Novamente vemos o nome do ex-governado Sérgio Cabral (PMDB) envolvido em desvio de verbas, especialmente as ligadas a seu ex-amigo Fernando Cavendish, da Delta Engenharia. E, por incrível que pareça, Cabral continua livre, leve e solto.
Primeiro foram as fotos do jantar em Paris, com aquela cena dos guardanapos na cabeça. Semana passada aparece a história que Cavendish teria dado a então Primeira Dama, Adriana Ancelmo, um anel de R$ 800 mil! E Cabral confirma, mas dizendo que não sabia o valor… um governador, aceita que um empreiteiro dê a sua esposa um anel de ouro, com brilhantes e achava que valia R$ 20? Ah, isso porque a história que Cavendish conta é outra, reportagem conta que, um dia antes do aniversário, Cabral convidou o empresário para procurar um presente para a mulher. Na porta de uma joalheira famosa, segundo relato de Cavendish, o então governador do RJ pegou o empresário pelo braço e entrou. Quando tudo estava decidido, Cavendish descobriu que a conta de R$ 800 mil seria paga por ele.
Hoje a Operação Saqueador, a Procuradoria da República diz que o “As investigações produziram fortes elementos que apontam para a existência de gigantesco esquema de corrupção de verbas públicas no Rio de Janeiro, que contou, inclusive, com o apadrinhamento do então governador de Estado Sérgio Cabral, conforme se extrai das declarações de colaboradores”. A Operação tem como réus Cavendish, o contraventor Carlinhos Cachoeira, o lobista Adir Assad e outros 20 investigados.
Segundo a Saqueador, entre 2007 e 2012, a Delta teve 96,3% do seu faturamento oriundo de verbas públicas em um montante de quase R$ 11 bilhões.Deste total, R$ 370 milhões teriam sido lavados por meio de 18 ’empresas’ localizadas em endereços onde funcionam consultório de dentista, loja de gesso e onde existe um matagal na beira de estrada. Alguns endereços não existem.
Minha pergunta é, por que Sergio Cabral não está preso? Já prenderam Zé Dirceu, Eduardo Cunha e até fizeram condução coercitiva com Lula. Enquanto isso Cabral curte o Leblon e sua mansão em Mangaratiba.
Fonte: Diário do Rio de Janeiro
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