sexta-feira, 16 de maio de 2014

Rio Ônibus promete demitir rodoviários que aderirem ao 'catraca livre'

Protesto que libera a entrada gratuita de passageiros foi cogitado pela categoria em assembleia desta quinta-feira

Rio - O Rio Ônibus ameaça demitir os rodoviários que fizerem o protesto chamado 'catraca livre', na próxima semana, liberando as roletas dos ônibus para passageiros do transporte, sem o pagamento da tarifa. Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, a categoria levantou a possibilidade, mas não chegou a decidir sobre o protesto. 
Por meio de nota, divulgada nesta sexta-feira, o sindicato que representa as empresas de ônibus frisou que o ato é ilegal, e pode constituir falta gravíssima. O Rio Ônibus afirmou ainda que os funcionários que fizerem ' catraca livre' estão passíveis de demissões por justa causa, de acordo com a CLT.
Rodoviários pensam em fazer 'catraca livre'
Sem consenso sobre os rumos do movimento que já promoveu três dias de paralisações dos ônibus urbanos do Rio, cerca de 200 rodoviários que compareceram à assembleia no fim da tarde desta quinta-feira, na Candelária, marcaram novo encontro para a próxima terça-feira, às 16h, no mesmo local.
Passageiros têm enfrentado transtorno com a greve dos rodoviários
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Alguns grupos isolados de rodoviários debatiam que, em vez de paralisação, motoristas e cobradores deveriam colocar os ônibus nas ruas e deixar as “catracas livres”, ou seja, não cobrar passagens. Maura Lúcia Gonçalves, uma das cinco líderes do movimento, no entanto, negou que essa proposta estivesse em avaliação. “Isso foi sugerido, mas podem acontecer demissões. Não posso pegar o ônibus, que é uma concessão pública, mas é da empresa, e fazer uma lotação.
Após a reunião, os motoristas e cobradores saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à prefeitura, mas, antes de chegar ao destino, decidiram acabar com a manifestação. Segundo os líderes da greve, a decisão foi motivada pelo medo de eventuais episódios de violência na manifestação contra a Copa do Mundo, realizada na Central.
“Não queremos vincular nossa greve a um ato político. Se a manifestação tiver confusão, vão associar nosso movimento à baderna. Não queremos isso”, disse Hélio Afonso Teodoro, quando o grupo parou na altura do cruzamento com a Avenida Senhor dos Passos. 
A ideia inicial dos líderes grevistas era votar na assembleia de ontem uma nova paralisação, mas não conseguiram obter consenso sobre isso. 

Fonte: O Dia

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