sobre a necessidade de instituir uma idade mínima para aposentadoria para valer no futuro, não atingindo os trabalhadores que já estão no mercado, e uma atualização periódica da regra 85/95.
O líder do PDT, André Figueiredo (CE), disse que o governo pretende instituir uma reavaliação dessa fórmula, considerando o aumento da expectativa de vida do trabalhador. "Nós vamos avançar na discussão até o dia 10 de julho e levar a proposta ao plenário no mês de agosto. Vamos votar em agosto independentemente de chegar a um acordo ou não", afirmou Figueiredo. Participaram da reunião com os líderes, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves Filho, de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os secretários-executivos Nelson Barbosa (Fazenda) e Carlos Gabas (Previdência).

Fonte:
Denise Madueño, da Agência Estado

Cedae abastece de água 64 municípios, mas só cuida do saneamento de dois

Quanto aos outros, o tema se transforma numa Torre de Babel; alguns defendem que responsabilidade do esgoto é da empresa

Um ferro-velho às margens do Rio Botas, poluído por esgoto, em Belford Roxo: a prefeitura diz que o saneamento na cidade cabe à Cedae, mas a companhia nega
Foto: Custódio Coimbra / O Globo
Um ferro-velho às margens do Rio Botas, poluído por esgoto, em Belford Roxo: a prefeitura diz que o saneamento na cidade cabe à Cedae, mas a companhia negaCustódio Coimbra / O Globo
RIO - Cano abaixo, o morador do Rio pouco sabe sobre o destino do esgoto que produz. E mais complicado pode ser descobrir de quem é a responsabilidade de cuidar desses efluentes, muitas vezes despejados in natura nos rios. No estado, a Cedae, quando se trata de esgotamento, é praticamente uma empresa carioca. Presente em 64 cidades no abastecimento de água, a empresa afirma: em relação ao esgoto, só tem convênio com dois municípios: a capital — e mesmo assim com exceção das favelas e da Área de Planejamento 5, na Zona Oeste — e Itaperuna. Quanto aos outros municípios, o tema se transforma numa Torre de Babel.
Pela lei federal 11.445, de 2007, é dos municípios o dever de cuidar do esgoto. Assim, convivem no estado diferentes prestadores do serviço, como as próprias prefeituras, empresas privadas e a Cedae. Nessa diversidade de modelos, sobra espaço para a confusão. Na Baixada Fluminense, Duque de Caxias e Belford Roxo garantem que a responsabilidade pelo esgoto nas duas cidades é da Cedae. A companhia, por sua vez, nega. Enquanto isso, São João de Meriti afirma que, em 2011, pela primeira vez em sua história, assinou convênio com a estatal para o serviço.
— Esgoto é de responsabilidade municipal — diz Wagner Victer, presidente da Cedae. — Em alguns municípios, se conseguirmos viabilizar recursos, vamos até entrar. Estamos entrando pesado em Itaperuna porque é uma grande concentração populacional.
Até o Diagnóstico de Serviços de Água e Esgotos 2010, lançado semana passada pelo Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, indica que a Cedae faria, naquele ano, o esgotamento em 29 municípios, entre eles Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu e São Gonçalo. E o site da companhia até ontem informava que ela atendia 31 municípios com esse serviço.
Em SP, Sabesp está em 362 cidades
Para Ana Lucia Britto, professora do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da UFRJ, a Cedae não tem mostrado interesse na prestação do serviço de esgotamento. Ela ressalta que, em São Paulo, a companhia de saneamento do estado, a Sabesp, renovou contratos com 362 municípios, onde atua no abastecimento de água e no esgoto. E foi criada a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo, que fiscaliza os trabalhos da empresa. Regulação que, segundo Ana, existe nos outros estados do Sudeste. No Rio, porém, nem isso há, embora Victer diga que existirá em até 36 meses.
— A Cedae recebeu recursos do PAC para ampliar os sistemas de coleta de esgoto no estado e, sobretudo, na Baixada — diz Ana. — Porém, a maior parte das obras está atrasada. Houve um desperdício de dinheiro público.
Marilene Ramos, presidente do Instituto Estadual do Ambiente Inea), ressalta que a lei de saneamento permite que haja uma diversidade de modelos. Na Região dos Lagos, por exemplo, segundo dados do SNIS, duas prestadoras microrregionais atendiam oito municípios na questão do esgoto. Em cidades como Niterói, Nova Friburgo e Petrópolis, há empresas privadas prestando o serviço. Na Zona Oeste do Rio, em Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba, o serviço também foi privatizado este ano.
Em 26 municípios, o serviço é local, administrado pela prefeitura — justamente em algumas das cidades mais pobres do estado, como Porciúncula e São Sebastião do Alto. Segundo Marilene, para orientar tantos modelos diferentes, o estado deveria ter um órgão incumbido de pensar o saneamento e estruturar a política do setor.
— Por ver que não havia isso, com a Cedae mais localizada na capital, nós fizemos o Pacto pelo Saneamento, com coordenação política da Secretaria estadual do Ambiente. Mas, por conta desses diferentes arranjos, há resistências culturais e corporativas a um modelo único de saneamento. Não podemos intervir na política. Mas, dentro do viável, procuramos ajudar os municípios com soluções técnicas e econômicas adequadas — diz ela.
Diante do quadro aterrador do esgotamento no estado, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, propõe, daqui para frente, um consórcio entre grupos de municípios, empresas e comitês de bacias hidrográficas para gerir o saneamento de forma coordenada.
— Os municípios são frágeis para assumir sozinhos o saneamento e as ligações de esgoto — diz Minc.
Enquanto a falta de coordenação impera, o professor Paulo Canedo, do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, afirma que o destino do esgoto é um mistério no estado:
— Eu não sei para onde está indo o esgoto da minha rua. Também não sei se todos os meus vizinhos têm esgoto coletado. Pior: não sei se a rede da minha rua leva o esgoto até uma estação de tratamento ou se o joga numa rede pluvial. Também não sei se o esgoto levado a uma estação é bem tratado. Seria fundamental que cada cidadão soubesse em que situação está o seu esgoto para exercer um controle social sobre a empresa de saneamento.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Novo Código Penal começa a tramitar no Senado; saiba o que pode mudar



