quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Governo federal corta ponto de agosto de 11,5 mil grevistas

De acordo com o Planejamento, desconto atinge todos os dias não trabalhados

Servidores da Polícia Federal em greve protestam em frente ao Palácio do Planalto
Servidores da Polícia Federal em greve protestam em frente ao Palácio do Planalto (Marcello Casal Jr./ABr )
O governo decidiu cortar o ponto de 11.495 servidores públicos federais que estão em greve. O corte poderá ser parcial ou total. De acordo com o Ministério do Planejamento, serão descontados todos os dias não trabalhados. A decisão terá impacto sobre a folha de pagamento de agosto, que é paga a partir do início de setembro. No mês passado, o corte atingiu 1.972 grevistas.

Apesar da abertura de negociação com os servidores públicos para tentar encontrar uma solução para o impasse – 30 categorias declararam greve nos últimos meses –, o governo já havia deixado claro que iria cortar o ponto dos servidores. Na noite desta segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou o corte do ponto dos agentes da Polícia Federal que faltassem ao trabalho por conta da paralisação e avisou que aqueles que realizarem operação-padrão, que na semana passada foi proibida pelo Superior Tribunal de Justiça, serão submetidos a processo disciplinar. .
Assessores do Planejamento explicaram que professores e técnicos administrativos das universidades federais não serão atingidos pelo corte – sindicatos da categoria fecharam acordo de reajuste salarial entre 25% e 40% até 2015. Neste caso, os grevistas irão repor os dias parados, por isso o governo não aplicou a mesma punição determinada para as demais categorias.
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Balanço – De acordo com um balanço do Ministério da Educação divulgado nesta terça-feira, os servidores técnico-administrativos de 20 universidades federais aceitaram a proposta de reajuste do governo, que prevê aumento de 15,78% em três anos, e decidiram voltar ao trabalho. Em outras cinco instituições, os grevistas recusaram o índice de reajuste oferecido e mantêm a paralisação. Em algumas delas, a paralisação já dura cerca de três meses.
Técnicos e professores universitários somam cerca de 213.000 pessoas, dentro de um universo de aproximadamente 570.000 servidores públicos. A lista de 11.495 pessoas que terão seu salário reduzido inclui representantes de praticamente todos os ministérios.
Fonte: Veja/(Com Agência Estado)

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