RIO - Representando o prefeito Eduardo Paes, que não pôde comparecer à cerimônia, o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, assinou na manhã desta sexta-feira os contratos do primeiro lote licitado do Sistema de Transporte Público Local (STPL), que atenderá as comunidades do Vidigal e da Rocinha. Os 66 novos permissionários começam a operar a partir deste sábado. O transporte terá a mesma tarifa dos ônibus (R$ 2,75) e passará a aceitar o Bilhete Único Carioca. Todos os veículos terão GPS e os itinerários, já estabelecidos pela prefeitura, serão monitorados pela Coordenadora Especial de Transporte Complementar do município.
— Cada modal deve fazer a sua função. Melhor para o trânsito, para os passageiros e para a cidade. Iniciamos hoje um novo momento. É o transporte do Rio se organizando rumo ao futuro — comentou o secretário, na cerimônia realizada no Palácio da Cidade, em Botafogo.
Na madrugada desta sexta-feira, começou a valer o decreto municipal que cria um código disciplinar específico para o serviço. O documento trata da regulamentação dos direitos e deveres a serem cumpridos pelos condutores e trocadores de transportes complementares. Entre as prioridades do decreto nº 37154 está garantir transporte seguro para a população do município, preservando “a saúde dos passageiros e a defesa do meio ambiente”.
O delegado Cláudio Ferraz, coordenado Especial de Transporte Complementar do município, destacou que a fiscalização não dará trégua:
— Não adianta nada a gente ter a melhor regra do mundo se ela não for efetivamente imposta. Temos hoje um sistema de fiscalização que está cada vez apertando mais. Estamos presentes e aperfeiçoando cada vez mais o sistema. Em dois meses de fiscalização, já aprendemos 1,4 mil veículos irregulares. E vamos incrementar a fiscalização.
Segundo o delegado, o processo gradativamente será implantando em todo o município. O secretário Osório anunciou que até junho a licitação do transporte estará concluída para dar início a implantação do novo sistema de transporte em outras áreas da cidade.
O motorista Flávio Neri, há 15 anos fazendo a linha da Rocinha, conta que reduziu em 50% o número de passageiros desde que a prefeitura reduziu o trajeto da linha, que agora é obrigada a desembarcar os passageiros no Jardim de Alah:
— Mas quem acreditou na ideia está aqui. É uma linha nova e acho que qualquer problema futuro a prefeitura vai corrigir. Somos agora o modelo da Zona Sul e estou otimista. A cidade pede organização. Do jeito que estava não era mais possível.
Fonte: O Globo
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