Já os manifestantes associados desde o início ao questionaram a representatividade do grupo que participou da reunião com Cabral e os secretários Sérgio Côrtes (Saúde), Wilson Risolia (Educação) e Wilson Carlos (Governo).
“É uma representação muito estranha. A maioria dessas pessoas nem chegou a passar uma noite no acampamento. Até o nome do grupo (“Somos o Brasil”) é parecido com o slogan (“Somos um Rio”) usado na última campanha eleitoral do PMDB” , disse o ator Zeca Richa, 27, em uma referência ao tema de reeleição do prefeito Eduardo Paes, aliado político de Cabral.
Richa participou do início da ocupação na calçada do Leblon, assim como o colega Pedro Casarin, 26. Ambos já abandonaram o acampamento.
“Acabei saindo porque fui ameaçado enquanto estava por lá”, afirmou Casarin, sem detalhar o episódio.
Estudante de história, Bruno Cintra, 29, segue acampado na Delfim Moreira. Vinte pessoas ainda permanecem nas calçadas do Leblon.
“Estão tentando manipular a situação dando espaço a um grupo falso de manifestantes”, acusou Cintra.
Após o encontro com o governador, Eduardo Oliveira, um dos cinco integrantes do “Somos o Brasil”, fez um rápido pronunciamento e se retirou sem responder as perguntas dos jornalistas.
“Viemos hoje aqui para abrir um canal de comunicação com o senhor governador. Vamos fazer uma pauta [de reivindicações] que será entregue ao senhor governador”, disse Oliveira.
Procurada pela Folha, a assessoria de Sérgio Cabral não se pronunciou sobre o encontro com os jovens do “Somos o Brasil”.
Marcelo Sayão/Efe | |
Acampamento montado por manifestantes perto da casa do governador Sérgio Cabral, no Rio |
Fonte: Folha.com.br
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