quinta-feira, 13 de abril de 2017

Odebrecht afirma que pagou propina em espécie a Pezão

                               

Em colaboração premiada ao Ministério Público e à Justiça Federal, dois executivos da Odebrecht afirmaram que a construtora pagava propina de duas maneiras ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Uma das formas, segundo eles, era em espécie - dinheiro vivo. A outra, através de depósitos em contas bancárias que teriam sido abertas no exterior pelo governador, que nega as acusações.
As acusações contra Pezão foram feitas por Benedicto Júnior, ex-presidente da construtora Odebrecht, e seu braço-direito, Leandro Andrade Azevedo, diretor de Infraestrutura da empreiteira no Rio, motivaram investigação contra Pezão, pedida pelo procurador -geral da República, Rodrigo Janot, e remetida pelo ministro do STF Luiz Edson Fachin ao STJ.
Não há menção ao valor que teria sido pago pela empresa, para manter contratos com o governo do Estado. Ele teria sido contabilizado no sistema Drousys, utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - divisão usada pela empreiteira para registrar os pagamentos de propinas a políticos, então chefiada por outro delator, Hilberto Silva.
Em nota, "o governador Luiz Fernando Pezão classifica como mentirosa a acusação e nega com veemência que tenha recebido recursos ilícitos pessoalmente ou por meio de contas bancárias. Ele ressalta ainda que não tem e nunca teve conta no exterior".
O governador disse ainda que teve reuniões com os dois executivos, mas nunca recebeu nada.
Outros políticos do Rio também foram acusados de receber dinheiro de propina e caixa 2 da Odebrecht. A lista inclui o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), o senador Lindbergh Farias (PT) e o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) - cuja doação teria sido pedida pelo filho dele, Rodrigo Maia (DEM), atual presidente da Câmara. Todos eles negam.
Fonte: Jornal O Destak

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