Agência Senado / Moreira MarizO Senado irá analisar o novo texto

Elaborado por uma comissão de especialistas nos últimos sete meses, o projeto de reforma do Código Penal começa a tramitar no Senado nesta quarta-feira, dia 27, e já há promessas de ser alterado por congressistas. Temas polêmicos como drogas, aborto e eutanásia foram debatidos. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp presidiu a comissão e o procurador da República Luiz Carlos Gonçalves foi o relator.
Sobre o aborto, que atualmente é proibido, exceto em casos de estupro e risco de morte para a mãe, a comissão propôs autorizá-lo até a 12.ª semana de gestação, caso a mãe não tenha condições de ter o filho. Os casos de anencefalia também são autorizados.
O texto também prevê a criminalização do abandono de animais, além de quadruplicar a pena para maus tratos. Outro ponto é a prática do bullying, que pode virar crime, com pena de um a quatro anos de prisão. A comissão ainda quer legalizar o plantio, a compra e o porte de drogas para uso pessoal, no entanto, consumi-las perto de crianças seria ilegal.
A eutanásia se tornaria um crime específico, com pena entre dois e quatro anos de cadeia, mas pode ser descriminalizada em casos de "laços de afeição" com a vítima. A homofobia passa a ter a mesma pena do racismo, entre dois e cinco anos de prisão, além de ser imprescritível e inafiançável.
Já no caso da Lei Seca, qualquer quantidade de álcool estaria proibida ao motorista e a embriaguez poderia ser demonstrada por todos os meios possíveis. Outros pontos como terrorismo, tortura, perseguição obsessiva, corrupção e crimes cibernéticos também foram discutidos pela comissão.

