domingo, 30 de abril de 2017

Exoneração: cresce o número de servidores que abandonam a carreira pública

                               
                                         
             Estado: professores são os que mais deixam a carreira pública Foto: Márcia Foletto / arquivo

A crise financeira pela qual passa o Estado do Rio tem feito muitos servidores desistirem do sonho da carreira pública. Com os constantes atrasos de salários, incertezas de data de pagamento, além da perspectiva de não haver reajuste nos próximos anos e de haver corte de benefícios como férias prêmio, por exemplo, centenas de profissionais vêm pedindo a exoneração de seus cargos.

A coluna ouviu dezenas de histórias de servidores que preferiram não se identificar mas dizem que vão abandonar a carreira pública devido ao sucateamento pelo qual passa o governo. É o caso de um grupo de pelo menos dez professores do interior do estado, que pensa em pedir exoneração até o meio do ano. O motivo é o mesmo: descontentamento com a carreira.

— Tenho uma matrícula no estado e, em outro horário, leciono em escola particular. Porém, hoje, a carreira pública no Estado do Rio deixou de ser interessante, pois os planos de carreira estão defasados, e ficamos com salários atrasados por dois meses, sem falar no 13º que ainda não recebemos. Além disso, com as contrapartidas do socorro aos estados pela União, existe a possibilidade de perdermos reajustes anuais e benefícios como férias prêmio e triênios. Definitivamente, se isso acontecer, pedirei exoneração para me dedicar ao ensino particular ou arrumar outro emprego em qualquer área — diz o professor.


A professora Maria Andrade também quer desistir da carreira pública no estado.

— Não há perspectiva alguma de melhora. Ao contrário, acho que a situação ficará pior. A saída é pedir a exoneração.

No Rio, uma servidora da Saúde que se dedica há mais de 15 anos ao estado diz não aguentar mais a atual situação e afirma que deixará a função com tristeza.

— Estudei muito para conseguir uma vaga no funcionalismo, mas hoje não quero mais continuar. É humilhante.

Em dois anos, 94% das exonerações foram a pedido do servidor

O efeito da crise sobre os servidores do estado, que vêm pedindo exoneração, é confirmado por dados do próprio governo. De acordo com números da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), entre janeiro de 2015 e abril deste ano, período mais agudo da crise financeira, foram registradas 3.493 exonerações no serviço público estadual. Destas, 3.271 exonerações foram a pedido dos próprios servidores — 94% das demissões.

Ainda segundo dados da pasta, entre estas exonerações, estão incluídos servidores de todas as áreas. Do total, 68% são da Secretaria estadual de Educação (Seeduc), 8% da Secretaria de Saúde, 7% da área militar e os outros 17% estão divididos entre os demais órgãos do Executivo.

A Sefaz vê os números de outra forma. Segundo a secretaria, a exoneração não é intimamente ligada à crise, pois “é comum servidores pedirem exoneração quando passam para outros concursos”.

                                          

Falta de salário é principal motivo para desistências

De acordo com a advogada especialista em Direito do Trabalho Patrícia Neves Bezerra, é comum que, em períodos de crise financeira, como a do Estado do Rio, profissionais peçam exoneração, pois muitos não conseguem se manter sem os salários ou mesmo com os constantes atrasos.

— É como se o estado forçasse o servidor a pedir a exoneração, porque, é impossível sobreviver sem salários e com a instabilidade de não saber quando terá algum dinheiro na conta — diz.

Segundo a advogada, servidores que pedirem exoneração e estiverem com salários e benefícios atrasados devem ir à Justiça em busca dos direitos.

Fonte: Extra





sexta-feira, 28 de abril de 2017

'Reforma trabalhista não passará'

                                         

Após a aprovação da reforma trabalhista na Câmara, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), foi ontem ao plenário para bater duro na proposta do governo Temer. Disse que o texto será alterado na Casa e afirmou que o presidente quer empurrar "goela abaixo" dos trabalhadores uma "retirada de direitos".
"Não acredito que essa reforma saia da Câmara e chegue aqui, ao Senado Federal -reforma de ouvidos moucos-, sem consultar opiniões; reforma que só interessa à banca, ao sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população; reforma tão malfeita, que chega a constranger e a coagir a base do próprio governo".
O discurso de oposição do aliado preocupa o Planalto, que vê na reforma trabalhista um grande teste para a outra reforma, a previdenciária, vista como essencial para a recuperação econômica.
Apesar do governo ter conseguido passar a proposta na Câmara, houve dissidências de partidos da base, como o PSB (16 traições), PP (9) e Solidariedade (8).
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou as dissidências.
Maia disse ver um movimento crescente de reorganização da base do governo com a votação da reforma trabalhista.
Fonte: Destak Jornal

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pezão diz que pagamentos de salários de servidores podem ser normalizados em junho

Em entrevista ao CBN Rio, ele afirmou que, para isso, terá que aprovar ao menos três contrapartidas exigidas pelo Governo Federal relativas à contribuição previdenciária, ao teto do funcionalismo e à adesão ao plano de recuperação fiscal.

