Deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) anuncia que tomará duas medidas concretas nesta terça-feira 10: pedir o respaldo da PF e da Receita para investigarem o caso das empresas da família do prefeito do Rio no Panamá, conforme denúncia do 247, e interpelar judicialmente Eduardo Paes (PMDB) para que ele confirme as acusações que fez à imprensa, de que "a família Garotinho enriqueceu na política"
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) anunciou em seu blog que tomará duas medidas concretas contra o prefeito Eduardo Paes nesta terça-feira 10. Uma delas será interpelar Paes judicialmente para que ele confirme as declarações atribuídas a ele pelo jornal Folha de S.Paulo, de que "a família Garotinho enriqueceu na política". "Nunca misturei dinheiro público com vida privada. Aliás, sou um dos poucos políticos que mantenho o sigilo fiscal e bancário para qualquer investigação a qualquer tempo", defendeu-se Garotinho.
Em relação às contas registradas no Panamá em nome do pai, da mãe e da irmã de Eduardo Paes, conforme denúncia feita pelo 247, o ex-governador pedirá o respaldo da Polícia Federal e da Receita Federal para que tais fatos sejam investigados. "O prefeito deve explicações sobre as contas e a origem dos recursos", disse Garotinho na semana passada.
Conforme reportagem do 247, os familiares de Paes possuem duas offshores – a Conval Corporation e a Vittenau Corporation -, criadas pelo escritório Morgan y Morgan, um dos mais atuantes no Panamá - que pertenceram ao panamenho Jose Eugenio Silva Ritter. Os capitais das duas companhias somam US$ 8 milhões.
Ritter foi apontado pelo Jornal Nacional como o "laranja" dono da empresa Truston, que já controlou o hotel de Brasília St. Peter, o mesmo que ofereceu emprego ao ex-ministro José Dirceu, condenado no 'mensalão'. A reportagem do JN mostrou que Ritter mora num bairro pobre do Panamá. Depois das denúncias de que o mesmo laranja foi dono das empresas de Paes, no entanto, o noticiário nada mostrou.
Leia abaixo post do Blog do Garotinho:
Amanhã em Brasília estarei tomando duas atitudes que considero importantes para esclarecer as últimas declarações do prefeito do Rio, Eduardo Paes Panamá.
A primeira será oficiar a Polícia Federal e a Receita Federal sobre a legalidade das contas onde estão depositados US$ 8 milhões em nome do pai, da mãe e da irmã do prefeito do Rio.
Os depósitos foram feitos em nome do mesmo panamenho, que é acusado de ser laranja de José Dirceu, nos dias 12 e 19 de julho de 2008, quando Paes concorria à Prefeitura do Rio e acabava de deixar a secretaria de Esportes do governo Sérgio Cabral.
A segunda medida que estarei tomando amanhã será interpelar judicialmente o prefeito para que confirme as declarações atribuídas a ele pelo jornal Folha de S.Paulo que "a família Garotinho enriqueceu na política".
Vamos ver se o prefeito vai manter e provar suas afirmações ou vai fazer como muitos, aliás, como fez recentemente o filho de Cabral, jogando a culpa no jornalista.
Claro que como todas as pessoas tenho defeitos, mas nunca misturei dinheiro público com vida privada. Aliás, sou um dos poucos políticos que mantenho o sigilo fiscal e bancário para qualquer investigação a qualquer tempo.
Já imaginaram se eu tivesse adquirido uma mansão paradisíaca num condomínio de luxo em Mangaratiba? Estaria preso. Pensem bem, se eu tivesse comprado um apartamento de cobertura no Leblon ou viajasse pelo mundo nos restaurantes de luxo, como é o caso de Cabral, coitado de mim, estaria execrado.
Meus adversários, que aliados a setores da imprensa vasculharam a minha vida sabem que eu não sou desonesto. Eduardo Panamá terá que engolir as palavras que disse ou então como é prática dos covardes dizer que não disse.
Fonte: Rio 247
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