Fonte: Pop

No aniversário da morte de Michael, fãs depositam 10.000 rosas em sepultura

Enquanto isso, na cadeia o cardiologista Conrad Murray, responsabilizado pela morte do cantor, ‘viaja’ na literatura, segundo a namorada

O cantor Michael Jackson, em imagem de 1987 O cantor Michael Jackson, em imagem de 1987 (Getty)
A morte de Michael Jackson completou três anos nesta segunda-feira e o cantor ganhou homenagens pelo mundo. Pela internet, fãs juntaram 30.000 dólares para enviar 10.000 rosas vermelhas à sepultura do astro, localizada na cidade americana de Glendale, Califórnia.
A família de Michel lembrou a data através do Twitter. “Descanse em paz, Michael Jackson. Papai, você sempre estará em meu coração. Eu te amo”, escreveu Paris, filha do cantor. “Manhã triste. Hoje foi o dia em que levaram à morte meu irmãozinho. ‘Michael que amamos’, você deve descansar em paz. Foi embora cedo demais”, postou a irmã La Toya.
Conrad Murray, médico condenado pela morte de Michael, vítima de uma overdose do indutor de sono Propofol, está preso em Los Angeles desde novembro. E passa bem, obrigada, segundo Nicole Alvarez, namorada e mãe do filho do médico. Nicole disse a um paparazzo do site de fofocas TMZ que Murray, que está “triste” com a data pois “amava Michael”, mantém a mente ocupada com muita leitura, que o leva a locais como “Suécia, Paris e Afeganistão”.
De acordo com Nicole, Murray já leu mais de 60 livros desde que foi para a cadeia, entre eles o best-seller Os Homens que Não Amavam as Mulheres, de Stieg Larsson. Nicole também disse que o namorado é querido pelos outros presos e que criou uma “universidade” na cadeia, em que transmite diversos conhecimentos aos internos – espera-se que não transmita seus conhecimentos de anestesista.
 
Fonte: Veja

Atropelamento chama a atenção para a imprudência da população no BRT

Rio - Quem passa pela Av. das Américas, na Barra, pode achar que há novo calçadão entre as pistas. Mas ali funciona, há 20 dias, o BRT Transoeste, corredor expresso para ônibus que tem sido usado com frequência e imprudência por pedestres e ciclistas. Ontem, horas depois de jovem de 23 anos ser atropelado por ônibus ao atravessar a pista, O DIA fez flagrantes de exposição ao perigo: em 20 minutos, ao menos seis pessoas se arriscaram, cruzando a via exclusiva para coletivos, a poucos metros da faixa de pedestres.
Pedestres são imprudentes e usam corredor expresso como acostamento | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Pedestres são imprudentes e usam corredor expresso como calçadão | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
A travessia acontece a qualquer horário, mas sobretudo nos períodos de pico do trânsito. Transeuntes esperam o melhor momento para atravessar, em vez de ir até a faixa de pedestres. “Estou cheia de pressa”, justificou Maria Angélica Pereira, 42. A 50 metros da estação Nova Barra, alunos que saem de um colégio estadual também fazem o percurso arriscado. “É perigoso. Até penso no risco, mas acabo atravessando. Perco mais tempo se andar até a faixa de pedestre”, assumiu o auxiliar administrativo Rony Santos, 20.
Algumas pessoas desafiam o perigo e se equilibram na estreita mureta que divide as pistas. Em outro flagrante, ciclista pedalava tranquilo pela contramão do corredor. Outros acidentes ocorreram desde a inauguração do Transoeste, como colisões entre caminhão e ônibus e de carro que desrespeitou a sinalização.
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
No trecho próximo ao local do acidente, na altura do número 7.777 da Av. das Américas, não há passarela, mas nos cruzamentos que cortam o BRT Transoeste, existem faixas de pedestres nos sinais de trânsito. As placas de sinalização indicam que a via é de uso exclusivo para ônibus. O corredor tem 40 km de extensão e, nas pistas laterais, a velocidade máxima é de 70km/h.
O Rio Ônibus informou que não há projeto para evitar a travessia de pedestres e ciclistas. O consórcio Santa Cruz, que administra o Transoeste, lamentou o atropelamento e fez apelo para que as pessoas não circulem na pista.
Vítima estaria ao celular
Motorista do ônibus BRT envolvido no atropelamento de ontem, Marlon Alessi Ferreira, disse na 16ª DP (Barra da Tijuca), que o pedestre surgiu repentinamente e que ainda tentou frear o ônibus. No registro nº 207015/12, feito por policiais do 31º BPM (Recreio) no local do acidente, o motorista alegou que a vítima, o mecânico Marlon Martins Barbosa, 23, usava fone de ouvido ao atravessar.
Um amigo do atropelado, identificado apenas como Arnaldo, disse que falava com Marlon pelo celular quando o acidente ocorreu.
Lotação e atrasos irritam passageiros da via seletiva
A travessia perigosa não foi o único problema notado desde a inauguração do BRT Transoeste. Passageiros reclamaram de superlotação e de atrasos, e houve tumultos no embarque. Segunda-feira, quando começou a circular o coletivo de Santa Cruz ao terminal Alvorada, na Barra, a venda de bilhetes chegou a ser interrompida por conta do grande número de usuários.
Moradora de Santa Cruz, Cláudia Tavares disse que só conseguiu sair do terminal 45 minutos depois. “Um verdadeiro inferno. Plataformas lotadas, ônibus atrasados, empurra-empurra para entrar. Um perigo para idosos e crianças. Entendo que o sistema ainda esteja passando por testes, mas o que foi visto foi uma completa falta de respeito com os moradores da Zona Oeste”, criticou.
Ontem, o secretário municipal de Transporte, Alexandre Sansão, esteve no local. “Estou aqui para fiscalizar a ação dos operadores, se os ônibus estão saindo na hora. Estamos testando, a coisa é nova”, justificou.
Imagens de segurança são requisitadas
A polícia requisitou as imagens das câmeras de segurança do ônibus, que devem ser entregues hoje. O veículo foi deslocado para liberar o trânsito na pista que, segundo o Consórcio Santa Cruz, não causou prejuízos nos demais horários do sistema. O ônibus foi periciado e tinha fissura no para-brisa.
Marlon foi atropelado pelo ônibus BRT da Expresso Pégaso às 9h50, quando ia para o trabalho, numa loja de veículos em frente. Atingido no ombro, foi jogado no chão. Socorrido no Hospital Lourenço Jorge, teve alta mesmo sentindo tontura e dores no peito.