                 Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil


O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta quinta-feira, em entrevista ao CBN Rio, que espera regularizar os pagamentos do funcionalismo do estado até junho. Para isso, ele afirmou que será necessário aprovar na Assembleia Legislativa do Rio três contrapartidas exigidas pelo Governo Federal: aderir ao programa de recuperação fiscal, aprovar o aumento de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos servidores e o teto do funcionalismo estadual, que vai limitar o valor mais alto pago pelo estado ao salário da ministra do STF, Cármem Lúcia.
“Eu espero entre o início e o final de junho estar colocando os salários em dia com as medidas que estamos tomando”.
No entanto, Pezão disse que não há garantias de que o salário de abril dos servidores da Segurança será pago até o décimo dia útil do mês. Segundo ele, isso não será possível porque as contas do estado foram, novamente, bloqueadas, pela União.
“Nós estamos bloqueados desde segunda-feira pelo Tesouro Nacional. Então, é difícil fazer essa previsão. Aqui é dia-a-dia. Um luta incessante”.
Pezão ainda disse que a Secretaria de Fazenda deve publicar até amanhã, o calendário de pagamentos de março.
Fonte: CBN Rio

Estado desiste de alíquota extra

Alta da contribuição previdenciária para 14% continua nos planos, mesmo após Câmara derrubar exigência

                                 
                                         
Pezão acompanhou a votação dos destaques à recuperação fiscal pela Câmara na terça-feira à noite
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Rio - O governo estadual insistirá na implementação do aumento de 11% para 14% da contribuição previdenciária dos servidores e desistirá de criar a taxa extraordinária de 8%. Mesmo após a Câmara Federal derrubar, na noite de terça-feira, a obrigatoriedade de estados elevarem a alíquota como contrapartida do projeto da recuperação fiscal, o Executivo do Rio garante que vai trabalhar para a Alerj aprovar a proposta, que já está na Casa. 
A Secretaria Estadual de Fazenda e Planejamento informou que mantém a proposta e que o aumento da contribuição de 11% para 14% “tem um efeito caixa de R$500 milhões no ano inteiro”. “A Fazenda defende que o aumento da contribuição é uma questão de Estado para mitigar o déficit previdenciário”, declarou a pasta em nota. 
Já a criação da alíquota previdenciária extraordinária e temporária de 8% não está mais nos planos do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. À coluna, Pezão disse ainda acreditar que o presidente Michel Temer não deixará de sancionar o projeto da recuperação fiscal mesmo com a retirada da contrapartida. 
“Acho que não veta”, disse ele, justificando que os estados estão cortando gastos. Ele cita também os que já implementaram o aumento de alíquota para 14%. “Já há diversos estados que implantaram os 14%, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Piauí e outros. O que sai é a extraordinária”, declarou. 
O projeto de recuperação fiscal que tramita no Congresso previa que, se fosse necessário, o estado deveria criar alíquota extraordinária. E o Executivo Fluminense estudava adotar essa medida, mesmo com a Alerj sinalizando que o governo sofreria derrota e não conseguiria maioria para aprovar. 
Se a proposta fosse apresentada — e aprovada junto com o aumento para 14% —, o desconto previdenciário dos servidores chegaria a 22%. Em relação à elevação de alíquota para 14%, o estado está contando que tem maioria na Alerj para a aprovação. No entanto, como a Câmara derrubou essa contrapartida do texto da recuperação fiscal, muita coisa pode mudar no Legislativo do Rio.
Isso porque o argumento que era usado por muitos deputados para aprovação da proposta era de que existia retorno da União: com essa contrapartida — e outras — , a recuperação fiscal seria colocada em prática. 
Com isso, o Estado do Rio poderia aderir ao regime e suspender por três anos o pagamento de dívidas com o governo federal, o que daria fim aos recorrentes bloqueios nas contas fluminenses. Esses confiscos têm aumentado ainda mais o atraso salarial do funcionalismo. 
Mas como essa contrapartida foi derrubada, o argumento de parlamentares também cai por terra. Por isso, o governador Pezão e outros ainda poderão tentar convencer o Senado de incluir novamente esse aditivo ao texto, quando a proposta chegar à Casa.
Previ-Rio estuda projeto de lei para taxar inativos
A ideia do Previ-Rio de cobrar contribuição previdenciária de 11% de inativos da prefeitura que ganham acima do teto do INSS (R$ 5.531,31) está ganhando forma. Dirigentes da autarquia já estudam o projeto de lei que pretendem apresentar para a cobrança, e que se baseia na Emenda Constitucional 41.
Também estão elaborando o texto que dará fim à integralidade (quando o servidor consegue se aposentar com o último salário), e que também é baseado na mesma norma.
A ideia ainda não foi mais à frente porque o Conselho de Administração do Previ-Rio não chega a um consenso, afirmam fontes da prefeitura. E qualquer medida a ser tomada pelo presidente da órgão, Alfredo Salomão, tem que passar pelo crivo do conselho. 
O grupo é formado por quatro representantes eleitos pelos servidores e e outros quatro nomeados pelo prefeito. Em casos de necessidade de voto de minerva, essa função fica a cargo do chefe do Executivo
A informação é de que, mesmo diante das dificuldades de o Previ-Rio fechar as contas, há fortes resistências, especialmente de um conselheiro que diz que outras medidas deveriam ser adotadas em vez da taxação de inativo. As alternativas, porém, não foram apresentadas até então. 
O presidente do Previ-Rio afirmou diversas vezes que a situação é alarmante. O déficit previsto para 2017 é de R$ 2,6 bilhões e as fontes de receitas do fundo estão ‘secando’. Ele critica negócios que não foram vantajosos para a autarquia — como aluguéis de terrenos da prefeitura com valores abaixo do mercado — além da falta de repasses de royalties.
Fonte: O Dia

