sexta-feira, 27 de julho de 2012

Idoso é mal atendido, volta para casa e hospital o declara morto



 

12763 visualizaçõesIdoso é mal atendido, volta para casa e hospital o declara morto

Quando a filha de José Lopes, de 78 anos, voltou ao Hospital municipal Salgado Filho, na tarde de quinta-feira, 26, para reclamar do mau atendimento dado ao idoso, recebeu uma notícia surpreendente: segundo a unidade de Saúde, o aposentado estava morto. Horas antes, ao chegar à unidade para buscá-lo, a mulher de José, dona Dulce, de 76 anos, encontrou o marido caído na calçada em frente ao hospital. Ele estava assustado, desorientado e com dificuldades para andar.
- Meu pai chegou ao hospital e foi para a sala vermelha. Uma médica pediu exame, mas não tinha maqueiro para leva-lo até a sala de raios X. Minha sobrinha entrou lá e fez o trabalho, mas não deixaram ela ficar como acompanhante. Ele ficou sem cobertor, sem comida, nem tratamento e agora dizem que ele está morto. Nem com cachorro se faz isso - reclama a filha do paciente Leila Cristina Lopes Alves, de 51 anos.






Tudo começou quando o aposentado foi à Clínica da Família Heitor dos Prazeres, em Brás de Pina, para mostrar um exame. Durante o atendimento, ele desmaiou, ficou com a boca torta e o corpo gelado. A médica diagnosticou um princípio de enfarte e chamou o SAMU para levá-lo para uma emergência.
- Ela (a médica) falou 'Corre com ele, que ele está morrendo' e chamou a ambulância do SAMU para levá-lo para um hospital com mais recursos. Como podem não ter feito nada por ele no Salgado Filho? - lembra a neta, Suellen da Costa Vianna Lopes, de 24 anos.

José Lopes, de 78 anos, continua passando mal em casa após ser dado como morto no Hospital Salgado Filho
José Lopes, de 78 anos, continua passando mal em casa após ser dado como morto no Hospital Salgado FilhoFoto: Arquivo pessoal
Depois das quase 15 horas de internação, o hospital ligou para dona Dulce avisando que José estava de alta. Foi ao chegar, por volta das 9h, para busca-lo que a idosa encontrou o marido do lado de fora da unidade. Levado para casa, ele continuou passando mal, mas não quer voltar ao hospital porque tem "medo de morrer lá dentro". A família registrou a ocorrência na 23ª DP (Méier).
- Vamos processar a direção da unidade por isso. É uma injustiça que não pode ficar assim - afirma Leila.
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil informou por nota que "lamenta profundamente o ocorrido e determinou a abertura de sindicância
Fonte: Extra










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