domingo, 23 de junho de 2013

Justiça nega pedido de mais um acusado por atos de vandalismo após protestos

Delegado solicitou prisão temporária por cinco dias


Integrante de um grupo provoca manifestantes na Avenida Presidente vargas
Foto: Vera Araújo (20/06/2013) / Agência O Globo
Integrante de um grupo provoca manifestantes na Avenida Presidente vargas Vera Araújo (20/06/2013) / Agência O Globo

RIO - A Justiça negou o pedido de prisão temporária do administrador de empresas Gabriel Campos Pessoa de Mello, de 29 anos, por envolvimento na confusão que marcou o início dos confrontos e atos de vandalismo na noite de quinta-feira, em frente ao prédio da Prefeitura do Rio. O pedido de prisão foi feito no plantão judiciário, no início da madrugada, pelo delegado-adjunto da 5ª DP (Mém de Sá), Antônio Bonfim.
O administrador foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de lesão corporal, ameaça, dano ao patrimônio, incitação ao crime e formação de quadrilha. No inquérito encaminhado ao Ministério Público e à Justiça a polícia anexou fotos que mostram Gabriel armado com pedaço de ferro na mão, em luta corporal com outros homens e também afrontando policiais militares a cavalo que faziam a proteção do prédio da prefeitura. Na noite de sábado, acompanhado de seis advogados, Gabriel prestou depoimento na delegacia e alegou que se envolveu em brigas para se defender.
Este é o sétimo pedido de prisão temporária de cinco dias negado pela Justiça desde quarta-feira. O único pedido concedido foi o de Arthur dos Anjos Nunes de 21 anos, por participação nos atos de vandalismo durante a manifestação de segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele foi indiciado pela e teve a prisão decretada pela Justiça por formação de quadrilha e dano ao patrimônio depois de ser identificado pela polícia em imagens tentando invadir o prédio da Alerj.
No sábado, a Justiça já havia negado o pedido prisão temporária de cinco homens que apareceram, segundo informações da 5ª DP (Mem de Sá), em atitudes criminosas durante a manifestação em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio, onde foram reunidas cerca de 100 mil pessoas na última segunda-feira. A solicitação foi feita na noite de sexta-feira, com base em imagens registradas e em sequência de fotos e frames de vídeos.
Segundo a polícia, um dos homens aparece tentando quebrar a janela do prédio da Alerj com uma cadeira; outro, com um coco na mão, fez parte de grupo que agrediu um policial militar; e outro picha a parede da assembleia. Outros dois estimulam os vândalos com garrafa e coco nas mãos. O protesto terminou em pancadaria depois que um grupo se dispersou e começou a depredar prédios e estabelecimentos comerciais na região da Rua Primeiro de Março e Avenida Presidente Antônio Carlos, onde fica o Palácio Tiradentes.

Fonte: O Globo

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