Além da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), pela voz de seu secretário-geral, dom Leonardo Steiner (aqui), 65 arcebispos e bispos de um universo de 308 na ativa neste momento no país lançaram convocações à população para a greve geral contra as reformas do governo Temer e a política de massacre dos pobres do país iniciada depois do golpe de Estado. É uma mobilização eclesial na direção dos pobres não vista desde o fim do regime militar no Brasil, sob o impacto da mudança de rumos que o Papa Francisco lidera na Igreja em todo o mundo.

[Nota: na primeira versão desta reportagem, ao fim da manhã desta quarta, 26, eram no total 42 bispos e arcebispos, mas a mobilização eclesial continua a crescer].
É significativo o silêncio dos cardeais de São Paulo (dom Odilo Pedro Scherer) e do Rio (dom Orani Tempesta), que tornam suas arquidioceses em bastiões do conservadorismo católico no país em oposição ao Papa Francisco.
[Nota: No começo da tarde, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, rompeu o silêncio e falou. Um vexame que envergonhou a Igreja. Escalado para a entrevista coletiva da primeira tarde da Assembleia Geral da CNBB, pouco depois das 15h, o cardeal foi encarregado de falar sobre os temas sociais do país. Ao apresentar a agenda da Assembleia, ele ignorou a greve geral. Questionado por um jornalista, dom Odilo deu razão a todos os que o acusam de aderir ao regime do golpe. Disse secamente que “o povo tem direito de se manifestar”, disse que espera que a reforma da Previdência seja boa (?) e arrematou: “dizer que somos a favor ou contra é muito simplista”.
Apresentou uma posição “neutra” quanto à reforma da Previdência e quanto à reforma trabalhista e à terceirização – neutralidade que é o desejo maior de Temer neste momento em que o governo está isolado na sociedade.
Como o personagem bíblico, o cardeal lavou as mãos: “Quanto aos bispos que conclamaram a greve, bem, cada bispo é livre para fazer o que quiser".
Candidato a Papa da Cúria romana no último conclave, derrotado por Francisco, o cardeal de São Paulo deixa toda a Igreja - Povo de Deus com enormes saudades dos tempos de dom Cláudio Hummes e especialmente dom Paulo Evaristo Arns.].
Veja a lista dos arcebispos e bispos que se manifestaram e, ao final, vários dos vídeos espalhados nas redes sociais – é uma lista parcial do que foi possível levantar a partir da “garimpagem” e partilha de muitas pessoas. Certamente há outros bispos que se manifestaram e deverão se posicionar a partir de hoje, quando abre-se a 55ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP).
1. Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB
2. Dom Walmor Oliveira de Azevedo-Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte (MG)
3. Dom Manoel Delson, arcebispo da Paraíba (PB)
4. Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife (PE) e presidente da CNBB Nordeste II
5. Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus (AM)
6. Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre (RS)
7. Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal (RN)
8. Dom José Belisário Silva, arcebispo de São Luís (MA)
9. Dom Jacinto Furtado Sobrinho, arcebispo de Teresina (PI)
10. Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
11. Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana (BA)
12. Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá (PR)
13. Dom Antônio Muniz Fernandes, arcebispo de Maceió (AL)
14. Dom Júlio Endi Akamine, arcebispo de Sorocaba (SP)
