sábado, 14 de dezembro de 2013

Ex-chefe de Polícia Álvaro Lins, condenado por formação de quadrilha, quer ser defensor público



Álvaro Lins, que foi condenado a 28 anos, quer fazer concurso para a Defensoria Pública

Álvaro Lins, que foi condenado a 28 anos, quer fazer concurso para a Defensoria Pública Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo

Na portaria do mesmo prédio onde foi preso acusado de formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de bens, em Copacabana, o ex-deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil fala dos planos para o futuro: Álvaro Lins quer ser defensor público. Se depender da presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), no entanto, o sonho terá que ser adiado: o órgão promete entrar com recurso junto ao Conselho Federal contra a decisão que concedeu a carteira de advogado a Lins:
— Nunca pensei em fazer outra coisa, sempre estudei direito e agora não posso advogar. Então o que eu vou fazer da minha vida? Se um engenheiro responde a um processo ele não pode construir um prédio? Se um repórter responde a um processo ele não pode fazer uma matéria?


Em nota, a seccional fluminense explicou que, mesmo obtendo 30 contra 22 votos dos conselheiros contra seu ingresso na OAB, o ex-delegado teve a decisão favorável porque o pleito não atingiu o quorum mínimo de dois terços previsto pelo regulamento da entidade. Ao EXTRA, Álvaro Lins se defendeu:
— Eu estudei os precedentes da OAB e as decisões do Conselho Federal têm carteiras concedidas a policiais expulsos, a pessoas condenadas, a juiz afastado pelo CNJ. O meu caso não é uma exceção. Enquanto o processo não estiver transitado em julgado (sem possibilidade de recurso), ninguém é considerado culpado.
Atualmente, ele cumpre pena em liberdade e aguarda um recurso impetrado por sua defesa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Anteontem, o processo foi encaminhado, pelo ministro Gilson Dipp, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Álvaro diz ter certeza, no entanto, que a ação —considerada por ele como “infundada e política” — ainda será anulada.
Fonte: Extra






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