sexta-feira, 14 de abril de 2017

Previdência: após lista, reforma deve atrasar

                                                 

A divulgação pelo ministro Edison Fachin da abertura de inquérito sobre diversos ministros e parlamentares da base do presidente Michel Temer na Operação Lava Jato deve atrasar a votação da reforma da Previdência, considerada fundamental para a recuperação da economia.
Ontem, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), defendeu o adiamento da votação. Para ele, não é o momento do Congresso analisar temas polêmicos como a reforma da Previdência e a recuperação fiscal de Estados superendividados.
"Neste momento é muito ruim passar qualquer tipo de reforma aqui no Parlamento. Eu se fosse o governo, recolhia ela [a da Previdência]. É melhor recolher ela do que perder", disse.
Para analistas, o governo vai se esforçar para aprovar a proposta ainda neste ano, mas ela deve ficar para o segundo semestre.
"O que foi revelado já estava no radar. A análise mais comum do mercado é de um processo que envolve todo o meio político, mas a negociação para a aprovação da reforma será mais dura e lenta", afirmou o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani.
O próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que não seria "um grande drama" adiar a aprovação da reforma - que prevê idade mínima de 65 anos para pedir aposentadoria e eleva o tempo de contribuição a 25 anos - para agosto.
Fonte: Jornal Destak



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