15. Dom João de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor eleito de Montes Claros (MG)
16. Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão das Pastorais Sociais da CNBB
17. Dom Philip Roger Dickmans, bispo de Miracema (TO) e presidente da Regional Norte III da CNBB
18. Dom André de Witte, bispo de Ruy Barbosa (BA) e vice presidente da CPT
19. Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Uberaba (MG)
20. Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR), ex-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)
21. Dom Reginaldo Andrietta, bispo de Jales (SP)
22. Dom Gilberto Pastana, bispo do Crato (CE)
23. Dom Ailton Menegussi, bispo de Crateús (CE)
24. Dom Rubival Cabral Britto, bispo de Grajaú (MA)
25. Dom Antônio Carlos Cruz Santos, bispo de Caicó (RN)
26. Dom Celso Antonio Marchiori, bispo de Apucarana (PR)
27. Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC)
28. Dom Aloisio Jorge Vitral, bispo de Teófilo Otoni (MG)
29. Dom Francisco Biasin, Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ)
30. Dom Dirceu Vergini, bispo de Foz do Iguaçu (PR)
31. Dom Antonio Vilar, bispo de São João da Boa Vista (SP)
32. Dom José Eudes do Nascimento, bispo de Leopoldina (MG)
33. Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo de São Félix do Araguaia (MT)
34. Dom Geremias Steinmetz, bispo de Paranavaí (PR)
35. Dom José Maria Chaves dos Reis, bispo de Abaetetuba (PA)
36. Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA)
37. Dom Carlos Alberto Breis Pereira, bispo da diocese de Juazeiro (BA)
38. Dom Flávio Giovenali, bispo de Santarém (PA)
39. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo Auxiliar de Belo Horizonte (MG)
40. Dom Edson José Oriolo dos Santos, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
41. Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
42. Geovane Luís da Silva, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
43. Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
44. Dom Guilherme Porto, bispo de Sete Lagoas (MG)
45. Dom José Aristeu Vieira, bispo de Luz (MG)
46. Dom José Carlos de Souza Campos, bispo de Divinópolis (MG)
47. Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, bispo de Oliveira (MG)
48. Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA)
49. Dom Francisco Dantas Lucena, bispo de Nazaré (PE)
50. Dom Roberto Francisco Paz, bispo de Campos dos Goytacazes (RJ)
51. Dom Mário Antonio da Silva, bispo de Roraima (RR)
52. Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
53. Dom Egídio Bisol, bispo de Afogados da Ingazeira (PE)
54. Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da Prelazia do Marajó (PA)
55. Mons. Ionilton Lisboa, bispo eleito da prelazia de Itacoatiara (AM)
56. Dom Jaime Pedro Kohl, bispo de Osório (RS)
57. Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana (MA)
58. Dom Jesus Maria, bispo de Bragança (PA)
59. Dom Vilsom Basso, bispo de Caxias (RJ), nomeado para Imperatriz (MA)
60. Dom Adelar Baruffi, bispo de Cruz Alta (RS)
61. Dom Cláudio Sturm, bispo de Patos de Minas (MG)
62. Dom Severino Clasen, bispo da Diocese de Caçador (SC)
63. Dom Genival Saraiva Franca, adm. Apostólico da Paraíba (PB)
64. Dom Eugênio Rixen, bispo de Goiás (GO)
65. Dom Irineu Andreassa, bispo de Ituiutaba (MG)
66. Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão (SC)
Veja os vídeos dos bispos:
Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife (PE) e presidente da CNBB Nordeste II
                
