quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Democracia do PSol é a ditadura da minoria

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Militantes ligados ao partido ocupam a Câmara de Vereadores do Rio com uma demanda inusitada: querem ganhar, no grito, a presidência de uma CPI, mesmo sem representação popular; liderados pelo vereador Eliomar Coelho, eles pretendem, agora, melar a comissão na Justiça; um dos militantes que ocupa a casa chegou até a defecar na mesa do presidente do presidente da casa; técnica de guerrilha política passa por ocupar espaços públicos, tumultuar sessões e berrar; é essa a democracia popular?
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que tem lideranças importantes, no Rio de Janeiro, como Marcelo Freixo e Chico Alencar, encontrou um mecanismo eficiente para fazer prevalecer suas posições, mesmo não tendo votos suficientes para isso. Basta ocupar espaços públicos, tumultuar sessões e tentar vencer os debates no grito.
É exatamente o que está ocorrendo no Rio de Janeiro, onde um grupo de nove manifestantes ocupa a Câmara de Vereadores e impede os trabalhos da casa. O motivo: querem impor o nome do vereador Eliomar Coelho, do Psol, como presidente de uma CPI sobre o sistema de transporte público na cidade.
Coelho reivindica a posição porque foi o autor do requerimento, mas, na história das CPIs, sejam as federais, estaduais ou municipais, quem indica presidente e relator são os membros das comissões – onde prevalecem as forças das bancadas. Ou seja: a CPI pode ser um instrumento das minorias, mas não uma ditadura da minoria em relação aos demais representantes eleitos pelo voto popular.
Como sabe que não tem votos para se tornar presidente da CPI, Coelho pretende melar a CPI, que ele próprio propôs, no Judiciário. É o que informa reportagem do Valor, publicada nesta quarta-feira. Leia abaixo um trecho:
Oposição irá à Justiça contra CPI no Rio
Guilherme Serodio e Marta Nogueira
Vereadores da oposição vão entrar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para anular a sessão inicial da CPI dos Ônibus, que elegeu, na sexta-feira, parlamentares da base do prefeito Eduardo Paes (PMDB) para a presidência e relatoria da CPI. A comissão foi criada para investigar os contratos das empresas de ônibus com o município.
A decisão foi tomada ontem à noite, após reunião dos oposicionistas com o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira. "Fomos orientados a entrar com um mandado pedindo a suspensão da reunião inaugural", disse o vereador Paulo Pinheiro (Psol).
Criada na última sexta durante uma sessão conturbada, a CPI manteve entre seus membros quatro vereadores da base do prefeito que sequer assinaram o requerimento de implantação. O único membro da CPI da oposição, o vereador Eliomar Coelho (Psol), autor do requerimento, reivindica a presidência da CPI.
Pelo Twitter e pelo Facebook, o vereador Eliomar Coelho tem disparado posts contra o prefeito Eduardo Paes, tentando mobilizar simpatizantes em torno da "sua CPI" – mas não a da casa. Foi o que ele fez ontem: 
Em coletiva concedida à imprensa nesta terça-feira (13/08), os vereadores Eliomar Coelho, Paulo Pinheiro, Jefferson Moura, Renato Cinco (PSOL) ;Vereador Marcio Garcia (PR); Teresa Bergher (PSDB); Reimont (PT); e Leonel Brizola Neto (PDT) lançaram um apelo: a renúncia dos quatro membros da CPI que fazem parte da bancada do governo, a participação apenas de parlamentares que subscreveram o pedido da comissão e a escolha do proponente da CPI – o vereador Eliomar Coelho - para presidente. Estes são dois pontos da pauta de reivindicações dos manifestantes que ocupam a Câmara Municipal.
O grupo também encaminhará um pedido de anulação da sessão de instalação da CPI ocorrida na sexta-feira passada (09/08), quando foram escolhidos presidente e relator, respectivamente Chiquinho Brazão (PMDB) e Prof. Uóston (PMDB) – da bancada do governo. Os vereadores têm um encontro hoje, às 19h30, com o procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, para denunciar irregularidades no procedimentos de abertura da CPI. 
“O Legislativo precisa ter sensibilidade para o clamor das ruas. Estamos tentando sair do impasse criado desde a instalação da CPI”, afirmou Eliomar.
A voz das ruas?
Mas será que Eliomar representa, de fato, a voz das ruas? Ontem havia apenas nove manifestantes impedindo o trabalho da Câmara de Vereadores – e há a suspeita de que sejam remunerados para isso. É uma minoria estridente, capaz de todo tipo de vandalismo para fazer prevalecer suas posições. É o que informa, por exemplo, Ancelmo Gois em sua coluna no Globo. Leia abaixo:
Fezm...
Um dos manifestantes que ocuparam a Câmara de Vereadores do Rio, acredite, fez cocô na mesa do presidente da Casa, Jorge Felippe.
É essa a democracia do PSol?
 
Fonte: Brasil 247

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