O divórcio de Ronaldinho Gaúcho com o Flamengo pode não ser o final da carreira do ex-melhor do mundo em campos brasileiros. Mesmo com a imagem ruim, o craque ainda tem mercado no País. Ente os clubes cotados para abrigar o jogador aparece o Palmeiras.
Paulo Whitaker/Reuters
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O clube paulista foi procurado por um grupo de empresários árabes interessados em servirem como mecenas para possibilitar a contratação de Ronaldinho. Em reunião com a diretoria palmeirense, na última quarta-feira, o grupo árabe quis saber se o interesse do clube em ter o jogador ainda prevalecia - o Palmeiras, ao lado do Grêmio, foi um dos concorrentes do Flamengo na corrida pela repatriação do Gaúcho, no começo de 2011.
Os empresários, que já tinham a informação do litígio do jogador com o Flamengo, confirmado hoje pelo clube carioca, se propuseram custear parte dos salários de Ronaldinho. A oferta foi de pagar 80% dos vencimentos do jogador, enquanto o Palmeiras se comprometeria com os outros 20%.
No Flamengo, os salários do atleta eram de R$ 1,3 milhão mensais. Mantendo o mesmo patamar, o Palmeiras seria responsável por arcar com cerca de R$ 260 mil por mês -valor que não é considerado absurdo.
O Palmeiras gostou do que ouviu, mas ficou com o pé atrás. A diretoria se manteve aberta a novas reuniões, caso os empresários tivessem interesse em desenvolver o assunto.
O que deixou a cúpula alviverde ressabiada foi que na conversa os empresários não propuseram nenhuma contrapartida, ou seja, não disseram o que pretendem ganhar com o negócio. O clube não está disposto a ceder direitos de jogadores das categorias de base, e também sabe que Ronaldinho não precisa de um clube para servir de vitrine.
Para tentar impressionar os palmeirenses, o grupo árabe afirmou que Ronaldo, por meio de sua empresa marketing esportivo, a 9ine, teria manifestado interesse em apresentá-los ao Corinthians com a proposta, para tentar um acordo. Mas no Parque São Jorge as portas não devem se abrir para árabes.
Os corintianos ainda não engoliram a aposta em Adriano, muito parecida com o que agora seria feita com Ronaldinho: um jogador que brilhou muito, esteve entre os melhores do planeta, mas que por problemas de indisciplina e outros fatores extracampo não tem rendido.
Corinthians não quer. O presidente Mario Gobbi, ao contrário de seu antecessor, Andrés Sanchez, não pretende concorrer a esse holofote, ainda mais com o time concentrado nas semifinais na Libertadores.
Depois do fiasco no Flamengo, o Palmeiras aparece como um dos poucos clubes que podem servir de destino para o craque. No Grêmio, clube que o revelou, ele se tornou persona non grata depois escolher o Rio. Não bastasse isso, foi pivô da demissão de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo e o técnico não aceitaria receber seu desafeto. No Sul do País, fala-se em interesse de um clube chinês, que teria oferecido US$ 40 milhões por dois anos de contrato.
Fonte: PAULO GALDIERI - O Estado de S.Paulo
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