   
             
                         
                    
                                
                                                                                                                                                                    
                       
      
     
  Fonte:   Instituto Humanitas Unisinos
A reportagem é de Mauro Lopes, publicada no blog Caminho pra Casa, 26-04-2017.
                                                                                                                                           

Greve Geral e Reforma Política

A grande mobilização desta sexta tornou-se um grito contra um governo ilegítimo e uma democracia de fachada, a serviço do poder econômico. Mas em seguida, faremos o quê?, indaga Antonio Martins, jornalista, em artigo publicado por Outras Palavras, 26-04-2017.

Eis o artigo.
Crescem os sinais de que a greve geral desta sexta-feira será um protesto vasto e múltiplo. A iniciativa foi do movimento sindical, mas a chama da revolta se alastrou. Ela é visível, por exemplo, nas ações do MTST – que convida para marcha até a casa de Temer, em São Paulo; no apoio explícito oferecido ao movimento por parte da igreja católica; nos comunicados que os professores das escolas mais tradicionais enviam aos pais de seus alunos; nas convocações espontâneas que inundam as redes sociais; em uma multidão de gestos semelhantes.
Num certo sentido, a greve é contra o sistema político – porque a democracia transformou-se numa farsa. Em Brasília, um presidente ilegítimo e um Congresso suspeito continuam de costas para o povo. Todas as pesquisas mostram: a esmagadora maioria da população e contra as mudanças na aposentadoria e a terceirização do trabalho. Mas ambas as propostas podem ser aprovadas, por deputados e senadores suspeitos de receber propinas. E para aprová-las, o Palácio do Planalto recorre a um arsenal de métodos corruptos: liberação de dinheiro (R$ 800 milhões) para os deputados, na forma de emendas parlamentares; lotemamento de empresas estatais; negociação aberta de cargos públicos.
Ou seja: o país é governado por uma casta política. Esta casta não presta satisfações à sociedade, mas ao poder econômico que financia suas campanhas. Enquanto esta situação persistir, os ataques aos direitos sociais e a entrega do país às grandes empresas não cessarão.
A greve geral é um grito contra esta democracia de fachada – mas depois dela faremos o quê? Alguns estão de olho nas eleições de 2018, que se aproximam e tendem a ganhar cada vez mais atenção. É uma resposta muito pobre. Em 2018, se nada for mudado, será eleito um Congresso muito parecido com o atual. Igualmente interessado em fazer favores ao poder econômico – e dele receber agrados. Igualmente desligado da sociedade e do debate dos grandes temas nacionais. Ainda que se eleja um presidente de esquerda, seu poder será, sob o sistema atual, extremamente reduzido – quase cosmético. Estará limitado pelo Congresso, pela mídia, pelo Judiciário. Terá de fazer concessões e barganhas. E estas barreiras, que já eram enormes antes do golpe, serão agigantadas após as contra-reformas radicais que o governo Temer está aprovando.
Em vez de limitar nossa ação política ao voto, não seria mais produtivo – e muito mais fascinante – lutar por uma transformação de todo o sistema político? Não seria possível desejar a reinvenção da democracia, hoje em crise não só no Brasil, mas no mundo todo?
Na última semana, um conjunto de movimentos sociais que acredita nesta hipótese voltou a se articular, depois de três anos. Chama-se Plataforma pela Reforma Política. Realizou, em 2014, um plebiscito informal sobre o tema, do qual participaram 8 milhões de pessoas. Esteve desarticulado, devido às tempestades que marcaram a cena nacional. Voltou a se reunir num seminário em Brasília, do que participaram dezenas de ativistas, de todo o país. A retomada certamente tem a ver com os novos tempos que vivemos; com a necessidade de construir, para uma situação de exceção, respostas que não sejam banais, que não se limitem a depositar um voto em urna.
Durante três dias, os integrantes da Plataforma pela Reforma Política reviram e atualizaram o leque de propostas que construíram há quatro anos. Em breve, os resultados serão apresentados à sociedade. Debate-se a hipótese de construir um decálogo, que reúna as posições mais impactantes.
As propostas da Plataforma abrangem cinco aspectos: promoção da Democracia Diretaconstrução de instrumentos de Democracia Representativamudanças radicais no Sistema de Representaçãodemocratização da mídiademocratização do Judiciário. Vamos apresentá-las, ponto por ponto. Começaremos pela Democracia Direta.
Há uma enorme lacuna aqui – e ela diz muito sobre o sequestro da democracia. Em 1988, sob intensa mobilização popular, a Constituição estabeleceu, já em seu artigo 1º: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes ou diretamente”. Mas os deputados e senadores demoraram dez anos para regulamentar este princípio. E quando o fizeram, em 1998, por meio da Lei 9709, bloquearam de maneira grotesca os três instrumentos mais clássicos de Democracia Direta.
Segundo a Lei 9709plebiscitos e referendos só podem ser convocados… pelo próprio Congresso Nacional. Ou seja, a democracia direta, prevista expressamente na Constituição, foi submetida à vontade dos deputados e senadores. E a própria proposição de leis de iniciativa popular exige uma quantidade fantástica de apoios. 1% do eleitorado, ou 1,4 milhão de eleitores. É mais do que o dobro do que se exige para formar um novo partido político. E isso para propor uma única lei.
A Plataforma pela Reforma Política defende a facilitação dos plebiscitos e referendos. Quer, aliás, torná-los obrigatórios, sempre que se fizer uma emenda à Constituição. Se este princípio estivesse em vigor, a contra-reforma da Previdência e a PEC-241-55, que congelou por vinte anos os gastos públicos, jamais seriam aprovadas.
Na reunião da semana passada, discutiu-se, além disso, propor o uso maciço da internet para abrir espaço à democracia direta. Se os cidadãos movimentam sua conta bancária, compram uma casa, reservam passagens para outro lado do planeta online, por que não poderiam apoiar, também via internet, um projeto de lei de iniciativa popular?
Democracia Direta, bloqueada pelos deputados e senadores mas perfeitamente viável hoje, foi apenas um dos temas debatidos no encontro da Plataforma pela Reforma Política. No próximo programa, veremos as proposições para criar mecanismos de Democracia Participativa.
Em seu conjunto, a Plataforma sugere uma reflexão importantíssima às vésperas da greve geral. Não nos iludamos: a simples eleição de um presidente mudará muito pouco. Mas ao mesmo tempo, não nos conformemos. A mobilização desta sexta expressa o esgotamento de nosso sistema político. É hora de reconstruí-lo, em bases radicalmente nova.
Fonte:Antonio Martins, jornalista, em artigo publicado por Outras Palavras, 26-04-2017.

