terça-feira, 25 de abril de 2017

Ex-funcionário era interlocutor na Câmara

                                     
   
Além de ter parlamentares com diferentes posições políticas financiados por recursos não declarados, a Odebrecht contava com um ex-integrante do próprio quadro da empresa na interlocução com os deputados. O geólogo João Ameida dos Santos foi funcionário da empreiteira entre 1977 e 1986, quando deixou o cargo para se dedicar à política.
Segundo os depoimentos de Claudio Melo Filho, Pedro Novis e Emílio Odebrecht, mesmo fora do quadro de funcionários, João Almeida ainda manteve "laços com a organização". Eleito pelo PMDB, o baiano chegou à Câmara dos Deputados em 1991 e em 1997 filiou-se ao PSDB, chegando a exercer a liderança do partido na Casa em 2010 - seu último ano de mandato.
Em seu depoimento, Benedicto Junior lembra o episódio em que solicitou ao ex-diretor de Relações Institucionais Claudio Melo Filho que procurasse João Almeida para levar a preocupação da empreiteira com a participação de uma empresa espanhola no processo de concessões rodoviárias. A Odebrecht tinha interesse no negócio, e o deputado não só levantou o tema na Comissão de Infraestrutura como entrou com uma representação junto ao TCU para pedir esclarecimentos.
"Com isto, João Almeida ajudou a Odebrecht, já que a empresa sempre sempre lhe repassava recursos", diz a petição que encaminhou a investigação referente ao ex-deputado para a Justiça Federal do DF.
Doações
A empresa contribuía com a campanha eleitoral de João Almeida, e no pleito de 2010 os recursos somaram R$ 500 mil. Claudio Melo Filho e Emílio Odebrecht apresentaram planilhas do departamento de propina da empresa atestando a doação irregular.
Fonte: Jornal Destak 

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