Fonte: O Dia

Justiça libera fotos de Xuxa nua em sites de pesquisa na internet

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu ganho de causa ao Google em uma ação movida pela apresentadora Xuxa Meneghel. Imagens e vídeos em que ela apareça nua ou encenando atos sexuais não poderão ser retirados dos resultados da pesquisa.
Xuxa entrou em outubro de 2010 na Justiça do Rio pedindo que o site de busca não mostrasse qualquer link de sites que a relacionassem com as palavras "pornografia" e "pedofilia".
Juntas, as palavras levam ao filme "Amor Estranho Amor", filmado em 1979, em que ela aparece tendo relações com um garoto de 12 anos.
O STJ decidiu que os sites de busca não podem ser obrigados a limitar resultados, já que são apenas o meio de acesso ao conteúdo e não os responsáveis pela publicação. A decisão se estende às demais companhias do setor.
Xuxa ainda pode recorrer. A assessoria da apresentadora não foi localizada.
Jorge Araújo/Folhapress
Apresentadora Xuxa Meneghel durante o lançamento de "Amor Estranho Amor", em 1982
Apresentadora Xuxa Meneghel durante o lançamento de "Amor Estranho Amor", em 1982

Fonte: Folha

Romero cobra atendimento dos pleitos dos professores universitários em greve

Romero cobra atendimento dos pleitos dos professores universitários em greve
O deputado federal e engenheiro Romero Rodrigues defendeu na Câmara dos Deputados, em Brasília, o atendimento dos pleitos dos professores e funcionários das Universidades Federais do Brasil e o término do movimento grevista com a retomada das atividades normais nas instituições de ensino.


Ele disse que é importante que o Governo Federal se sensibilize com aquilo que defendem os professores universitários que, em sua opinião não tem sido prestigiados pelos atuais gestores e contemple os servidores. Ressaltou o trabalho dos professores que atuam nas Universidades Federal de Campina Grande e Federal da Paraíba, salientando que o Governo Federal não tem respeitado o trabalho por eles realizado em favor da sociedade, o que em sua opinião é lamentável.