STF investiga relator da reforma por relação com terceirizada fraudulenta

                                 
                                                     Rogério Marinho (PSDB-RN   

Rogério Marinho (PSDB-RN) é acusado de participar de prestadora de serviços que coagia empregados demitidos a renunciar às verbas rescisórias e a devolver a multa do FGTS.

O relator da Reforma Trabalhista, deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), está sendo investigado em um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento em uma empresa terceirizada que coagia funcionários demitidos a renunciar às verbas rescisórias e a devolver a multa do FGTS. Através das fraudes, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a companhia se apropriou ilegalmente de R$ 338 mil devidos a mais de 150 trabalhadores.
O inquérito 3386 aponta indícios de que o deputado federal mantém sociedade com Francisco das Chagas de Souza Ribeiro, responsável pela gestão da PreserviceRecursos Humanos. A Preservice é uma tradicional fornecedora de mão de obra terceirizada – porteiros, faxineiros e cozinheiros – para o poder público em Natal, capital do estado do relator. A suposta atuação de Rogério Marinho para favorecer o empresário em licitações é um dos objetos da investigação, que levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a pedir, em 2015, a quebra do sigilo bancário do deputado.
“Não mantenho quaisquer vínculos com a empresa Preservice Recursos Humanos Ltda, não possuindo, portanto, responsabilidades trabalhista e societária relativas a essa empresa”, afirmou o deputado. 
Em seu relatório sobre a reforma, Marinho propõe diminuir o pagamento do FGTS e das verbas rescisórias, justamente os itens fraudados pela empresa. O deputado também afirma que o seu trabalho de relatoria “não guarda relação com interesses específicos defendidos por quaisquer empresas ou grupos empresariais”.
Durante anos, a Preservice prestou serviços à Secretaria de Educação de Natal. Em data próxima ao término de um contrato com a secretaria, em 2012, os empregados foram convocados ao escritório da empresa e avisados de que seriam demitidos. Foi dito na ocasião que, para serem recontratados por uma das terceirizadas que passariam a atender o município, eles teriam que devolver o valor correspondente à multa de 40% do FGTS – o que foi feito por 118 trabalhadores.
Segundo o MPT, a Preservice também obrigou 161 empregados a assinarem a demissão com data retroativa. A fraude serviu para burlar o pagamento do aviso prévio não trabalhado. A empresa foi condenada pelas práticas, flagradas originalmente por auditores fiscais do Ministério do Trabalho. Em dezembro de 2016, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a sentença que demanda da Preservice, pelas fraudes, uma indenização de R$ 500 mil por danos morais.
Contada pela reportagem por e-mail e telefone, a Preservice não enviou resposta até o fechamento desta matéria. Francisco das Chagas não foi localizado pela reportagem para se pronunciar.
Além de problemas trabalhistas, representantes da empresa são processados por supostamente participarem de um cartel que fraudava licitações. No inquérito em trâmite no STF é citado o depoimento à Polícia Federal de uma sindicalista presa pelo envolvimento nas fraudes. Ela relatou conversas com Francisco das Chagas, na qual o empresário teria explicado a atuação de Rogério Marinho para favorecer seus negócios em contratos com a Secretaria Municipal de Educação. A investigação também destaca que Francisco das Chagas teria participado de campanhas do político, e que um de seus filhos teria trabalhado no gabinete do deputado quando ele era vereador na capital potiguar.

Multa do FGTS pela metade na demissão

Mudanças no pagamento do FGTS, das verbas rescisórias e do dano moral integram a proposta de Rogério Marinho para alterar a lei trabalhista. Em seu substitutivo, o deputado propõe o pagamento de apenas metade do aviso prévio e da indenização do FGTS se o contrato de trabalho for extinto de comum acordo entre patrões e empregados. Segundo ele, “a medida visa a coibir o costumeiro acordo informal, pelo qual é feita a demissão sem justa causa para que o empregado possa receber o seguro-desemprego e o saldo depositado em sua conta no FGTS, com a posterior devolução do valor correspondente à multa do Fundo de Garantia ao empregador”.
O deputado também propõe que indenizações por dano moral sejam proporcionais ao último salário do funcionário. A ausência de critérios objetivos na fixação dessas indenizações, diz ele, traz insegurança jurídica e pode gerar valores que inviabilizem empresas.
Centrais sindicais criticam a mudança. Através de nota, a Central Única dos Trabalhadores afirma que as rescisões de suposto comum acordo inviabilizam o acesso ao seguro-desemprego. A CUT também alega que vincular o dano moral ao salário do trabalhador impõe limites rebaixados para condenações.

