sábado, 22 de março de 2014

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Em grampo da PF de outubro de 2013, Alberto Youssef menciona valor que seria oriundo de lavagem de dinheiro da empreiteira para pagar propina a políticos ou a funcionários públicos; companhia nega, mas nome aparece na planilha de comissões da quadrilha; na operação Lava Jato, ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Roberto Costa também foi preso por ter agido em conluio com o doleiro para conquistar negócios milionários com a estatal por meio da Labogen Química
O doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato por lavagem de dinheiro, mencionou em grampo telefônico da Polícia Federal de outubro de 2013 o recebimento de 12 milhões da empreiteira Camargo Corrêa.
Uma planilha apreendida pela PF sobre “comissões” pagas a consultorias ligadas ao doleiro, aparece a sigla CNCC no campo dos clientes, “em provável referência ao Consórcio Camargo Corrêa”. Os valor das comissões na planilha é de R$ 7,9 milhões. O consórcio faz parte das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em R$ 9 bilhões.
Investigadores acreditam que o dinheiro recebido da empreiteira pelo doleiro possa ter sido usado para pagar propina a políticos ou a funcionários públicos, ou lavagem de dinheiro.
Em nota, a assessoria de imprensa da Camargo Côrrea afirma, em nota, que o consórcio que faz parte "nunca teve relações comerciais com as consultorias citadas".
O doleiro também é investigado por relações com o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Roberto Costa, preso igualmente na operação. Eles teriam agido em conluio para conquistar negócios milionários com a Petrobras por meio da Labogen Química que, em dezembro, assinou contrato de R$ 150 milhões com o Ministério da Saúde para fornecimento de medicamento. "Pode-se estar diante, portanto, de mais uma ferramenta para sangria dos cofres públicos, uma vez que os Relatórios de Inteligência Financeira indicam claramente a atuação da empresa Labogen para objetivos bem distintos de seu objeto social", diz relatório da PF.
Leia aqui a matéria da Folha de S. Paulo sobre o assunto.

Fonte:Brasil247

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