Entre as revindicações do comando de greve estão a reestruturação da carreira, a criação de um piso para os professores de R$ 2,4 mil e apromoção imediata de concurso público para substituir servidoresaposentados e acompanhar a expansão da rede federal de educação profissional.


Romero fez questão de salientar o papel dos professores universitários e de outros níveis que não tem recebido o devido reconhecimento por tudo que tem feito pela educação e desenvolvimento do país e por isso merecem que seus apelos sejam atendidos.


- Os professores do nível superior não são devidamente reconhecidos. E agora os docentes das Universidades entraram em greve que vem se estendendo indefinidamente. Defendemos o diálogo como forma de resolver essa questão com urgência, e o cumprimento das reivindicações das diversas categorias em greve.


Disse Romero Rodrigues ressaltando que estudantes de universidades federais fizeram manifestação em frente ao Museu Nacional da República, em Brasília. Os estudantes defenderam a aprovação de um Plano Nacional de Educação (PNE), com 10% do PIB e 50% do fundo social e dos royalties do Pré-sal para educação, a regulamentação do ensino privado e ampliação do acesso as universidades, além de apoiar a greve de professores e servidores das federais.


Para a União Nacional dos Estudantes, a greve das universidades federais, iniciada no dia 17 de maio, talvez possa ser considerada uma das maiores paralisações em defesa da educação já realizadas no País. Até o momento, 58 das 59 instituições federais já aderiram e ainda não há previsão de término da paralisação.


"Apoiamos a pauta dos professores e servidores, reconhecemos e participamos da mobilização dos estudantes, e consideramos que este deve ser um momento de unidade de todos os segmentos que compõem a universidade, para que possamos caminhar juntos rumo a conquistas para todos e a uma universidade pública, gratuita e de qualidade", afirmou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Fonte:  Pbagora  

