segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Alerj é cercada com grades para impedir protestos de servidores

Segurança foi reforçada neste domingo; discussão do pacote começa na 4ª.
Alerj informou que cercas custaram R$ 20 mil; Seseg e PM pediram medida.

                                           Grades foram colocadas em volta do prédio da Assembleia neste domingo (13).
(Foto: Nicolás Satriano/G1)
Poucos dias após os protestos de servidores contra o pacote de medidas do Governo do Rio de Janeiro para combate à crise no Estado, o prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foi cercada neste domingo (13). Três carros da Polícia Militar também faziam o patrulhamento na frente do prédio. A sede do Legislativo chegou a ser invadida por manifestantes durante protesto na última terça-feira.
O pedido foi feito na sexta-feira (11) pela Secretaria de Segurança e pelo comando da Polícia Militar à Alerj, que autorizou. A informação foi dada em nota da própria Assembleia.
                                  Carros da PM estão estacionados na frente do  prédio neste domingo (Foto: Nicolás Satriano/G1)
As grades foram colocadas em volta de todo o Palácio Tiradentes, três dias antes de começo da discussão das medidas para sanear as finanças do estado, na próxima quarta-feira (16).
No dia da discussão do pacote, o presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB-RJ) vai receber representantes de seis sindicatos. O encontro está marcado para 12h. O reforço no esquema de segurança da Casa será definido na manhã do dia 16.
O custo da colocação do equipamento foi de R$ 20 mil, e o trabalho está a cargo da empresa de engenharia responsável pelo restauro das fachadas externas do Palácio Tiradentes. A decisão partiu da Controladoria da Alerj.
Na tarde deste domingo, havia três viaturas do Batalhão de Choque, na frente do prédio.
Uma outra estava na parte de trás do edifício. Na tarde deste domingo, ainda era possível circular pela lateral do prédio, na Rua São José, que também estava cercada.
Protestos com tumulto
A semana foi de protestos contra o pacote de medidas do governo do Estado que foi enviado à Alerj. Entre as medidas previstas, estão a suspensão de reajustes salariais já concedidos, o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária, o desconto de 30% dos vencimentos de inativos para reforçar o caixa da Previdência estadual, o corte de gratificações pagas a comissionados, o fim de programas sociais e a extinção de órgãos públicos. Houve repressão da polícia em todos os protestos, menos o de terça-feira (8).
Na última sexta-feira (11), ocorreu o terceiro protesto em uma semana contra a crise financeira do governo estadual e contra a PEC que prevê um teto para os gastos públicos. Por volta das 20h40, começou um tumulto com correria perto da Alerj, depois da chegada de um grupo de mascarados no 
                                          Bombas de gás foram soltas perto da Alerj (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
local, que explodiu artefatos e jogou pedras na direção dos policiais. A polícia também usou spray de pimenta e bombas de efeito moral.
                           Escadaria da Alerj ficou lotada durante protesto dos servidores da segurança do RJ (Foto: Fernanda Rouvenat/ G1)
Três pessoas foram detidas. Às 20h47, o protesto tinha acabado, mas policiais percorriam os arredores do Palácio Tiradentes buscando os mascarados. Várias vias da região foram fechadas durante a passeata.
Na terça-feira (8), servidores da segurança pública do Estado chegaram a invadir a Assembleia Legislativa em protesto contra o pacote. O grupo entoava gritos de guerra como "Uh, é Bolsonaro" e "Ô Picciani, pode esperar, a tua hora vai chegar", em referência ao presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB), que declarou apoio ao pacote do governo do estado contra a crise.
                       Galerias da Alerj foram tomadas por manifestantes na terça-feira (8) (Foto: Leonardo Cardoso/ TV Alerj)
Fonte; G1

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