sábado, 16 de junho de 2012

Ana Toni, do Greenpeace, diz crer em alianças estratégicas para revolução energética

Já Marilene Dabus, presidente do Inea, critica lei que reduz o IPVA de quem usa gás veicular

RIO - Para Ana Toni, presidente do conselho do Greenpeace internacional, as alianças estratégicas são essenciais para a revolução energética. A executiva anunciou neste sábado, no Forte de Copacabana, que a ONG firmou uma parceria com o Google para que a empresa faça uso apenas de energia renovável.
- Eles se comprometeram a só comprar energia eólica e de biomassa para realizar seu trabalho. Ao fazer isso, se tornam aliados para pedir ao mundo uma revolução energética. É esse tipo de aliança estratégica com as empresas que o Greenpeace busca fazer. É neste tipo de aposta que acreditamos - afirmou.
Segundo Ana, houve uma mudança na atuação da ONG nos últimos 20 anos. Em vez de confrontar as empresas numa "era de difamação", o Greenpeace busca agora ir direto às empresas para que elas saibam da urgência do assunto do qual a ONG trata.
- É fácil fazer campanha sobre uma empresa num mundo conectado, em que as ONGs são cada vez mais transnacionais. Mas basta? Essa é a pergunta que se faz no Greenpeace. Agora acreditamos em alianças estratégicas.
Ela fortalece que a empresa é resposável por decidir o legado que vai deixar.
- As empresas têm escolhas que nós, os consumidores, não temos. Pode ser fornecedor de aço de carros ou de transporte público. Vocês podem escolher, então escolham!
No mesmo evento, Marilene Ramos, presidente do Instituto Nacional do Ambiente (Inea), criticou fortemente a lei de incentivo vigente no Rio de Janeiro, que reduz o IPVA de quem usa gás veicular.
- O indivíduo compra um carro caro, instala o gás para ter o desconto e continua usando outros combustíveis em favor do desempenho do automóvel. Está errado - afirmou.
Além disso, ela classificou como vergonhosa a relação de desenvolvimento econôminco e sanitário no Brasil:
- Precisamos começar a pensar no PIB verde. A riqueza não pode ser medida por número de celulares, quase um por habitante. Temos que pensar na riqueza natural. Mas, no Brasil, quando a crise baixa, a primeira coisa que se faz é incentivar a produção de automóveis em cidades que estão entupidas de carros.

Fonte: O Globo


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