A bala, segundo os exames criminalísticos, percorreu uma trajetória de cima para baixo e o tiro foi dado a uma distância de cerca de 50 centímetros da cabeça de José Guilherme Silva, de 20 anos; minutos antes, cerca de 30 pessoas haviam visto o jovem, acusado de ter participado de um assalto, entrar no camburão desarmado (foi revistado) e algemado; caso aconteceu em Limeira, interior paulista
Um jovem de 20 anos, José Guilherme Silva, morreu dentro de um camburão da Força Tática da PM da cidade de Limeira, interior paulista, no dia 14 de setembro do ano passado. Na versão da polícia, ele teria sacado um revólver 38 de cano longo e atirado contra a própria cabeça.
A versão da polícia foi dada minutos depois de o jovem ter sido revistado "nos pés, tornozelos, cintura e genitália", conforme os próprios policiais admitem, e entrado desarmado e algemado com as mãos para trás no camburão, na frente de um grupo de cerca de 30 pessoas. O pai de José Guilherme chegou a vê-lo apanhando dos agentes.
A justificativa, no laudo, para tal proeza do jovem, que se suicidou mesmo algemado para trás, foi a seguinte: "isso envolve um estudo personalíssimo da habilidade do agente que encontra-se algemado. E é sabido nos meios policiais tanto sobre a habilidade de movimento de alguns detidos, bem como sua condição pessoal de burlar a revista".
A pérola foi publicada no blog SP no divã, de Bruno Paes Manso, do Estadão. Leia a íntegra aqui.
Fonte: SP 247
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