domingo, 22 de abril de 2012

“O povo unido jamais sera vencido”, contra corrupção


22/04/2012 - 09:00h

No Rio, a Praia de Copacabana foi palco da marcha contra corrupção



Com o tradicional brado “O povo unido jamais sera vencido”, um grupo formado principalmente por jovens liderou a marcha contra a corrupção pela Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Com apitos, nariz de palhaço, cartazes e faixas, os manifestantes pediram a moralização da política e o fim dos desvios de dinheiro público.
Um dos organizadores do movimento, Eric Chendo, disse que entre as principais reivindicações dos manifestantes estão o fim do voto secreto no Congresso Nacional e a tipificação da corrupção como crime hediondo. “O povo está cansado da corrupção, temos que dizer um basta. Esse é um pequeno passo para a gente se mobilizar e filtrar nossos políticos. A ficha limpa foi um começo, mas ainda temos muito a fazer”, disse ele, que se mostrou satisfeito com a adesão dos cariocas à marcha, mesmo em um feriado e com tempo nublado.
Segurando um espanador, a dona de casa Sônia Novaes, de 45 anos, disse que decidiu se juntar à passeata por estar casada de ver “tanta roubalheira” e impunidade. “É preciso limpar o Brasil, porque a corrupção está demais. Chega de roubo, é uma vergonha . A justiça para os políticos é sempre diferente do que é para o resto da população”.
A estudante Taiane Caroline, de 21 anos, que pintou o rosto de verde e amarelo, acreditar no poder de mobilização dos jovens. “A gente vê que os políticos só pensam em gastar o dinheiro do povo. A gente paga os impostos e não vê as soluções acontecerem. Nós, os jovens, temos que nos mobilizar porque representamos a chance de melhorar isso tudo”.
A musicoterapeuta Luciana Louzada, de 47 sete anos, fez questão de levar o filho Ian, de 8 anos, para o protesto. "Temos que implantar uma consciência desde cedo para ver se alguma coisa muda, porque a gente não pode mais aceitar as coisas como estão. A roubalheira é grande, todo mundo sabe, mas a impunidade continua”, contou.
Esse também foi o sentimento que levou a aposentada Bete Acerbe, de 78 anos, a participar do protesto. Ela contou que estava caminhando no calçadão de Copacabana no início da tarde quando viu a movimentação. “Fui em casa rapidinho, me arrumei, improvisei um cartaz e vim marchar. Todo mundo tem que fazer a sua parte. Se todo mundo cobrar, pode ser que alguma coisa mude”, disse, carregando uma cartolina branca escrita a mão em que pedia o fim da corrupção.
A passeata foi acompanhada pela polícia militar. Os policiais seguiram os manifestantes a pé e com o apoio de quadriciclos e carros de patrulha. A PM não divulgou estimativa do número de pessoas que participaram do protesto.
Fonte:
 Protesto contra a corrupção termina com balas de borracha na Paulista
A Marcha Contra a Corrupção ocorrida neste sábado, 21, na Avenida Paulista terminou em confusão. Perto do fim do ato que reuniu cerca de 1.500 pessoas, segundo estimou a Polícia Militar, alguns manifestantes tentaram interditar as vias da Paulista, em ambos os sentidos. A polícia precisou intervir com bombas de efeito moral e balas de borracha. Não há registro de feridos.
Segundo a PM, duas pessoas foram detidas e levadas ao 8ª DP.
Marcha Contra a Corrupção

Polícia interviu com bombas de efeito e balas de borracha para impedir que manifestantes interditassem a Avenida Paulista MARCIO FERNANDES/AE
O protesto de combate à corrupção centrou suas reivindicações pela demora do STF em julgar o mensalão, o maior escândalo da Era Lula. Os manifestantes usaram duas faixas da rua, em frente ao Masp, para fazer um banner humano, com os dizeres "SOS STF" como cobrança à Corte.
A organização do movimento salientou que as pretensões eram de um ato pacífico e apartidário. O protesto foi realizado com uma marcha, realizada também em outras 78 cidades do País, como Brasília e Rio de Janeiro. O movimento vem recolhendo assinaturas em favor da agilidade da votação, para então levá-las a uma reuniâo marcada com o relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowisky, no próximo dia 25.

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     Fonte: Ricardo Chapola - estadão.com.br

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