O líder cubano Fidel Castro afirmou que a "oligarquia nunca conseguirá"
retornar ao governo da Venezuela e advertiu que "um erro" do presidente
americano, Barack Obama, em sua política em relação a esse país pode mergulhá-lo
em um "rio de sangue", segundo um artigo publicado neste sábado.
"A oligarquia nunca conseguirá governar novamente esse país. Por isso é
preocupante que o Governo dos Estados Unidos tenha decidido em tais
circunstâncias promover a queda do Governo bolivariano", disse Fidel, em sua
coluna de opinião "O que Obama sabe", publicada pela imprensa local.
O ex-presidente cubano destacou que "um erro de Obama, em tais
circunstâncias, pode gerar um rio de sangue na Venezuela", e que "o sangue
venezuelano, é sangue equatoriano, brasileiro, argentino, boliviano, chileno,
uruguaio, centro-americano, dominicano e cubano".
"Precisamos partir desta realidade, ao analisarmos a situação política da
Venezuela", acrescentou o líder, de 85 anos, que se afastou do poder em julho de
2006 por razões de saúde.
Ele ressaltou às vésperas das eleições presidenciais de 7 de outubro na
Venezuela, nas quais o presidente Hugo Chávez enfrentará o governador do estado
de Miranda (norte), Henrique Capriles Radonski, que a oposição venezuelana
"intensifica seus esforços destinados a caluniar e atingir" o mandatário.
Nesse sentido, classificou de "mentira grosseira" a "caluniosa campanha de
que na liderança" desse país "existe uma luta desesperada pela tomada do comando
do governo (...) se o presidente não conseguir superar sua enfermidade".
Chávez, de 57 anos, foi operado em Cuba para a retirada de um tumor canceroso
no dia 26 de fevereiro, na mesma área onde em julho do ano passado foi extirpado
um primeiro, e as especulações sobre seu estado de saúde ofuscaram a
pré-campanha eleitoral em seu país.
Fidel disse que, apesar da "inesperada enfermidade", pode garantir que Chávez
não deixou de "cumprir seus deveres de chefe de Estado".
"De sua mente não saem, nem por um minuto, suas obrigações, em ocasiões até
de esgotamento", disse, ao ressaltar que, "no momento, todos os
latino-americanos e de, principalmente," Cuba, "serão afetados pelo processo em
andamento na Venezuela".
Fonte: Pop News
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