sábado, 14 de maio de 2016

FHC APONTA, EM LIVRO, JOGO PESADO DO NÚCLEO DURO DE TEMER: CHEIRAVA MAL

:
Hoje aliado do golpe contra democracia brasileira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso detalha em livro as pressões que sofreu de Geddel Vieira Lima para abrir espaço em seu governo para Eliseu Padilha; "cheirava mal", diz ele; segundo FHC, se Padilha não fosse nomeado, FHC não teria apoio do PMDB; hoje, Geddel e Padilha estão entre os principais assessores de Temer; "Eu já tinha decidido que não vou nomear Eliseu Padilha nenhum, porque esta pressão está cheirando mal. Até tenho simpatia pelo Eliseu, mas do jeito que as coisas estão se colocando, isso está mal", escreveu o ex-presidente
Publicação no site do jornal O Globo, nesta tarde, diz que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma ter ficado incomodado com a pressão feita pelo PMDB para ocupar cargos em seu governo, conforme revelação foi feita no livro 'Diários da Presidência - volume 2', diário que o tucano manteve no período em que governou o Brasil entre 1997 e 1998.
Em anotação feita em 29 de abril de 1997, FHC conta que a pressão veio do baiano Geddel Vieira Lima, então líder do PMDB na Câmara e atual ministro da secretaria de governo de Michel Temer. Ele conta que Geddel ameaçou negar apoio no Congresso caso o então deputado Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil, não fosse indicado ao ministério.
"Eu já tinha decidido que não vou nomear Eliseu Padilha nenhum, porque esta pressão está cheirando mal. Até tenho simpatia pelo Eliseu, mas do jeito que as coisas estão se colocando, isso está mal", escreveu o ex-presidente.
O aviso, diz Fernando Henrique, teria sido dado ao então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, em uma festa que aconteceu na casa de Michel Temer, então deputado, e atual presidente interino do Brasil. Padilha foi empossado como ministro dos Transportes pouco menos de um mês depois do registro, em maio de 1997, e ficou no cargo até 2001.
Não foi apenas em relação a cargos no Executivo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sofreu pressão do PMDB, segundo O Globo. A votação da emenda da reeleição na Comissão Especial foi precedida de 'uma série de artimanhas do PMDB' para condicionar a votação à eleição das Mesas da Câmara e do Senado. O compromisso do PSDB era apoiar o PFL (hoje DEM) ao Senado e Michel Temer como presidente da Câmara.
FHC diz ainda no livro que Temer estava 'vacilante, querendo fazer primeiro a eleição da Mesa da Câmara'. Outro peemedebista, o senador Iris Rezende, pretendia a presidência do Senado.
"Eu disse que não queria condicionamento da emenda de reeleição com essa chantagem de me obrigar a colocar o Iris (Rezende) como presidente do Senado, coisa aliás, que eu não acharia ruim se fosse por conta própria, mas não por força minha, porque eu teria que ter distratado o compromisso que o PSDB esta sustentando, que é o PFL no Senado e PMDB na Câmara e apoio ao Temer".
Fonte: 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário