Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Metas mínimas, definidas em lei, podem fazer da sustentabilidade
um dos principais requisitos para as compras públicas. Para o coordenador do
Fórum de Lideranças Executivas de Órgãos Federais no Rio de Janeiro (GesRio),
Renato Cader, a obrigatoriedade de aquisição de produtos sustentáveis pode ser o
caminho para vencer a resistência de alguns gestores públicos.
“Não é fácil tentar convencer os gestores públicos. Mas, quando você tem
obrigação de comprar um mínimo, nem que sejam 3% [de itens sustentáveis], já é
um avanço. Se deixar como está, muitos [gestores] ficam na zona de conforto,
alegando que esses produtos são mais caros ou de menor durabilidade”, disse
Cader.
O assunto é um dos temas que estão sendo tratados, em Brasília, no Encontro
sobre Compras Públicas Sustentáveis, considerado parte dos eventos preparatórios
da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20).
Cader liderou o GesRio nas duas compras de produtos sustentáveis
compartilhadas por órgãos como Jardim Botânico, Polícia Federal, Fundação Casa
Rui Barbosa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), Ministério da Fazenda, Fundação
Osvaldo Cruz (FioCruz), Dataprev e Agência Nacional de Cinema (Ancine). “Tivemos
como resultado uma economia de 49,89% na aquisição dos produtos. É muito mais
fácil agora vender a ideia para os outros órgãos públicos. Alguns itens, como
envelope reciclado, nós compramos mais barato que produtos convencionais”,
garantiu.
Edição: Vinicius Doria
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