Confusão que envolveu mais de 300 estudantes foi causada por uma operação da PF contra as drogas no campus da universidade. Veja o vídeo do confronto
Estudantes fazem barreira para impedir passagem da polícia: confronto envolveu mais de 300 pessoas e terminou com 5 estudantes presos
São Paulo - Uma ação da Polícia Federal no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, na tarde desta terça-feira, acabou em um confronto entre 300 estudantes e policiais, cinco alunos presos, dois policiais feridos, duas viaturas tombadas e uma reitoria ocupada
A operação tinha o objetivo de coibir o uso e o tráfico de drogas na universidade e usou policiais à paisana para flagrar e abordar os estudantes.
Cinco estudantes foram foram detidos por estarem fumando maconha. Eles foram levados para a delegacia onde assinaram um termo circunstanciado por uso de maconha e depois foram liberados.
Segundo o Diário Catarinense, a confusão começou quando um deles foi levado para dentro de uma viatura descaracterizada da PF.
Estudantes e servidores que presenciaram a abordagem cercaram o carro e não deixaram o aluno ser levado. A Tropa de Choque foi chamada e reagiu jogando bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio contra os estudantes para dispersá-los.
Na confusão, duas viaturas da PF foram viradas pelos estudantes, que depois decidiram ocupar a reitoria da Universidade como forma de protesto. Eles querem que seja assinado um documento que proíba a ação da polícia dentro do campus.
A UFSC divulgou uma nota de repúdio à ação da PF. O texto, assinado pela reitora Roselane Neckel, diz que a ação "violenta e desnecessária" da polícia feriu a autonomia universitária e os direitos humanos.
"Nunca fomos informadas sobre a realização desse procedimento. Lembramos ao Delegado que em todos os contatos com a Polícia Federal sempre foi solicitado que quaisquer ações de repressão violenta ao tráfico de drogas fossem realizadas fora das áreas da Universidade", continua.
A nota ainda diz que a "imagem era de terror" e que foram agredidos muitos estudantes, técnicos administrativos e professores, inclusive o diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.
"Nos comprometemos a tomar as medidas cabíveis para preservar a UFSC e defender todos os que foram vítimas desse ato de violência", encerra.
Fonte: exame.com
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