terça-feira, 6 de agosto de 2013

PMDB exige desculpas de Cabral em propaganda na TV

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Governador do Rio ainda resiste à ideia, apesar de ter admitido erros em declarações recentes e voltado atrás em decisões que deixaram a população insatisfeita, como a privatização do Maracanã e a demolição de uma escola e clubes no entorno do estádio; para Sergio Cabral, o programa partidário deveria mostrar apenas as realizações de seu governo e alavancar a pré-candidatura do vice Luiz Fernando Pezão ao Estado em 2014; "Eu sou secundário", diz; pedir desculpas em rede nacional seria humildade demais para ele?
As propagandas partidárias do PMDB entrarão em rede nacional a partir do próximo sábado. E o partido defende que Sergio Cabral, peemedebista que tem hoje a imagem mais prejudicada diante da população, peça desculpas em rede nacional por erros em sua gestão. Apesar de ter admitido falhas em declarações recentes e até falado em "humildade", o governador do Rio de Janeiro ainda está resistente à ideia.
Na avaliação de Cabral, as 40 inserções da legenda deveriam tratar apenas das benfeitorias de seus seis anos e meio de governo, além de alavancar a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão, que será lançado ao governo do Estado em 2014. "Minha tese é de que é hora de mostrar o antes e o depois do Rio, mostrar que o partido lançou um candidato em 2006 e as realizações que fizemos a partir de 2007. Eu sou secundário", diz Cabral.
Já o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, pensa de forma diferente. "Defendo que o governador entre nas dez últimas inserções e diga que esse é o governo dele. Ele é tão qualificado que pode apontar onde houve algum excesso e pedir desculpas. Não vejo o menor problema em pedir desculpas, faço isso todos os dias", afirma. Os dois concordam, no entanto, que é preciso mostrar o Rio antes e depois de Cabral.
Falhas na gestão
Nos últimos meses, Cabral tem sido alvo de manifestações que pedem mudanças na gestão e até sua saída do cargo. Denúncia da revista Veja revelou que ele usou de forma abusiva helicópteros do Estado para fins pessoais e a população se revoltou ultimamente com temas como a violência da Polícia Militar, o sumiço do morador da Rocinha Amarildo de Souza, a privatização do Maracanã e a demolição de uma escola, um clube e um parque aquático que ficam no entorno do Estádio.
A fim de recuperar sua imagem – Cabral foi o governador mais mal avaliado entre 11 estados pesquisados pelo Ibope –, o governador do Rio já voltou atrás em algumas decisões, como a demolição das estruturas em torno do Maracanã e a concessão do estádio à iniciativa privada. Chegou a admitir "erros de diálogo" numa entrevista à CBN e dizer que "estava precisando de uma dose de humildade" após a visita do papa à capital fluminense.
Talvez, na avaliação dele, pedir desculpas em rede nacional seja humildade demais, mesmo para o novo Cabral.

Fonte: Brasil247

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