Terceirização sem responsabilidade

Em 2012, Rogério Marinho assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte e foi um dos idealizadores do Pró Sertão, programa estadual para a criar oficinas de costura terceirizadas no interior estado. O Pró Sertão oferece treinamento e incentivos para empresários locais abrirem negócios na área. A Guararapes Confecções, do grupo Riachuelo, é a principal contratante dessas empresas. Ela doou R$ 20 mil reais para a última campanha do político potiguar, em 2014, ao cargo de deputado federal.
Em 2015, a Repórter Brasil foi ao interior do Rio Grande do Norte e identificou funcionários recebendo abaixo do salário mínimo na produção de roupas para a Guararapes. Em processos movidos por ex-empregados contra oficinais de costura da região – muitas fecham as portas deixando salários atrasados e sem pagar os direitos trabalhistas –, a Guararapes por vezes também é acionada para arcar com os débitos.
É a chamada responsabilidade subsidiária. Ela prevê que empresas tomadoras de serviços arquem com o pagamento de dívidas trabalhistas quando o empregador original assim não o fizer.
A proposta de reforma trabalhista de Rogério Marinho, no entanto, insere um artigo na CLT prevendo que os negócios entre empregadores da mesma cadeia produtiva, ainda que em regime de exclusividade, não caracterizam a responsabilidade solidária e subsidiária de débitos e multas – aprofundando as mudanças já aprovadas na nova lei da terceirização ampla. A medida, segundo o relatório do deputado, traz “segurança jurídica às partes envolvidas”.
Procurada pela Repórter Brasil, o grupo Riachuelo não encaminhou resposta até a publicação desta matéria. Tão logo tenha o seu posicionamento e o da Preservice, atualizará este texto com a introdução de ambos.
Sobre sua relação com a empresas por conta da doação, o deputado Rogério Marinho afirmou à Repórter Brasil: “minha atividade parlamentar compreende, entre tantas funções, a intermediação entre agentes públicos, conversas, debates e visitas a fim de defender interesses públicos e transparentes, não devendo ser desvirtuada do seu real contexto para servir a interesses obscuros e esforços moralmente inaceitáveis para prejudicar a modernização das leis trabalhistas”.
Para Renato Bignami, auditor trabalhista e doutor em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Universidade Complutense de Madrid, essa mudança proposta pela Reforma Trabalhista irá dificultar a responsabilização de empresas que terceirizam seus serviços.
“É uma fórmula injusta. Ela tratará de forma muito assimétrica empresas muito desiguais. No setor de confecções, por exemplo, você tem na mesma cadeia produtiva desde multinacionais extremamente poderosas até facções de costura que mal conseguem pagar o salário dos seus funcionários”, avalia.
Fonte: A reportagem é de André Campos e Piero Locatelli e publicada por Repórter Brasil, 26-04-2017.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Odebrecht entrega extratos com propina de US$ 65 milhões acertada com Temer

                                   





Os comprovantes são de uma propina que delatores dizem ter sido acertada depois de uma reunião com o então candidato a vice e os ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e Henrique Eduardo Alves, todos do PMDB, em 2010. É mais do que os US$ 40 milhões supostamente negociados na reunião com Temer e que já eram de conhecimento com base em informações dos executivos da empresa.




Delator da Odebrecht diz que Temer comandou reunião para garantir US$ 40 milhões ao PMDB (Crédito: )
Política

Delator da Odebrecht diz que Temer comandou reunião para garantir US$ 40 milhões ao PMDB

O ex-executivo Marcio Faria disse que outros peemedebistas, como Eduardo Cunha, participaram do encontro. O presidente disse em nota que a narrativa de Faria é um 'mentira absoluta'.
Fonte: radio CBN

terça-feira, 25 de abril de 2017

Bispo do Sul Fluminense conclama fiéis para paralisação nacional do dia 28

                    Em vídeo, Dom Biasin diz que “causa é justa”. Dom Orani não se manifestou
                       
                                 

Rio - O bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, no Sul Fluminense, Dom Francisco Biasin, está divulgando um vídeo em redes sociais, no qual conclama os fiéis das 30 paróquias de 12 municípios da região para participarem da paralisação geral contra as reformas proposta pelo governo Michel Temer, marcada para a próxima sexta-feira, dia 28.

A Igreja Católica vem se posicionando de forma crítica em relação as reformas trabalhistas e da Previdência. O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, ainda não se pronunciou sobre o assunto, segundo sua assessoria.
“No dia 28, vamos participar, clamando por justiça. Trata-se de um uma causa justa: defender os direitos adquiridos. Defender o direito à vida e a dignidade. Vamos mostrar aos governantes a nossa indignação com as reformas impostas à população, sem diálogo com a sociedade civil organizada”, diz Biasin no vídeo. “Participar da paralisação nacional é um ato de coragem, e uma forma nobre de exercer a cidadania e o autêntico patriotismo. Procure em suas cidades como estão se organizando e, sobretudo, participe”, completa o bispo.
A Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), que já havia se declarado publicamente contrária às mudanças na aposentadoria, também apoia a greve geral planejada para sexta-feira no Brasil. O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, também divulgou um vídeo nesta terça-feira conclamando a população para protestar.
“Queridos irmãos e irmãs, homens e mulheres de boa vontade, convoco a todos para que participem no dia 28 de abril, da grande manifestação contra as reformas trabalhistas e da Previdência Social”, apelou dom Saburido, alegando que a classe trabalhadora “não pode perder direitos arduamente conquistados, com intensa participação democrática”, sem debates profundos com a classe trabalhadora.
Fonte: O Dia

