domingo, 23 de fevereiro de 2014

APÓS PROTESTOS, RIO FOI A ÚNICA A AUMENTAR PASSAGEM

:
Segundo o jornal O Globo, além de a tarifa de ônibus ter sofrido um aumento de 9%, passando de R$ 2,75 para R$ 3, são esperados agora reajustes para barca, trem e metrô; a alta na passagem já gerou novos protestos e, em um deles, foi morto o cinegrafista da Band Santiago Andrade; se no Rio a passagem subiu, Manaus, Cuiabá e Campo Grande conseguiram reduzir ainda mais o valor das tarifas, além do que já haviam baixado com os protestos
O Rio de Janeiro foi a única capital do país que aumentou o preço da tarifa de ônibus, depois das manifestações que sacudiram o Brasil em junho ao ano passado. Segundo matéria do jornal O Globo, além de a tarifa de ônibus ter sofrido um aumento de 9%, passando de R$ 2,75 para R$ 3, são esperados agora reajustes para barca, trem e metrô. A alta na passagem já gerou novos protestos e, em um deles, foi morto o cinegrafista da Band Santiago Andrade.
Segundo o jornal carioca, entre as capitais, mesmo as que não alteraram os preços diante das manifestações, 25 mantêm as mesmas tarifas de ônibus municipais desde junho do ano passado. Para o coordenador de pós-graduação em logística da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Renaud Barbosa, as cidades que não reajustaram ainda suas tarifas mais cedo ou mais tarde terão que fazer. "Não diria que reduziu ou congelou, simplesmente adiou. Finanças têm a ver com o tempo e com o valor desembolsado nesse tempo. O empresário não tem uma empresa de ônibus por diversão, é um negócio, e ele quer um retorno. O objetivo dele é lucro."
Se no Rio a passagem subiu, Manaus, Cuiabá e Campo Grande  conseguiram reduzir ainda mais o valor das tarifas, além do que já haviam baixado com os protestos. Na capital de Mato Grosso do Sul, o preço da passagem caiu duas vezes em quatro meses, passando de R$ 2,85 para R$ 2,75 e, depois, para R$ 2,70.
Em São Paulo, o orçamento da prefeitura para 2014 prevê que não haverá reajuste de tarifa. O município aumentou o valor repassado às empresas de ônibus. Em entrevista no fim do ano passado e em meio à polêmica da alta do IPTU, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que o imposto ajudaria a manter o subsídio ao transporte. A prefeitura ao jornal que em 2013, foram gastos R$ 1,21 bilhão em subsídios ao sistema, sendo que R$ 21,4 milhões se referem a pagamentos atrasados de 2012.
Inflação. O aumento das tarifas de ônibus urbano nas principais capitais deverá ter um impacto de até 0,10 ponto percentual na inflação deste ano, estima a economista da Tendências Consultoria Integrada Alessandra Ribeiro. O reajuste médio esperado é de 4,5%. Apenas São Paulo não entra na conta, já que o prefeito Fernando Haddad avisou que não concederá aumento. A Tendências espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano a 6%.
Até agora, só o o Rio reajustou a tarifa em 9% a partir de 8 de fevereiro. O reajuste foi parcialmente captado no IPCA-15, prévia da inflação, de fevereiro. A tarifa no Rio tem o maior peso no índice de preços: 4,34%, seguido por Belém, Fortaleza e São Paulo. "Por ser ano eleitoral, achamos que os reajustes que ocorrerem virão aquém do que indicaria o setor. O Rio foi uma surpresa, estávamos imaginando algo mais leve que os 9%", afirma a economista.
Para o economista Leonardo França Costa, em 2014, os preços administrados deverão ter alta de 4,5%. Ano passado, eles subiram 1,5%, com as ações do governo para conter preços. A redução da tarifa de energia foi a principal delas. Tirou 0,52 ponto percentual do índice.
Fonte: Rio 247 

Nenhum comentário:

Postar um comentário