quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Câmara ouvirá Figueiredo e PF sobre fuga de Molina

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Ao tomar posse como ministro das Relações Exteriores, Luis Alberto Figueiredo afirmou ter uma "tarefa desafiadora, pois se trata de substituir meu amigo Antonio Patriota, um dos maiores talentos da diplomacia brasileira"; o novo chanceler tem seu convite aprovado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para dar a versão oficial sobre a fuga da senador boliviano Roger Molina da embaixada do Brasil em La Paz; diretor-geral da Polícia Federal também será chamado; comissão montada no Itamaraty para apurar o caso será remontada após pedido de saída de seus dois integrantes; imbroglio em torno do episódio é o primeiro desafio para as habilidades diplomáticas do novo chanceler

 O caso Molina é mesmo a primeira missão a ser enfrentada pelo novo ministro das Relações Exteriores, Luis Alberto Figueiredo, que toma posse no cargo na tarde desta quarta-feira 28, em Brasília.
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou convite para Figueiredo e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, contarem o que sabem sobre a complexa operação que retirou da embaixada do Brasil em La Paz o senador boliviano Roger Molina e o levou para Brasília.
À primeira vista, o gesto foi inspirado e coordenado pelo então encarregado de negócios da missão brasileira na Bolívia, Eduardo Saboia. Mas a participação de fuzileiros navais e agentes da PF na proteção ao político boliviano – alvo, em seu país, de 20 processos judiciais – deu complexidade ao caso.
Roger Molina estava refugiado na embaixada brasileira havia 454 dias. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também participou, na noite do sábado 24, da escolta ao fugitivo no trajeto Corumbá (MS)-Brasília, feito num jatinho que ele próprio disse ter conseguido emprestado de um amigo.
Abaixo, notícias da Agência Brasil a respeito:
Figueiredo promete se empenhar na defesa da inclusão social e do meio ambiente
 
Renata Giraldi e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil


Brasília – Ao tomar posse hoje (28), o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse ser um desafio suceder o ex-chanceler Antonio Patriota na função. Ele disse ainda que sua meta é intensificar a atuação do ministério no esforço para a inclusão social e a proteção do meio ambiente. Em discurso breve, Figueiredo agradeceu a confiança e se disse honrado em ser o novo chanceler brasileiro ao lado da presidenta Dilma Rousseff.
“Com muita honra, aceitei o convite para assumir o cargo. A tarefa é desafiadora, pois trata-se de suceder um dos maiores talentos da diplomacia brasileira, que é o meu amigo Antonio Patriota. Muito me orgulha ser chamado a dirigir uma instituição que é referência no Estado brasileiro”, disse Figueiredo durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto.
Segundo o chanceler, os princípios que guiam seu trabalho são os defendidos pelo governo: o crescimento econômico com inclusão social e a proteção ambiental. Nos meses em que esteve como representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), ele disse ter percebido o respeito ao Brasil.
“Na ONU, pude perceber o respeito e a consideração com que as posições do Brasil são recebidas no cenário internacional”, ressaltou o novo chanceler, na presença de várias autoridades, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), embaixadores brasileiros e estrangeiros, além de ministros.
Antes, Figueiredo Machado se reuniu por cerca de uma hora com a presidenta, no Palácio da Alvorada. Diplomata de carreira, ele foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado no Rio de Janeiro. Na ocasião, destacou-se pela habilidade e conquistou a confiança de Dilma pela disposição em negociar pacientemente com os que resistiam a acordos.
Especialista em temas ambientais e sustentáveis, o ministro tem currículo baseado em negociações referentes às mudanças climáticas, ao uso sustentável de recursos, à cooperação pacífica e a todos os assuntos relativos à  qualidade de vida e aos meios.
De personalidade introspectiva, Figueiredo Machado é contido nas palavras e apontado como um estrategista. Acostumado a longas negociações, o novo chanceler não costuma demonstrar cansaço, nem impaciência. Ele e Dilma se conheceram na Conferência das Partes (COP), na Dinamarca, quando a presidenta ainda estava na Casa Civil.

Fonte:Brasil247

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