segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dilma se encontra com líderes do Passe Livre, governadores e prefeitos nesta segunda-feira

Presidente vai discutir temas ligados à mobilidade urbana; movimento divulgou carta aberta em que diz estar surpreso com convite

 
Rio de Janeiro - Manifestantes fazem protesto em Copacabana contra a PEC 37
Rio de Janeiro - Manifestantes fazem protesto em Copacabana contra a PEC 37 - Yasuyoshi Chiba/AFP
Após duas semanas protestos pelo Brasil, a presidente Dilma Rousseff se reúne na tarde desta segunda-feira com governadores e prefeitos das capitais do país, além de líderes do Movimento Passe Livre (MPL) que organizaram as manifestações, para discutir a mobilidade urbana nas principais cidades do país.
Às 14h, a presidente encontra os membros do MPL, que apresentaram nesta segunda-feira de manhã uma carta aberta em que dizem estar surpresos com o convite. O documento fala ainda sobre os investimentos do governo federal em transportes privados e diz que o movimento continuará nas ruas contra os aumentos na tarifa. “Mais do que sentar à mesa e conversar, o que importa é atender às demandas claras que já estão colocadas pelos movimentos sociais de todo o país”.
Já às 16h, é a vez de Dilma se encontrar com 26 prefeitos de capitais e 27 governadores. Antes da reunião, os prefeitos devem participar de uma reunião na sede da Frente Nacional de Prefeitos.
Discurso - Na última sexta-feira, Dilma fez um pronunciamento em cadeia nacional e disse que seu governo está "ouvindo as vozes democráticas que pedem mudanças". “Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia", afirmou.
Depois do discurso, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Fortaleza tiveram manifestações neste final de semana.

Dia 13 de junho, Theatro Municipal

Policial militar atinge cinegrafista com spray de pimenta durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte urbano em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo
O mais violento dos protestos até agora começou no Theatro Municipal, centro de São Paulo. A macha era pacífica, mas  terminou com quebra-quebra e centenas de feridos na Rua Augusta, Rua da Consolação e imediações da Avenida Paulista - que teve o acesso bloqueado pela Polícia Militar (PM). A Tropa de Choque, a Força Tática e até a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) agiram para evitar que os cerca de 5.000 manifestantes travassem o trânsito na Paulista. A PM usou balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes, jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos. Pessoas que tentavam deixar o trabalho ou chegar em casa na região também ficaram feridas, assim como doze policiais. Vândalos, mais uma vez, depredaram 47 ônibus. A PM deteve 234 pessoas e quatro foram presas, além de coquetéis molotov. O ato ocorreu após o governo do estado e a prefeitura negaram proposta de suspensão do reajuste da tarifa por 45 dias em prol de uma trégua nos protestos - a tentativa surgira em reunião entre Passe Livre e Ministério Público Estadual, um dia antes. No Rio, houve confronto entre policiais e manifestantes na Avenida Rio Branco, no centro, também pelo aumento de 20 centavos no preço da passagens dos ônibus municipais.

Fonte: Veja

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