sexta-feira, 14 de abril de 2017

propina para favorecer Aécio Proposta teria sido para os debates do primeiro turno das eleições presidenciais de 2014


                                       
                      Pastor Everaldo teria ajudado Aécio nos debates de 2014 Reprodução Internet

Brasília - Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental, afirmou em depoimento que, na campanha presidencial de 2014, pediu ao então candidato a presidente Pastor Everaldo (PSC) que ajudasse o candidato Aécio Neves (PSDB) no debate eleitoral do primeiro turno.
De acordo com Reis, a intenção era que o tucano tivesse mais tempo para expor suas ideias e pudesse chegar ao segundo turno. O executivo não esclareceu se Aécio tinha conhecimento do pedido feito a Pastor Everaldo. Ele ainda disse que, analisando o debate dos presidenciáveis no primeiro turno, é possível perceber que o Pastor "fez perguntas simples, inócuas, para que o candidato Aécio pudesse ter tempo na televisão".
Essa orientação foi dada depois que a candidatura de Pastor Everaldo perdeu fôlego. Quando Marina Silva herdou a candidatura de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo, o eleitorado de Pastor Everaldo, formado em grande parte por evangélicos, migrou para ela. "Ele já entendia que a candidatura dele tinha terminado. Então, como a gente se sentia de alguma forma credor por ter contribuído tanto para a campanha dele, eu sugeri a ele que usasse o tempo do debate para perguntar ao Aécio", detalhou Reis.
Diversos repasses foram autorizados por Reis para a campanha de Everaldo, via caixa dois, a partir do fim de 2013. O valor total chega a aproximadamente R$ 6 milhões, segundo o delator. Os pagamentos foram feitos a Rogério Vargas, que costumava acompanhar Pastor Everaldo nas reuniões com os executivos da Odebrecht.
A delação de Renato Medeiros também menciona pagamentos feitos ao então candidato do PSC por meio de Vargas. O delator contou à Procuradoria que um dos pagamentos, no valor de R$ 1 milhão, foi feito em duas parcelas de R$ 500 mil. "Nesse caso específico, pelo que me recordo, esse pagamento seria feito no escritório do senhor Rogério Vargas", disse.
O Pastor Everaldo disse em nota que "todas as doações recebidas pela sua campanha, em 2014, obedeceram à legislação vigente". Afirmou ainda que confia na Justiça e que "obrigará as pessoas envolvidas em acordos de colaboração a comprovar as supostas acusações".
Fonte: O Dia / ESTADÃO CONTEÚDO

Nenhum comentário:

Postar um comentário