Greve nas universidades federais ameaça pós-graduação, bolsas e intercâmbio

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A greve de professores e de servidores das universidades e de institutos federais de ensino superior vai completar esta semana um mês e meio desde o seu início, em 17 de maio. A demora para se chegar a uma resolução do impasse entre os docentes e o governo preocupa muitos estudantes que dependem da conclusão do cursos para serem efetivados em estágios, residências médicas, programas de intercâmbio e outros compromissos.
Com a greve, os planos da estudante de engenharia química da Universidade Federal dePernambuco (UFPE), Amanda Galindo estão ameaçados. Sem previsão de retornar às salas de aula, ela teve que abrir mão de estagiar em uma companhia de bebidas e, agora, teme perder a vaga na pós-graduação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), para a qual já está aprovada, mas precisa estar com a graduação concluída até janeiro de 2013.
Fiz muitos planos, só não contava com a greve. Sei que ela é necessária. Acho que o governo deveria agir mais rápido para não nos prejudicar”
Amanda Galindo, estudante da UFPE
“Eu terminaria o curso no final do ano, mas agora não sei o que vai acontecer. Foi um concurso bastante concorrido e, se eu perder a bolsa, ano que vem não vou ter com o que me sustentar. Vou depender apenas dos meus pais”, afirma Amanda. “Fiz muitos planos, só não contava com a greve. Sei que ela é necessária. Os professores nos explicaram sobre a luta deles, e a considero válida. Acho que o governo deveria agir mais rápido para não nos prejudicar.”
A estudante, inclusive, participou de uma mobilização por melhor infraestrutura no seu curso. “Nosso departamento é pequeno para a quantidade de alunos. Temos apenas um banheiro. Não temos biblioteca e os laboratórios são horríveis”, comenta. Em nota, a UFPE diz que “dentro de seu planejamento, está recuperando os laboratórios de todos os cursos, principalmente os mais antigos. O projeto é deixar todos eles renovados, usando recursos da Universidade, do Reuni e de parceiros, como a Finep. No próprio Departamento de Engenharia Química, há outros laboratórios em pleno funcionamento, como o de Combustíveis, que foi reformado com recursos da Petrobras”.
Residência ameaçada
Em Sergipe, o estudante do 11º período de medicina, Marcel Figueiredo Fontes, teme não poder fazer residência no início do ano que vem por causa da greve. Além disso, ele corre o risco de participar da cerimônia de colação de grau e ter que continuar assistindo as aulas.
Marcel Figueiredo Fontes pode perder a residência médica em Sergipe (Foto: Marina Fontenele/G1)Marcel Figueiredo Fontes com o carnê da festa de formatura de medicina da UFS (Foto: Marina Fontenele/G1)
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Mais de um mês de greve já atrasou o fim das aulas e estágios da turma de medicina de 2007 da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que encerrariam o curso no dia 11 de janeiro de 2013. As cerimônias de formatura marcadas para acontecer entre os dias 13 e 16 de fevereiro terão que ser mantidas por conta das multas por quebra de contrato e falta de opções de data para remarcar os eventos.
Se a greve continuar por mais três semanas nós vamos ter que adiar a residência médica por pelo menos um ano”
Marcel Fontes, estudante da UFS
“Começamos a pagar a festa de formatura ainda no primeiro ano do curso e as parcelas vão até janeiro do ano que vem. Está bem longe do que esperávamos participar da festa e ter que voltar à rotina universitária na segunda-feira seguinte”, lamenta o futuro médico.
O impasse na esfera nacional ainda causa um transtorno maior aos 55 alunos da turma. As provas de residência médica (especialização) acontecem somente uma vez por ano no período de novembro a janeiro e o estudante deve assumir a nova atividade no dia 1º de março de 2013. Para isso, é preciso ter o diploma em mãos para comprovar os conhecimentos.
“A greve já prejudicou a gente, mas ainda daria para contornar a situação se tivesse acabado no dia 19 de junho quando deveria ter tido uma reunião entre o Governo Federal e os professores”, diz o estudante. “Mas se ela continuar por mais três semanas nós vamos ter que adiar a especialização por pelo menos um ano. Há rumores que a greve só encerre em agosto”, afirma Marcel Figueiredo.
Mariana Muchon, estudante da UFMG (Foto: Arquivo pessoal)Mariana Muchon, estudante da UFMG (Foto:
Arquivo pessoal)
Sem a bolsa-estágioA universitária Mariana Muchon conquistou uma vaga de estágio em Belo Horizonte, mas não conseguiu regularizar o contrato de trabalho. Informalmente, ela está desempenhando algumas funções na empresa em que foi selecionada, mas não pode receber a bolsa-estágio.
Ela é aluna no sexto período de comunicação social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde os servidores administrativos estão em greve. “Eu preciso de uma assinatura e não encontro ninguém no setor. Todas as vezes que fui dei de cara com a porta”, disse.
Segundo Mariana, a greve começou no dia seguinte em que entregou a documentação na universidade. Desde então, não conseguiu pegar de volta os papéis e apresentar na empresa. Já faz um mês e meio, e ela não pode contar com o salário. “Eu já tinha me programado, estou contando com o dinheiro para uma viagem de intercâmbio, onde quero estudar dança por três meses”, disse.
Eu preciso de uma assinatura para o meu estágio e não encontro ninguém no setor na UFMG. Todas as vezes que fui dei de cara com a porta”
Mariana Muchon, estudante da UFMG
A estudante diz que achou o processo muito burocrático e ficou desiludida. “É um desrespeito. Fiquei meio perdida, porque fui até o colegiado e não consegui falar com coordenadora do curso. Nesse meio tempo, houve uma mudança na coordenação, o que só foi informado aos alunos ontem”, falou. Mariana diz que procurou o setor por várias vezes, a última na semana passada.
A greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começou no dia 21 de maio. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Belo Horizonte (Sindifes), a principal reivindicação da categoria é a flexibilização da carga horária de 40h para 30h semanais e a não implantação do ponto eletrônico.
No dia 11 de junho, a categoria começou a apoiar uma mobilização nacional, incluindo na pauta de reivindicação o reajuste salarial e a revisão no plano de carreira. Segundo o sindicato, o menor salário pago é de R$ 1.080, e a categoria pede que o menor piso seja equivalente a três salários mínimos. Como são mais de 200 cargos, divididos em cinco níveis, o salário-base pode varia até cerca de R$ 2,8 mil, informou a assessoria do sindicato.

Fonte: Postado por em 27 junho, as 8:37 Em Brasil/Mundo Concursos Economia