terça-feira, 14 de maio de 2013

Polícia faz operação para prender quadrilha de milicianos que age em Pedra de Guaratiba

São 16 mandados de prisão, um deles contra um PM, e 27 de busca e apreensão

RIO - Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) realizam a Operação Prelúdio II. O objetivo da ação é desarticular uma quadrilha de milicianos que atua em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Foram expedidos 16 mandados de prisão, um deles contra um policial militar, e 27 de busca e apreensão. A operação tem apoio da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança; da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público Estadual e da Corregedoria da Polícia Militar.
As investigações sobre a milícia começaram há oito meses e concluíram que o grupo age desde 2011. A quadrilha controla os moradores com “mãos de ferro”: de forma violenta, eles cobram taxas de proteção, monopolizam a venda de cestas básicas e botijões de gás; realizam agiotagem, esbulho de propriedades e parcelamento irregular do solo urbano; exploram a distribuição ilícita de sinal de TV a cabo e de Internet. Além disso, vendem combustíveis de origem clandestina e ainda controlam as máquinas caça-níquel e os serviços de transporte alternativo (vans e mototáxis). O grupo de milicianos seria responsável ainda pela venda de armas de fogo a outros criminosos.
Morte para quem não se submete às regras
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Roberto Leão, o bando é chefiado pelo policial militar André Amaro Melo. Amaro, como é conhecido na região, seria o terceiro homem na hierarquia da quadrilha do miliciano Toni Ângelo de Souza Aguiar. Ainda de acordo com o delegado Roberto Leão, a quadrilha, sob uma alegação de falsa proteção, subjuga e aterroriza a população local. As investigações apontaram que a quadrilha comete assassinatos de moradores que não se submetem às suas regras, assim como as testemunhas de seus delitos ou ainda de possíveis criminosos que teriam atuado na região.
— Desarticular esse bando é fundamental no combate à milícia na cidade. Os moradores, que mais sofrem com as ações violentas desse grupo, terão mais tranquilidade. O grupo também terá um grande impacto financeiro com a paralisação de suas atividades. E, seu enfraquecimento é importante no combate às milícias da Zona Oeste — disse o delegado Roberto Leão.

Fonte: O Globo

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