quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cachoeira vai depor sobre suposta fraude em licitação de Brasília

Andrea Aprígio, ex-mulher do bicheiro, entrou com pedido de habeas corpus para se calar na CPI

BRASÍLIA - Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prestará depoimento nesta quarta-feira no processo que investiga irregularidades no sistema de bilhetagem do transporte público da capital federal. O depoimento está marcado para a parte da tarde na 5ª Vara Criminal de Brasília.
No processo, Cachoeira é acusado pelo Ministério Público de forçar uma dispensa de licitação para a contratação de um sistema de bilhetagem sul-coreana. Esse sistema seria operado por uma das empresas investigadas como integrante da organização criminosa liderada pelo bicheiro. A pressão para entrar na prestação do serviço no Distrito Federal foi confirmada pelo governador Agnelo Queiroz, durante seu depoimento na CPI do Cachoeira, no mês de junho. Agnelo, no entanto, disse que a tentativa não obteve sucesso.
Além de Cachoeira, sete pessoas são acusadas de envolvimento no caso investigado pela Operação Saint Michel, executada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O bicheiro está preso desde o dia 29 de fevereiro quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal que investigou as ações da organização criminosa e suas ligações com as esferas políticas.
Ex-mulher de Cachoeira pede para se calar na CPI
A defesa de Andrea Aprígio de Souza, ex-mulher de Cachoeira, impetrou um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a garantia do seu direito de ficar em silêncio durante depoimento à CPI. O depoimento está marcado para o próximo dia 8 de agosto, às 10h15, no Congresso Nacional. Os advogados também pedem que ela não seja obrigada a assinar termo de compromisso de dizer a verdade e quer o direito de não se autoincriminar, de ser assistida por seus advogados e, principalmente, de não ser presa ou processada por desobediência ou falso testemunho.
No pedido, a defesa alega que Andrea Aprígio foi convocada mediante intimação deixada na portaria do prédio onde reside e no momento em que ela estava em viagem. Além disso, a defesa sustenta que a intimação indica que ela será ouvida como testemunha, quando, na verdade, ela é investigada em operação da Polícia Federal que deu origem à CPMI. Segundo os advogados, tanto ela é investigada que teve suas contas bancárias bloqueadas, além do sequestro dos bens imóveis e a apreensão do seu veículo. A relatora do habeas corpus é a ministra Rosa Weber.

Fonte: O Globo

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