quarta-feira, 13 de junho de 2012

Entulho do BRT cria um corredor nada expresso

Moradores temem acidentes com material despejado ao lado da obra de estação em Santa Cruz; secretaria promete retirar detritos


Estudantes passam junto à pilha de entulho na Avenida Cesário de Melo, ao lado do canteiro de obras da nova estação do BRT Transoeste: os pais das crianças temem que elas se machuquem no local
Foto: Gabriel de Paiva / O Globo
Estudantes passam junto à pilha de entulho na Avenida Cesário de Melo, ao lado do canteiro de obras da nova estação do BRT Transoeste: os pais das crianças temem que elas se machuquem no localGabriel de Paiva / O Globo
RIO - Uma montanha de entulho das obras de construção do BRT Transoeste, em Santa Cruz, tem incomodado e oferecido risco a muita gente. O material está ao lado do canteiro de obras da estação Cesário de Melo. Além de dificultar a passagem de pedestres — muitos deles estudantes das escolas municipais General Gomes Carneiro e Eduardo Rabelo, que ficam em frente —, o entulho, que inclui pedras e pedaços de ferro, está causando um efeito colateral: segundo moradores, outras pessoas aproveitam para despejar seu lixo no local.
Curiosamente, o “entulhão” é vizinho à sede de uma regional da Secretaria municipal de Conservação. A Secretaria municipal de Obras prometeu ontem retirar o material até julho.
O Transoeste, moderno corredor de ônibus articulados, foi inaugurado há uma semana e opera por enquanto em fase de testes, entre Barra e Guaratiba. Primeira grande obra viária de preparação da cidade para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o BRT tem 40 quilômetros de extensão, e a inauguração de todo o sistema promete reduzir de duas para uma hora a viagem entre Santa Cruz e Barra. Há um trecho de 16 quilômetros entre Santa Cruz e Campo Grande, que ainda está em obras. O investimento total do projeto é de R$ 900 milhões.
De acordo com o comerciante Fábio Lopes, o entulho despejado junto à estação está no local há três meses, preocupando pais de alunos das duas escolas da área, na Avenida Cesário de Melo. Pai de dois meninos, Fábio costuma levar as crianças ao colégio e buscá-las, por medo de que elas sofram algum acidente com o material despejado ali. Além disso, ele diz que pilha de entulho atrapalha o comércio.
— Diminuiu em quase 70% o movimento nas lojas por conta desse lixo todo. Tem gente que até fechou as portas por causa do prejuízo — afirmou o comerciante.
A dona de casa Marizela Santos Silva também reclama do problema. Para ela, é perigoso para as crianças passarem por aquele ponto sozinhas, pois elas podem se machucar nas pedras e nos pedaços de ferro expostos. Marizela também teme que estudantes sejam atropelados: por causa dos tapumes, a visibilidade dos motoristas está prejudicada.
— Há mais de um mês enfrentamos esse problema. A prefeitura podia tirar isso daí para melhorar a passagem dos pedestres — disse a dona de casa.
De acordo com a Secretaria municipal de Obras, o entulho está no local porque a construção da Estação Cesário de Melo ainda não acabou. O órgão informou, no entanto, que a retirada do material até julho já consta do cronograma da obra. A estação fica no trecho que será inaugurado entre Santa Cruz e Campo Grande.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário