terça-feira, 28 de janeiro de 2014

APÓS SUBORNOS, ALSTOM ACABA COM CONSULTORIAS

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Multinacional francesa diz que, por código de ética, não contratará mais consultores de vendas; companhia fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum e na verdade recebeu valores para pagar propinas; beneficiários seriam políticos e agentes públicos de gestões tucanas em SP, como o então secretário, Andrea Matarazzo 
Após a onda de acusações sobre um esquema de pagamento de propina a agentes públicos em governos tucanos de SP, a Alstom anunciou o fim da contratação de consultorias para atividades comerciais.
"A Alstom se compromete a conduzir seus negócios de forma responsável e a se esforçar para alcançar os mais elevados padrões éticos", afirma nota da multinacional francesa, divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo o texto, nas últimas décadas a Alstom usou consultores externos de vendas para auxiliar suas equipes comerciais, que eram remunerados com "taxas de sucesso", benefício calculado sobre o valores do projeto em questão. 
Documento apreendido na sede da empresa indica que, na gestão de Mario Covas, integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época).
No momento da assinatura do contrato, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. A Pasta recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.
O Ministério Público de São Paulo pedirá a dissolução da multinacional francesa Alstom no Brasil em razão do propinoduto nos trens. 
A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas. 
Fonte: SP 247

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