domingo, 25 de agosto de 2013

Contra desgastes, Cabral gasta 240% mais com mídia

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Com popularidade em rasos 12% (CNI/Ibope), governador triplica verba para divulgar obras; até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda somavam R$ 76,9 milhões; desde 2007, o governo Cabral, eleito com discurso de crítica ao excesso de anúncios oficiais, empenhou quase R$ 1 bilhão para agências de publicidade; assessoria afirma que aumento é normal
A onda de protestos no Rio de Janeiro que aniquilou a popularidade do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) acabou por fermentar as verbas estaduais com propaganda. Em julho, o governo empenhou um total de R$ 27,9 milhões para publicidade. É mais de 240% além da média dos gastos dos seis meses anteriores para o mesmo fim, mostra levantamento do jornal O Estado de S. Paulo na execução orçamentária do Tesouro Fluminense.
Em reportagem veiculada na edição deste sábado (24), o Estado relata que no mês seguinte aos protestos de junho, que derrubou a popularidade de Cabral a rasos 12% (CNI/Ibope), o dinheiro público reservado a divulgar suas ações mais que dobrou. Até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda somavam R$ 76,9 milhões.
Desde 2007, o governo Cabral, eleito com discurso de crítica ao excesso de anúncios oficiais, empenhou quase R$ 1 bilhão para agências de publicidade, dos quais já pagou mais de R$ 880 milhões, corrigidos pelo IPCA. O governo nega anormalidades nessas despesas.
Os empenhos de julho representam também crescimento expressivo em comparação a julho de 2012: são 39,5% a mais sobre que os R$ 20 milhões de um ano atrás. Naquele período do ano passado, o aumento em relação à média dos seis meses anteriores fora de 127,38% (pouco mais da metade dos mais de 240% de um ano depois).
Os empenhos do setor até o fim de julho passado foram destinados às agências Artplan (R$ 12,9 milhões), Novas/B. (R$ 16,5 milhões), PPR (R$ 12,1 milhões), Binder + FC (R$ 13,2 milhões), DPZ (R$ 16 milhões), Agnelo Pacheco (R$ 11,2 milhões) e MKT Plus (R$ 11,2 milhões). Também houve verbas empenhadas para empresas de eventos e assessoria (cerca de R$ 55 milhões).
Em nota, a assessoria do governo afirma que "comparar empenhos realizados no mesmo mês de anos diferentes não é parâmetro para medir estratégia de comunicação". O Executivo também argumenta que mais pagamentos em um mês não são sempre decorrentes de "produtos de comunicação gerados naquele mês".

Fonte: Brasil247

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