sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ataque a escola primária deixa dezenas de mortos em Connecticut

  • Ao menos 27 pessoas teriam morrido, incluindo 18 crianças
  • Mãe do atirador era professora da escola e também foi morta

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Policial retira alunos da Escola Fundamental Sandy Hook, em Newtown, Connecticut
Foto: AP
    Policial retira alunos da Escola Fundamental Sandy Hook, em Newtown, ConnecticutAP

    CONNECTICUT, EUA - Um ataque a uma escola primária deixou 27 mortos e vários feridos nesta sexta-feira na pequena cidade de Newtown, em Connecticut, segundo informações confirmadas pela polícia local. Do total, 20 das vítimas são alunos da Sandy Hook Elementary School, e têm entre 5 e 10 anos. Informações iniciais indicavam que o suspeito, Ryan Lanza, teria 24 anos. Horas depois, a imprensa local confirmou que o atirador se chama Adam Lanza e seu irmão, Ryan, estava sendo investigado. A mãe dos dois era professora da pré-escola e a maioria das vítimas seriam seus alunos. Segundo o jornal "New York Times", Adam teria atirado primeiro na mãe. O diretor e o psicólogo da escola também foram mortos.
    Em coletiva, Paul Vance, representante da polícia local, disse que o atirador também está entre os mortos. Seu corpo foi encontrado em uma sala de aula. De acordo com ele, um segundo crime foi cometido em uma casa na mesma cidade. Ainda não se sabe se Adam se suicidou ou foi morto por policiais. Ele teria usado quatro armas - dentre elas uma Sig Sauer e Glock 9 - e feito mais de 100 disparos no massacre. As pistolas foram compradas legalmente e estavam no nome de Ryan.
    - É uma tragédia, peço que vocês respeitem a privacidade dos familiares. Este é um momento muito delicado, muito difícil. (....) Até o momento há um atirador, mas nós estamos investigando outras circunstâncias - afirmou.
    De acordo com a CBS, uma pessoa com roupas militares foi detida, sob a acusação de ser possivelmente um segundo atirador. O homem, no entanto, estava gritando "eu não fiz isso" no momento de sua prisão.
    Em entrevista coletiva, horas depois do massacre, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que "nada pode preencher o espaço de uma criança perdida". Emocionado, Obama chorou e afirmou que os americanos precisam se unir para tomar medidas para evitar tragédias. É o quinto massacre nos EUA desde que o presidente chegou à Casa Branca.
    - Sei que não existe um pai nos EUA que não sinta o mesmo pesar que sinto. A maioria dos que morreram hoje eram crianças - disse o presidente. - Há pais e mães que precisam de nós e agora é a hora de estender a mão para os necessitados. Nós vamos ter que nos unir para tomar medidas significativas e evitar tragédias como essa, independentemente da política - disse Obama.
    O governador de Connecticut, Dannel Maloy, afirmou que "nunca poderia estar preparado para ataques como esse".
    Mais cedo, Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, declarou não ter informações oficiais sobre o número de vítimas do ataque e afirmou que "este não era o momento de discutir a legislação sobre armas".
    - Tenho certeza de que haverá um dia para discutir a legislação, mas não acho que esse dia seja hoje - afirmou a jornalistas.
    Professora trancou alunos
    Testemunhas contaram à emissora CNN que, durante o ataque, uma professora trancou crianças dentro de um armário e impediu que mais jovens fossem baleados. Autoridades informaram que estão faltando os alunos de uma sala inteira na contagem que foi feita após o esvaziamento da escola.
    Duas meninas de nove anos disseram que policiais retiaram os alunos da sala de aula pedindo que "todos fechassem os olhos". Outro aluno, de nove anos, afirma ter visto o atirador quando estava chegando ao colégio.
    - Eu vi alguns tiros na entrada, então um professor me empurrou para uma sala.
    As escolas da região foram fechadas como medida de precaução. Autoridades temem que esse seja o pior massacre desde o ataque de Virginia Tech, que deixou 33 mortos em abril de 2007.
    O ataque também está sendo comparado ao massacre de Columbine, em abril de 1999, quando os estudantes Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 anos, abriram fogo em sua escola. Treze pessoas morreram, 12 estudantes e um funcionário da instituição. Vinte e seis pessoas ficaram feridas. Após o atentado, os dois se mataram.
    Fonte: O Globo

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