Grevistas definirão próximos passos de movimentos em busca do atendimento das reivindicações
Rio - A semana que vem será de muita movimentação nas greves de rodoviários e professores das redes municipal e estadual. Após realizarem paralisação de 48 horas entre terça e quarta-feira, os motoristas de ônibus farão assembleia na próxima terça para definir os rumos da categoria.
Em pauta, a possibilidade de adoção da catraca livre. A medida, porém, é vista com cautela por Hélio Teodoro, líder dos grevistas. “Quem decide é a assembleia, mas temos que medir as consequências. Toda ação gera uma reação”, disse Helio, temendo retaliações por parte da Rio Ônibus. Em nota, o sindicato das empresas de ônibus afirmou que os condutores que liberarem a entrada de passageiros nos carros podem ser demitidos por justa causa.
Enquanto ameaças marcam a greve dos rodoviários, o movimento dos professores sofre com a falta de diálogo. De um lado, as secretarias de Educação municipal e estadual afirmam que o Sepe, sindicato que representa os docentes, recusa abrir negociações. Do outro, os grevistas garantem que o governo não está interessado em conversar. “Prometeram que teríamos audiências com o prefeito e o governador, mas até agora isso não foi cumprido”, disse Marta Moraes, coordenadora do Sepe.
Outro ponto de desacordo diz respeito à adesão ao movimento grevista. De acordo com dados das secretarias, apenas 279 professores estaduais e 85 da rede municipal faltaram ao trabalho ontem. Já para o Sepe, a taxa de paralisação é de 30% no estado e 55% na cidade.
Para a próxima semana, nova assembleia está agendada para a quinta-feira. Além disso, o sindicato irá realizar atos no domingo, no Parque Madureira, e quarta-feira, caminhada da Praça 15 até a Cinelândia.
Fonte: O Dia
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