quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sindicato das empresas diz que 90% da frota dos ônibus está nas ruas

Rio Ônibus pedirá na Justiça do Trabalho que paralisação desta quarta-feira seja considerada abusiva

Rio - O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus, divulgou por volta das 10h35 desta quarta-feira que 90% da frota dos consórcios Internorte, Intersul, Transcarioca e Santa Cruz está circulando nas ruas da cidade, mesmo com a paralisação de 24h dos rodoviários. Ainda segundo o Rio Ônibus, até agora não foi registrado nenhum caso de vandalismo. A Polícia Militar está na porta da garagem das empresas desde a noite desta terça-feira para evitar atos de violência.
O sindicato das empresas pretende ainda nesta manhã entrar com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que o movimento grevista, convocado por um grupo dissidente, seja considerado abusivo. De acordo com o Rio Ônibus, não foram respeitados os princípios e requisitos da lei de greve, como o aviso de paralisação com 72 horas de antecedência.
Mesmo com a grande parte da frota dos ônibus funcionando, os passageiros enfrentaram filas nos pontos da cidade
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia
Pedro Junqueira, chefe-executivo do Centro de Operações da Prefeitura, destaca que a circulação dos ônibus na manhã desta quarta esteve próxima do habitual. "Pelo mapa que temos aqui no Centro de Operações e com o GPS dos ônibus, nós percebemos o território do município inteiro coberto com ônibus. Está tudo funcionando muito próximo da normalidade", disse ao Bom Dia Rio.
No fim da madrugada, a circulação de ônibus já era intensa nas avenidas Presidente Vargas, no Centro, e Brasil, do que nas paralisações decretadas nos dias 8 e 13 e 14 deste mês. Nas garagens de ônibus como da Real Auto Ônibus, em Manguinhos, e Vila Isabel, na Zona Norte, os coletivos deixavam as garagens sem problemas. Em algumas, grevistas marcaram presença discretamente, mas sem registro de tumultos, como nas duas paralisações anteriores.
Alguns passageiros, porém, sentiram o reflexo pela não circulação de parte da frota. O porteiro Sérgio Pereira, de 42 anos, morador da Vila do João, no Complexo da Maré, aguardava por um ônibus da linha 315 para chegar ao trabalho, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Até às 6h ele não tinha conseguido embarcar no ônibus que costuma pegar diariamente às 5h.
"Sabia da possibilidade de paralisação, mas não tinha a confirmação. Desta vez os ônibus estão passando mais do que nas outras vezes. Acho que dá para chegar, mas já estou preocupado com a volta", afirmou o porteiro.
Passageiros formam enorme fila para pegar ônibus; paralisação teve pouca adesão
Foto:  Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Mesmo enfrentando um aglomerado de passageiros, o motorista Jessé Morais, 32, desistiu da espera pelo ônibus da linha 315 e embarcou em um coletivo da linha 361 para tentar chegar à Barra da Tijuca, onde trabalha.
A baixa adesão dos rodoviários ao chamado para a paralisação pode ser sentida nos dois terminais de ônibus das linhas 460, 461, 462 e 463, da Real Auto Ônibus, em São Cristóvão, na Zona Norte. Às 7h30 não havia as diversas e enormes filas que se formaram nas duas últimas paralisações.
Outros transportes funcionam normalmente
A greve de parte dos rodoviários também não alterou tanto a rotina dos outros meios de transporte da cidade. No metrô, a circulação ocorre dentro dos intervalos previstos. Somente o Metrô na Superfície — linhas Botafogo/Gávea e Gávea/General Osório — estão suspensos, enquanto os bilhetes de integração não estão sendo vendidos. Apesar da baixa adesão à greve, o MetrôRio disse que não pode disponibilizar os bilhetes sem a garantia de que o serviço será prestado, já que a integração é feita com ônibus comuns, não disponibilizados pela concessionária metroviária.
Apesar do tempo chuvoso, as barcas operaram normalmente. Até às 9h foram transportados 2.300 passageiros no trajeto Cocotá-Praça XV e duas viagens extras realizadas. O bairro da Ilha do Governador tem sido um dos locais com maior número de queixa da falta de ônibus. Outras viagens extras podem ser realizadas, de acordo com a demanda. Nas outras linhas, as viagem ocorrem sem alterações.
Outras modais funcionam sem grandes alterações. De acordo com a SuperVia, trens operam com capacidade máxima
Foto:  Osvaldo Praddo / Agência O Dia
No BRT Transoeste, a circulação ocorre sem atrasos, ao contrário dos ônibus alimentadores, que operam com intervalos irregulares.
Na SuperVia, a concessionária também informou que o funcionamento de trens em todos os ramais é normal. Para suprir o aumento da demanda, o sistema opera com a capacidade total e previsão de ofertar 1 milhão e 620 mil lugares durante o dia. Desde às 4h30, os trens circulam com intervalos de horário de pico.

Fonte: O DIA

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