terça-feira, 25 de março de 2014

Políticas públicas contra obesidade

Hoje vou dedicar este artigo a uma notícia que chamou minha atenção recentemente. Dava conta de que três mil pessoas obesas se reuniram num ginásio esportivo da Universidade de Campinas, a Unicamp, na semana passada para se submeterem à pesagem e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e se candidatarem à cirurgia bariátrica (redução do estômago) no Hospital das Clínicas da instituição de ensino pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É um fato que ressalta a necessidade urgente de políticas públicas de combate à obesidade, principalmente por meio de esclarecimentos à população.
É preciso mostrar desde cedo a importância da alimentação balanceada e da prática de exercícios regulares como prevenção à obesidade e aos males dela decorrentes. Não podemos deixar que se reproduzam no Brasil os índices de excesso de peso já registrados, por exemplo, na população dos EUA. Ainda temos condições de levar mensagens aos adultos para que se cuidem e cuidem de seus filhos e dependentes. Que busquem alimentações equilibradas, com vegetais, frutas e legumes; que consumam menos produtos industrializados – sobre os quais muitas vezes já falei aqui. E pensem na qualidade de vida que deixam de ter ao longo do tempo.
Os exemplos são fáceis de observar. As doenças, como hipertensão, câncer, cardiopatias em geral, diabetes ou apneia do sono têm mais do que comprovadas suas relações com o excesso de peso. Portanto, em vez de deixar o problema se instalar e depois recorrer a uma solução drástica, que também pode não ser definitiva e exige sacrifícios posteriores, previna.
E o prejuízo não é apenas do ponto de vista individual. O país, por meio do SUS, gasta anualmente R$488 milhões para tratar doenças relacionadas à obesidade, segundo pesquisa da Universidade de Brasília com base em custos de 2011 e citada em reportagem do jornal Estado de São Paulo. Deste valor, R$289 milhões foram destinados a atendimento hospitalar e R$199 milhões ao ambulatorial. Estes números, a julgar pela tendência, devem se elevar, pois a quantidade de obesos cresce 0,76% por ano e o daqueles que estão com excesso de peso 1,05%, segundo o Ministério da Saúde. O crescimento do número de obesos mórbidos é mais veloz ainda. Chega a ser 4,3 vezes maior do que o de obesidade.
Síndrome de Down – Aproveito ainda para lembrar que hoje, dia 21 de março, é o Dia Internacional da Síndrome de Down e que no domingo, dia 23, haverá uma caminhada na orla do Rio, com concentração a partir das 9 horas no Arpoador e que seguirá até Ipanema. As bandeiras dos organizadores podem ser resumidas em “respeito, reconhecimento e acessibilidade”, o que inclui condições de ensino, de atendimento médico e de inserção no mercado de trabalho, por exemplo.  Como diria um colunista famoso da imprensa carioca: eu
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Fonte: Por Flávio Cure Palheiro

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