MPF pede retorno de mulher de Cabral para a prisão preventiva


                                


O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que determine o retorno da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo ao regime de prisão preventiva.
Investigada na Operação Calicute, Adriana foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa liderada pelo marido, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso. A ex-primeira-dama cumpre atualmente prisão domiciliar concedida pela 7ª Vara Federal Criminal, sob a alegação de que tem filhos menores de 12 anos.

O parecer da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2), que será julgado nesta quarta-feira (26) pela 2ª Turma do TRF2, reforça recurso da força-tarefa da Lava Jato no Rio e destaca que as causas que originaram a prisão de Adriana não somente permanecem inalteradas como também ganharam robustez com o prosseguimento das investigações, não havendo razões para conversão da prisão preventiva em domiciliar.

Para a procuradora regional da República, Mônica de Ré, a prisão preventiva é essencial para encerrar a prática de lavagem de dinheiro, crime usualmente cometido com o uso de telefone e acesso à internet.
“Apesar das medidas de precaução determinadas, vedando o acesso a meios de comunicação, a difícil fiscalização do cumprimento torna evidente o risco de ela acessar e movimentar o patrimônio oculto por Cabral”, argumentou.

Ainda de acordo com o parecer, o próprio TRF2 apontou, em manifestação anterior, que o benefício não alcançaria a ré, tanto pelo fato de ter viajado diversas vezes sem os filhos, quanto pela gravidade de sua conduta.
A PRR2 defende ainda que a conversão em prisão domiciliar afronta o princípio da isonomia, que defende que todos são iguais perante a lei, “já que há milhares de outras mulheres com filhos detidas e que não foram favorecidas da mesma forma”.

Defesa
Sobre o recurso do MPF-RJ, o advogado Alexandre Lopes  disse que a ex-primeira-dama refuta as acusações. "Ela nega que tenha participado de qualquer organização criminosa e acredita que no curso da instrução criminal até o final do processo conseguirá demonstrar a improcedência das acusações".
A defesa disse que, no julgamento que ocorrerá amanhã (26), Adriana Ancelmo não deve retornar para a prisão preventiva, “porque a lei processual penal determina que a presa, mãe de filho menor de 12 anos tem direito a aguardar o desfecho de sua causa em prisão domiciliar”, afirmou.
Segundo Lopes, o que foi aplicado a Adriana Ancelmo foi a lei. “Na verdade, quem não se conforma com a decisão da Justiça é o Ministério Público, por isso recorreu. Então, amanhã haverá o julgamento. Os procuradores da República vão falar primeiro sustentando o recurso e, em seguida, a defesa contra-arrazoa oralmente o recurso do Ministério Público.”
Fonte: Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

Políticos: "Todos farinha do mesmo saco"

Odebrecht mostra que todos políticos são "farinha do mesmo saco", ao citar o presidente Temer e cinco ex-presidente, "Sarney, FHC, Collor, Lula e Dilma"


                           

Falar que existe algum político honesto no Brasil na altura deste campeonato, seria uma ignorância na minha opinião, tanto que a própria delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht deixou bem claro como é feita à política no Brasil. Segundo as notícias que mais bomba  na imprensa e na redes sociais nos últimos dias, sem sobra de duvida é a lista do relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edison Fachin, que envolveu pelo menos 415 políticos de 26 dos 35 partidos legalmente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo que o PT (Partidos dos Trabalhadores), encabeça a lista com 93, o maior número de políticos citados nos depoimentos.Seguidos de perto pelos que dão sustentação ao governo de Michel Temer: PMDB e PSDB - Cada um com 77 membros citados pelos delatores.

De acordo com jornal O Globo, PT, PMDB e PSDB que são os três maiores partidos do Congresso e que chegam à representar as três mais importantes elites política do País. Só para se um ter uma ideia meus amigos eleitores - Juntos, ele representam cerca de 59% dos políticos enredados nas delações da maior empreiteira do País, a Odebrecht. Isso é o que vem mostrando o levantamento feito pelo jornal do Estado de S.Paulo, e com todas 337 petições de investigações feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhadas ao ministro Edson Fachin.

Para eu chegar nesta conclusão meus amigos, que todos políticos no Brasil são "farinha do mesmo saco", e só dar uma olhada nos relatos dos delatores que citaram as principais lideranças desses partidos, que chegaram ao ponto em citar o próprio presidente da República, Michel Temer, e mais cinco ex-presidentes: José SarneyFernando CollorFernando Henrique CardosoLuiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Fonte: Eleitor News  Por Leandro Veras