sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"Vou ligar para Alckmin e dizer: limpe as gavetas!"

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Com a presença de Lula e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ex-prefeito de Osasco é lançado candidato a presidente do PT de São Paulo; ato que acontece agora, no centro da capital, abre luta entre o partido e o PSDB pelo governo do Estado; "Geraldo Alckmin está no poder há vinte anos e não mostrou ao que veio", disse Emídio de Souza; "Essa incompetência irá ao julgamento das urnas"; transportes, violência e saúde serão os temas principais em debate; franco favorito a assumir a presidêcia do PT paulista, Emídio quer um empresário como vice do futuro candidato Padilha

Diante de um auditório lotado por mais de mil militantes do PT, o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza elogiou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como "um cara que está muita vontade de ganhar a eleição". Para defender a presença de um empresário de fora do PT na chapa que será encabeçada do Padilha ao governo de São Paulo, Emídio fez uma lembrança: "Você tem uma coisa que o presidente Lula falou em 2008: 'eu náo vou disputar eleição para ter 35 por cento dos votos, mas para ter mais de 50 por cento". Apoiado nessa memória, o candidato lançado na noite desta sexta-feira 27 à presidência do PT em São Paulo defendeu a participação de um empresário na chapa do partido. Emídio de Souza é franco favorito a vencer a disputa no partido, que terá o voto direto dos militantes.

Após elogiar Padilha e Lula, Emídio passou a bater duro no PSDB. "Um partido que em 20 anos de poder construiu em média 1,7 quilômetro de metrô por ano, não tem competência para governar São Paulo". Ele fez uma comparação, dirigindo-se a Lula. "A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) foi criada 27 anos atrás, em São Paulo, tendo construído 550 mil unidades habitacionais. O Minha Casa, Minha Vida, criado pelo senhor, quatro anos atrás, terá feito este ano 3 milhões de residências". Emídio separou o volume de moradias populares criadas pelos tucanos em São Paulo, nos últimos 20 anos, e as unidades do Minha Casa instaladas apenas no Estado. "Eles construíram 20 mil casas por ano. Nós, 90 mil".

Emídio afirmou ter tanto apoio dentro do partido que tem medo de perder a eleição."Se eu perder, é porque sou muito ruim", ironizou. Em seguida, pediu o voto do ex-presidente Lula e do ministro Padilha. Coordenador da campanha do hoje ministro da Educação, Aloízio Mercadante, ao governo de São Paulo em 2012, Emídio contou que foi incumbido pelo candidato de telefonar ao então candidato a governador Geraldo Alckmin para cumprimentá-lo para a vitória. "No ano que vem, Padilha, quero que você me deixe ser o primeiro a ligar para ele de novo. Para que eu possa dizer: Alckmin, comece a limpar as gavetas já"

Abaixo, notícia anterior:

247 - Às 20h22, sob os gritos de 'olê, olá, Lula, Lula", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco montado na Casa de Portugal, no centro de São Paulo, onde está sendo lançada a candidatura do ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza à presidência estadual do partido, no dia 10 de novembro. Antes dele, também em clima de festa, foi recebido o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, virtual candidato do partido ao governo do Estado, em 2014.

"Padilha deverá deixar o ministério entre o final deste ano e o inicio do próximo, não ser muito mais para a frente que isso", disse Emídio, franco favorito a vencer as eleições internas do PT. "A presidente Dilma pediu para Padilha ficar até a implantação do programa Mais Médicos. Depois disso, é entrar trabalhar em São Paulo", completou. Para ele, as funções de ministro iriam congestionar a agenda do futuro candidato.

Nos primeiros discursos, prefeitos e deputados do partido frisaram que 2014 vai representar a melhor chance de o PT ganhar o governo de São Paulo. "Os tucanos estão cansados", disse o dirigente Gerson Bitencourt. "Além disso, estão mergulhados num mar de lama". A corrupção à volta das multinacionais Alstom e Siemens, no setor de transporte público do Estado, sem dúvida, como já se vê, será uma tecla muito batida na campanha do PT.

O presidente estadual do PT, Edinho Silva, afirmou que "nada é mais importante para nós do que construir a candidatura do Padilha em São Paulo". Ele lembrou que o partido tem 686 vereadores em 356 municípios paulistas. O partido só não tem diretórios em quatro cidades paulistas. "Vou convocar a nossa executiva para entregar a você, Emídio, o partido organizado em todos os municípios paulistas".

Abaixo, notícia anterior:

Marco Damiani _247 – Cercado por quase uma dezena de jornalistas, e com um auditório lotado por cerca de mil pessoas a esperá-lo, o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza antecipou no início desta noite de sexta-feira 27, na Casa de Portugal, no centro da capital paulista, o tom que o PT irá adotar na disputa pelo governo do Estado mais rico da Federação, São Paulo com seu orçamento inferior apenas ao da União: é de ataque frontal ao PSDB e seu virtual candidato à reeleição.

O PT batizou de PED 2013 - Processo de Eleições Diretas -- o calendário de eleições diretas para todas as instâncias de presidência da legenda, do diretório nacional aos estaduais e municipais. Os estrategistas do partido acreditam que essas eleições irão mobilizar a militância e esquentar as baterias para as disputas do próximo ano.

"Geraldo Alckmin entrou para o governo de São Paulo em 1º de janeiro de 1995, junto com o Mario Covas", lembrou Emídio, momentos antes de ter seu nome lançado oficialmente como candidato a presidente do PT de São Paulo. "Alckmin é, portanto, responsável por toda essa incompetência que o PSDB praticou em São Paulo".

Além da platéia formada por militantes de dezenas de diretórios do partido, sindicalistas e parlamentares, Emídio terá ao seu lado o ex-presidente Lula e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que às 19h25 era aguardados para participar do ato político. O ex-prefeito de Osasco por três vezes é franco favorito para ganhar as eleições internas no PT.

Para Emídio de Souza, o partido deverá conduzir a campanha eleitoral do próximo ano sobre dois eixos: destacar o perfil de realizador do ministro Padilha, que já conta com o apoio da maioria da legenda para sair candidato, e bater duro na administração tucana e no governador Alckmin.

"Não dá para Alckmin dizer que não tem a ver com os esquemas montados pelos governo tucanos em São Paulo. Ele é peça central de tudo isso", desferiu o futuro presidente estadual do PT. "Um governo de 20 anos que faz 1,4 quilômetro por ano, que não conseguiu resolver a situação da saúde pública no Estado e não soube fazer parcerias para o desenvolvimento, não merece continuar. É essa incompetência que estará em julgamento nas urnas".

O candidato está animado. "OPT só tem tem crescido", contabiliza. "Tivemos 28% com o Genoíno em 2008 e, em seguida, 32% e 35% com o Mercadante. Nas últimas eleições, crescemos muito nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas. O que falta é nos enraizarmos mais nas cidades com menos de 40 mil habitantes".

Emídio já defende a participação de um empresário na futura chapa de Padilha. "São Paulo é um Estado que liderava o País e ficou para trás. Temos de retomar o protagonismo. Nada melhor, para isso, do que termos um vice que represente esse empresariado que quer fazer São Paulo voltar a crescer", agregou.

Fonte: Brasil247

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