quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Professores e prefeitura do Rio tentam um consenso

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A principal proposta da prefeitura da capital fluminense nivelar o valor hora/aula dos docentes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com os do 6º ao 9º, o que implicará num investimento de R$ 3 bi; mas os docentes alegam que a medida beneficia apenas 7% da categoria e são contrários à votação em regime de urgência


Após reunião com os 32 vereadores do Rio, o secretário da Casa Civil da cidade do Rio, Pedro Paulo Carvalho, anunciou nesta terça-feira (24) que a prefeitura decidiu alterar o plano de cargos e salários dos professores. A proposta deverá ser votada ainda nesta semana pela Câmara dos Vereadores em regime de urgência. A principal mudança consiste no nivelamento do valor hora/aula dos docentes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com os do 6º ao 9º, o que implicará num investimento de R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, beneficiando 40 mil profissionais de acordo com o dirigente.

No entanto, o impasse entre professores e prefeitura não está totalmente resolvido. Isso porque o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) alega que o benefício atinge somente 7% da categoria, que explica, por exemplo, o porquê de os magistrados não quererem a votação em regime de urgência. "É um projeto de destruição da nossa carreira", declarou coordenadora do Sepe, Susana Gutierrez, ao G1 Rio de Janeiro.

Após a Prefeitura do Rio afirmar, por meio de nota, que não haverá mais reuniões com a categoria diante de uma postura "partidarizada e instrasigente" do Sepe, diretora do sindicato Ivanete Conceição rebateu: "O desrespeito está representado aqui na base do governo. A prefeitura foi intransigente, não nós", disparou.

Por sua vez, o vereador oposicionista Reimont (PT) disse que a oposição atuará de duas formas. "Enquanto apresentamos um substitutivo (na Câmara Municipal), que não retira o projeto do regime de urgência, vamos tentar entrar com uma liminar na justiça para impedir que ele seja votado, questionando a constitucionalidade do projeto", afirmou.

Diante do impasse, vale ressaltar que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) derrubou a liminar do Sepe, cuja finalidade era impedir o desconto salarial dos professores da rede estadual que faltaram por conta da greve. Os desembargadores também mantiveram multa de R$ 300 mil por dia de falta ao sindicato.

Por outro lado, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Educação, somente 662 dos 91 mil servidores da rede faltaram ao trabalho. A categoria pede reajuste salarial de 28%, enquanto o governo ofereceu 8%. Outras reivindicações são a atuação de professores em apenas uma unidade escolar e respeito ao plano de carreira.

Fonte: Rio247




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