quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Abismo climático se amplia e emergentes querem transparência

Países industrializados prometem aumentar a ajuda para US$ 100 bilhões por ano até 2020 para países em desenvolvimento que buscam reduzir sua própria poluição

Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, discursa durante as negociações da Organização das Nações Unidas sobre o clima, em Varsóvia
Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, discursa durante as negociações da Organização das Nações Unidas sobre o clima, em Varsóvia
Varsóvia - Um debate sobre a ajuda climática está ampliando o abismo entre países ricos e pobres nas negociações da Organização das Nações Unidas sobre o clima, em Varsóvia, criando outro obstáculo na luta contra o aquecimento global.
Os países industrializados prometem aumentar a ajuda para US$ 100 bilhões por ano até 2020 para países em desenvolvimento que buscam reduzir sua própria poluição e lidar com tempestades mais intensas e níveis mais altos do mar, que ocorrem com as temperaturas mais altas. Os países mais pobres estão buscando um cronograma de financiamento previsível para ajudá-los a planejar, o que não está sendo fornecido pelas nações mais ricas.
A diferença entre o que os países mais pobres querem e os detalhes fornecidos pelas nações doadoras, lideradas por Estados Unidos, Japão e União Europeia, tornou-se uma das principais fontes de atrito nas negociações da ONU, que envolvem 190 países. Um programa de três anos de financiamento de início rápido dos países ricos terminou em 2012 com US$ 10 bilhões por ano em pagamentos. Não há um plano claro sobre quanto dinheiro fluirá, nem quando.
“Não existe outra área em que a diferença de expectativa seja tão grande” entre países ricos e pobres, disse o líder norueguês de negociação sobre o clima Aslak Brun, em entrevista. “É improvável que haja um anúncio de grande aumento de financiamento em prol do clima aqui em Varsóvia”.
A lacuna no financiamento é o terceiro assunto a dividir países em desenvolvimento e industrializados em Varsóvia. Desde que as conversas começaram, na semana passada, os dois blocos entraram em choque em relação à responsabilidade histórica pela causa do aquecimento global e a uma exigência do mundo em desenvolvimento por compensações pelas perdas e danos que estes países estão enfrentando como resultado disso -- um tópico colocado sob o holofote pela devastação causada nas Filipinas pelo furacão Haiyan.

Fonte: Alex Morales, da Bloomberg Exame.com

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