Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio
de Janeiro - Quase 30% dos domicílios urbanos não tinham acesso aos serviços
básicos de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de
lixo e iluminação elétrica) em 2012. A informação faz parte da Síntese de
Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros,
divulgada hoje (29) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
pesquisa informa também que 93,5% não tinham esgotamento sanitário. Nesse
indicador, os maiores percentuais foram das regiões Norte e Nordeste (95,3% e
96,0%, respectivamente).
O aumento do acesso aos serviços foi 7,3 pontos percentuais em dez anos. De
acordo com a coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, o aumento da renda do
trabalho, da escolaridade e do acesso a serviços essenciais, de 2002 até o ano
passado, mostram que os indicadores sociais do país são cada vez melhores, mas
os desafios ainda são enormes.
“As melhoras são um incentivo para nós, porém, questões permanecem, como a de
infraestrutura, saneamento básico ainda são o grande drama; grande parte da
população ainda não tem acesso a esse serviço”, comentou ela.
Segundo o IBGE, em 2012, 40,8% dos domicílios urbanos tinham computador, TV
em cores e máquina de lavar. Cerca de 37% tinham aparelho de DVD e 34,3%
contavam com outros serviços, além da internet. Para os 9,2 milhões de
domicílios cujos moradores têm rendimento per capita de até meio
salário mínimo, apenas 10% tinham internet.
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