sábado, 25 de agosto de 2012

Cabral diz que projeto com aumento de salário para professores será enviado à Alerj após fim da greve

Para governador, servidores estão sendo manipulados por movimento político

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), falou nesta sexta-feira (24) sobre a greve dos professores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Ele disse que já tem um projeto de dedicação exclusiva para os professores, mas que só será enviado à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) quando a greve acabar. Ele classificou a paralisação como um movimento político influenciado pelas universidades federais.

— Nós estamos com o projeto de dedicação exclusiva dos professores para enviar à Alerj com aumento vinculado ao salário, como eles queriam. Mas só vamos enviar quando a greve acabar. Eu acho que os professores estão sendo manipulados em um momento eleitoral. Tem partidos que acham que a greve os beneficia e ficam estimulando isso.

Cabral ainda ressaltou que 60% dos professores da Uerj recebem apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).

Os professores entraram em greve junho. Eles reivindicam a implantação do regime de dedicação exclusiva, que já foi implementado nas universidades federais, além de reajuste emergencial de 22% nos salários e também a regularização do trabalho do professor contratado.
Sobre as declarações de Cabral, a Associação de Docentes da Uerj disse que "os professores precisam saber se a proposta contempla o que foi discutido na universidade". Por meio de nota, o sindicato declarou ainda que o "governador não pode, sozinho, determinar os parâmetros dessa decisão. É dever de um governante negociar, receber a universidade, com representantes dos professores, dos estudantes e dos técnico-adminsitrativos".
Fonte; R 7

Um comentário:

  1. É impressionante como um ato de manifestação se resume "os professores estão sendo manipulados em um momento eleitoral". Isso é de uma mediocridade sem tamanho. O que fica evidente é que, nós que compomos a sociedade não temos nenhuma autonomia intelectual, de forma que, todas as revindicações são encaixadas nessa desculpa esfarrapada. "Estão influenciado por movimento político".

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