quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deputado briga para não pagar multas e quer passar prejuízo ao motorista

Edino Fonseca entrou na Justiça para recuperar R$ 65 mil que saíram de seu salário, referentes a infrações de trânsito

Rio -  O Órgão Especial do Tribunal de Justiça deve julgar na segunda-feira o pedido de anulação do desconto de R$ 65 mil do salário do deputado Edino da Fonseca, do PEN. O valor é referente a 40 multas de trânsito em seu carro oficial da Alerj, como a Coluna Justiça e Cidadania publicou ontem. O parlamenter garante que vai às últimas consequências na Justiça para recuperar o dinheiro. 
Edino alega que o motorista é responsável pelas 40 multas no carro
Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia
“Quem tem que pagar é o motorista infrator. Quando estou no carro não admito excessos, mas quando o condutor leva o veículo para casa e faz o que bem entende, a culpa não é minha. Não vou ficar com esse ônus”, afirmou. Durante dois anos, foram registrados no carro oficial do parlamentar multas por excesso de velocidade, avanço de sinal e tráfego na seletiva na Avenida Brasil. 
“Não vou ficar nesse prejuízo. Quero o justo. A Alerj sabe quem são os motoristas. Não cobrou deles porque não quis”, criticou. Segundo a procuradoria da Casa, o deputado não informou em tempo hábil o nome dos motoristas para que os descontos fossem feitos e nem recorreu administrativamente nos órgãos emissores.
Com isso, a Alerj teve quearcar com os custos das multas e depois decidiu repassar ao parlamentar. A decisão, segundo o órgão, ganhou eco entre os parlamentares. Desde então, o número de infrações de trânsito caiu de mil para dez. Edino alegou que há dois anos tinha dois carros oficiais, um usado para atender as vítimas das enchentes em Nova Friburgo, Região Serrana.
“Posso até ajudar um motorista eventualmente a pagar as infrações, mas não compactuar com essa decisão”, analisou. No Tribunal de Justiça, ele já teve uma derrota: seu pedido de liminar para suspender o desconto foi recusado. Agora, os desembargadores vão decidir definitivamente o rumo do caso.
Fonte: O Dia

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